MEU PROFESSOR

Sinuca

Chegando à faculdade, me encontro com Lisa, logo na entrada.

— Oi, Anne. Com estão as coisas? Alguma novidade da Maria?

— Não. Até onde sei, estava tudo bem. Mudando um pouco de assunto, conversou com o Erick? - Pergunto.

— Foi muito bom. Ele me entendeu, disse que não vai me magoar e... Falou que me ama.

Abro um enorme sorriso.

— Eu também o mesmo. - Ia me contar mais alguma coisa, mas o próprio chega, com o Lucas.

Os dois nos cumprimentam e no mesmo instante, os alunos começam a entrar, logo após, o Arthur passa pela porta e vai até sua mesa, me dando um leve sorriso, que retribuo da mesma forma.

É dado uma atividade para ser feita em dupla e a Lisa junta com o Erick, obviamente, me fazendo ficar com o Lucas.

Coloco a folha entre nossas mesas, para que ambos possamos ver sem dificuldade.

Há um grande texto e questões relacionadas a para serem respondidas.

Começo a ler com atenção, mas na metade, percebo que não está focado e sim, olhando para minha cara.

— O que foi? - Pergunto, com a testa franzida.

— Desculpe. Me desconcentrei... Você é muito linda, Anne.

Ah, meu Deus. Começou.

— Lucas, temos que fazer a atividade, ou iremos nos atrasar. - Digo.

— Está bem. - Concorda e volta sua atenção a folha.

Meus olhos imediatamente são atraídos para o Arthur, que já me olhava.

Será que percebeu?

Balançando a cabeça negativamente, vira para o meu amigo.

É, acho isso responde minha pergunta.

Deixo para lá e foco no que tenho que fazer.

Para variar, exercício nível Senhor Monteiro.

Depois de queimar nossos neurônios, finalmente terminamos a tempo.

Me espreguiço, porque até fiquei com dor nas costas.

— Deixa que eu entrego. - Meu amigo, pega a folha e se levanta.

Observo que os dois trocam olhares afiados.

O clima tenso é quase palpável.

Saímos para o intervalo e fui com a Lisa, comprar nosso lanche.

— O que foi? Está pensativa. - Pergunta, enquanto esperemos a moça entregar nosso pedido.

— É o Arthur e o Lucas. Eles não se dão, de jeito nenhum. Precisava ver como se olharam hoje.

— Sabemos o motivo do seu Senhor Intenso, mas e o outro? - Questiona.

— Teve aquela vez que chegou à faculdade, mas creio que não seja razão para tanta raiva. Fico chateada, porque é meu amigo e o Arthur... - Abro um sorriso bobo. — Ele é o homem que amo. Parece que estou dividida e tenho que escolher um lado.

— Não estressa com isso, Anne. Com o tempo tudo vai se resolverá.

— Espero que sim. - Digo.

Depois de comer, voltamos para a sala antes da hora, então aproveito para conversar com o Lucas.

— O que você tem contra o professor? - Pergunto, logo de cara.