O que disse?

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O resto da semana passou voando.

Nesses dias, fiquei reparando o comportamento da Samantha e ela realmente gosta do Arthur.

Como estou com relação a isso?

Normal...

Mentira, estou morrendo de ciúmes.

O tempo todo fica tentando se aproximar e principalmente, jogar seu charme barato.

Apesar de notar que ele não corresponde as suas tentativas, parece que seu plano é conquistá-lo a todo custo.

Mas enfim, hoje é sábado e me convidou para ir a uma recepção na casa do seu melhor amigo.

A Lisa me emprestou um vestido de noite e como é algo mais simples, resolvi me arrumar sozinha.

O vestido é preto, próximo ao corpo e vai até os joelhos, além de ter um decote nas costas.

Fiz uma maquiagem leve, deixei os cabelos soltos e calcei uma sandália que ganhei de presente da Kate, já que o que mais tenho na minha sapateira, são tênis que uso para ir à faculdade.

Recebo uma mensagem no celular.


Estou te esperando.


O Senhor Intenso é o homem mais pontual que já conheci em minha vida.

Coloco um par de brincos, passo meu perfume e desço para a sala.

— Estou indo, Kate. - Aviso.

— Divirta-se. - Me dá um sorriso.

Vou até ela e lhe dou um beijo no rosto.

Quando saio, o Arthur está encostado no carro e me percebe, imediatamente.

— Está linda. - Elogia.

— Obrigada. Você também. - Lhe dou um selinho.

(...)

Depois alguns minutos no trânsito, paramos em frente a um prédio tão bonito quanto o seu.

Caminhamos de mãos dadas, até o elevador e vamos para o vigésimo quinto andar.

Ele toca a campainha e uma mulher, que deduzo ser a emprega, nos recebe.

Olho ao redor e vejo várias pessoas distribuídas pela enorme sala e outras próximas a uma mesa recheada de petiscos e bebidas.

Ao fundo, uma música ambiente, ressoa pelo local.

Um homem bem bonito, de olhos castanhos e cabelo escuro, se aproxima de nós.

Se a Kate estivesse aqui, diria que é o seu tamanho.

— Arthur, que bom que veio. - Os dois se abraçam.

Quando olha para mim, abre um lindo sorriso.

— Você deve ser a Anne?! - Me cumprimenta, também com um abraço. — Sou o Miguel. Também sou professor lá na faculdade, porém de matemática.

— Ah sério!? Que legal. - Digo.

— O Arthur fala muito de você. - Comenta.

— Espero que coisas boas. - Rio.

— Ótimas. - Bate no ombro do amigo.

— Essa festa não está com sua cara. - Arthur diz.

— Porque não estou envolvido na organização, ou ouviriam um bom rock agora. - Ambos sorrimos. — Licença, tenho que receber um convidado. - Vai em direção à porta.

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