Ele viu

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— Anne... Acorda... Deixa de preguiça.

Desperto com o Arthur distribuindo beijos pelo meu rosto.

— Hum.... - Abro um pouco os olhos e vejo pela janela que ainda está começando a amanhecer. - Está escuro lá fora.

— É, mas temos que passar na sua casa, antes de ir para a faculdade. - Retruca.

Não tendo saída, me espreguiço e olho para ele, que está somente de short.

— Tem certeza que não posso dormir nem mais um pouquinho? - Pergunto, sonolenta.

— Total certeza. Vamos. - Puxa minha mão, não deixando brecha para nenhuma reclamação.

— Está bem. - Concordo, contrariada e paro em sua frente.

— Vejo que já está pronta. - Desliza os olhos sobre meu corpo.

Aí que me lembro que estou completamente nua.

Dou um sorriso sem graça e o acompanho.

Após alguns minutos, me enrolo em uma toalha e volto para o quarto, para me trocar.

— Temos que nos apressar. - Diz, quando volta do closet, já com seu habitual terno.

Descemos para a cozinha e o café já está na mesa.

O cheiro faz minha barriga roncar, pois estou com bastante fome.

Também, gasto muita energia com esse homem.

— Bom dia. - Maria nos cumprimenta.

— Bom dia. Tudo bem? - Pergunto.

— Tudo, Anne. - Me dá um sorriso. — Desculpa, mas estou de saída. Vou para a minha caminhada.

Ela sai animada e olho para o Arthur.

— Que disposição, hein?! - Comento.

— Muita. Todos os dias, vai com a vizinha.

— Ah, é?! E você? - Lhe sirvo um copo de suco de laranja.

— Não, eu não saio todos os dias com a vizinha. - Diz.

—Arthur. - Dou um tapa em seu ombro. — Quero saber se faz algum exercício físico.

Ele sorri da minha cara e responde:

— Sempre que posso, gosto de correr, fazer musculação, box... Enfim, qualquer atividade física.

— Hum... Acho que estou sobrando aqui, então. - Mordo um pedaço de bolo.

— Vou te levar comigo, não se preocupe.

— Não, obrigada. Eu passo a vez. - Rio.

Balançando a cabeça negativamente, me dá uma cutucada no nariz.

Terminamos nosso café e fomos embora.

— Fica à vontade. - Digo, quando entramos em casa. - Tem certeza que quer me esperar? Não é arriscado, Arthur? Se alguém nos ver chegando juntos?

— Eu a deixarei algumas ruas antes, exatamente para isso não aconteça. - Explica.

— Então, vamos subir para eu terminar de me arrumar. - Pego sua mão e o levo para o quarto. — Só vou me trocar e já volto. - Pego as roupas no guarda-roupa e entro no banheiro.

Quando saio, o vejo com uma parte do ingresso do teatro.

Congelo na mesma hora.

— Então, foram ao teatro?! - Comenta.

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