A visita da ruiva

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E aí!? O que acharam da esposa do Arthur?

Acordei cedo e voltei para casa.

Estou me sentindo horrível. Minha cara já diz isso. Olhos inchados, rosto pálido e olheiras, escancarando para o mundo o quão ruim é meu estado.

Contei para a Kate as '''novidades''' e ficou branca como um papel. Não entrava em sua cabeça, mas por fim, me consolou, como sempre faz.

Subi para o quarto, tomei um bom banho e me joguei embaixo das cobertas.

— Posso entrar? — Ela bate na porta.

— Claro. — Me sento com as pernas cruzadas.

Com uma bandeja em mãos, se aproxima com um sorriso carinhoso.

— Precisa se alimentar, meu bem. Trouxe um lanche para você. — Deixa em cima da cama.

— Obrigada, mas estou sem fome. — Recuso.

— Nem pensar. Não deixarei que passe mal. — Dá uma leve bronca. — Faça uma forcinha.

Mesmo não querendo, concordo com a cabeça e pego o sanduíche.

Acho que nesse momento, preciso de um bom brigadeiro e um pote de sorvete.

— Quero te pedir uma coisa, Kate. Se estiver em casa e o Arthur aparecer, não quero que abra a porta, antes de me falar.

— Tudo bem. Não quer vê-lo e respeito sua decisão. Não fica assim, meu amor. — Dá um beijo em minha bochecha. — Tenho que ir trabalhar. Vai ficar bem?

Não muito. Penso.

– Vá  tranquila. — Minto.

— Não quer chamar a Lisa para ficar com você? — Pergunta.

— Ela não estava muito bem quando saí hoje cedo. Acho que está com uma forte gripe. É melhor deixá-la descansar.

— Está bem. Qualquer coisa, liga que dou um jeito de atender. — Faz um carinho em meu braço.

— Pode deixar. — Aceno.

Antes de passar pela porta, me joga um beijo, do qual, correspondo da mesma forma.

Sou muito grata por sempre me apoiar nos momentos mais difíceis.

Deixo o lanche de lado e volto a me deitar.

Não esperava férias tão... Agitadas.

Meu celular começa a tocar, então estico o braço para pegá-lo na cômoda, mas quando vejo o nome do Arthur piscar na tela, o deixo no mesmo lugar e ignoro.

(...)

Fiquei toda a manhã na cama.

Infelizmente, meus pensamentos não me deixam em paz, me fazendo lembrar dos momentos que passei ao seu lado.

Estou penteando os cabelos, quando ouço a campainha tocar.

Será que é ele?

Meu coração acelera na hora.

Desço devagar para a sala.

— Quem é? — Pergunto, mas não ouço resposta e continuam tocando.

Droga.

Um olho mágico cairia muito bem agora.

Respiro fundo e destranco a porta, a abrindo lentamente.

— Você!? — Meus olhos não acreditam no que estão vendo.

—Olá, Anne. — A ruiva parada à minha frente, diz.

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