Dúvida esclarecida

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* Arthur On


As férias acabaram e voltamos a nossa rotina de estudos.

Nesses dias, tenho pensando bastante na situação envolvendo o Jorge.

Ontem, enviou uma caixa com uma garrafa de uísque e um bilhete escrito:


Dê a Anne.

Ela gostou muito, quando bebemos juntos.


Nem comentei sobre esse episódio.

O que posso fazer, é protegê-la de toda e qualquer aproximação desse cara.

Depois de mais um dia na faculdade, chego em casa e me jogo no sofá.

— Oi. — Maria entra na sala e senta ao meu lado. — Pensei que a Anne viria de novo. Fiz aquele bolo que adora.

— A deixei na casa da Lisa para fazer um trabalho que passei. — Digo.

— Entendi. Por isso que está com essa ruga na testa. — Sorri.

— É preocupação.

— Aconteceu alguma coisa? — Pergunta.

— O de sempre... Jorge. — Só em citar esse nome, meu sangue ferve. — Estou com medo que faça algo com ela. Nunca me perdoaria se isso acontecesse.

— Não contratou os seguranças!? — Passa a mão pelos meus cabelos, tentando me acalmar. Ele quer te atingir com esse jogo psicológico e doentio.

— Aquele cara já a machucou e não pude evitar. Às vezes, penso que se me afastasse, talvez estivesse mais segura. — Me sinto mal, somente ao cogitar essa possibilidade.

— Como assim!? Vocês se amam e...

— Eu a deixo em perigo. — A interrompo. — A Anne é jovem, alegre e sonhadora. Não posso arriscar seu futuro. Diante de tudo o que vem acontecendo, chego a pensar que se estivesse com o Lucas, não teria que passar por essas coisas.

— Está dizendo que preferiria vê-la com esse Lucas!? — Ouvir isso da sua boca, faz meu coração levar uma pontada. — Olha para mim. — Me viro em sua direção. — Você a ama como nunca amou ninguém. Seus olhos brilham, quando se trata dela e sempre faz de tudo para agradá-la. Sei que é difícil, mas agora é hora se unirem e enfrentar todos os problemas juntos. Acha que se afastar vai resolver alguma coisa!? Só trará mais sofrimento. Continuarão se amando da mesma forma. Se alguém tem que decidir se afastar, seria ela, mas garanto que isso nem passa pela sua cabeça. É visível o quanto te ama e não por interesse, como algumas que já se relacionou. É verdadeiro e de coração.

Seu "sermão" faz todo o sentido para mim.

— Está certa. — Concordo. — Não deixarei que consiga o que quer. Eu amo aquela mulher. Sabe Maria, quando a vi pela primeira vez, apesar de ter ficado um pouco bravo, porque chegou atrasada na aula... — Sorrio, lembrando da cena. — Não conseguia parar de olhá-la. Era como se tivesse algo puxando minha atenção. Achei que fosse uma atração boba, como sempre acontecia, mas daí passou a atrapalhar meu sono e até minha concentração.

— Coisa difícil se tratando de você. — Brinca.

— Sim. Hoje entendo que me apaixonei logo ali. Só não sabia disso.

— E vai deixá-la ir? — Pergunta.

— Nunca. — Afirmo, convicto. — A não ser que queria isso um dia, mas não permitirei que o Jorge acabe com nossa felicidade.

— Isso que eu gosto de ouvir. — Sorri. — Tenho certeza que tudo ficará bem. Agora me dá um abraço.

Faço o que me pede e a aperto com carinho.

Suas palavras me tranquilizam

(...)

No dia seguinte, dei minha aula normalmente, tirando o fato de que a Samantha voltou a dar em cima de mim. Confesso que, fiquei preocupado, pois a cara da Anne não era a das melhores e parecia uma bomba prestes a explodir. Por sorte, consegui controlar a situação e nada aconteceu.

Agora ela está na nossa cama, dormindo tranquilamente, depois de uma noite incrível que tivemos.

A observando, lembro da conversa que tive com a Maria.

Sim, se não estivéssemos juntos, não teria que passar por tudo o que vem acontecendo, mas também não suportaria tê-la longe de mim.

Faço um carinho em seu rosto e abrindo um lindo sorriso, se remexe entre os lençóis.

— O que foi? — Pergunta, sonolenta. — Por que está acordado a essa hora?

— Só estou pensando um pouco. Desculpa ter te acordado.

— Não, que isso. — Me tranquiliza. — Algum problema?

— Os de sempre... Você é feliz ao meu lado?

Franzindo as sobrancelhas, parece não entender.

— É claro sim. — Dá de ombros, como se fosse uma resposta óbvia.

— Mesmo com as coisas ruins que temos passado? — Insisto.

Puxando o tecido para cobrir sua nudez, senta na cama e olha bem em meus olhos.

— Problemas acontecem com todo mundo. Por que seria diferente com nós!? — Sorri. — É difícil, mas estar ao seu lado, compensa tudo isso... Eu te amo, Arthur e você me faz a mulher mais amada desse mundo. —Suas palavras me enchem de confiança. — Duvida do que eu sinto?

— Não, não, Anne. — Esclareço. — É que tenho refletido sobre essa situação envolvendo o Jorge e a Helena e te fazer passar por isso, me deixa mal.

— Já entendi o quão estranho o Jorge é e quero distância. Não se preocupe comigo. — Segura minha mão, carinhosamente. — Eu te amo e nenhum problema me fará mudar de ideia.

— Também te amo. — Observo cada detalhe do seu lindo rosto e não me contento só com isso. A beijo, como se não houvesse amanhã.

O lençol que cobria seu corpo, cai e não posso deixar de reparar.

Me inclino sobre ela e trilho minha mão por suas curvas, sentindo sua pele macia arrepiar.

Desço meus lábios pelo seu pescoço, mordiscando as partes mais sensíveis e aperto seus seios, que se encaixam perfeitamente em minhas mãos. Os chupo até que estejam bem durinhos.

Vou descendo meus toques, chegando em sua intimidade e só fico satisfeito, quando a vejo se contorcer e praticamente implorar por mais.

Essa mulher é a minha perdição.

Volto a beijá-la e a penetro com força, duro pelo tesão que me provoca.

Dou um tapa em sua bunda, porque sei que gosta e seu sorriso safado, não deixa dúvidas.

Estoco mais e mais, até ver seu corpo tremer sobre mim, em uma imagem maravilhosa.

Agradeço por ter uma boa memória e poder gravar esse momento.

Nunca desistirei da Anne.


* Arthur off

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