Que plano é esse?

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* Jorge On

Acordo com alguém batendo na porta do meu quarto.

Quem é o idiota que ousa me incomodar a essa hora, em pleno domingo?

— O que foi? — Grito, irritado.

— O Martin está aguardando lá embaixo. — A empregada diz.

Não o chamei.

Quem pensa que é para me importunar?

É bom que seja por um ótimo motivo.

— Já estou indo. — Me levanto e depois de fazer minhas higienes, vou para a sala. — O que quer? Não me lembro de tê-lo chamado. — Pergunto impaciente, enquanto desço as escadas.

— Desculpe, Senhor. Não viria se não fosse importante. — Olha ao redor, se certificando que ninguém nos ouve.

Como se eu fosse contratar bisbilhoteiros.

Meus empregados conhecem bem as regras e não pensam em desrespeitá-las.

— Vamos ao escritório. — O chamo e caminho em sua frente.

Quando entramos, sento em minha cadeira e espero que comece a falar.

— Tenho algumas novidades sobre a Senhorita Anne e em especial, aquele assunto. A segui esses dias como mandou e descobri que há um amigo bastante interessado nela. — Me entrega uma pasta, com as informações do garoto.

— E onde isso é importante? — Pergunto. — A Anne é linda. É normal que um cara se sinta atraído.

— Sim, mas o Lucas não gosta do Monteiro, que por sinal, sente muito ciúmes do jovem.

— Isso pode ser divertido. É sempre proveitoso usar os sentimentos amorosos das pessoas. O que mais tem para mim? — Deixo os papéis sobre a mesa.

— Consegui me comunicar com a pessoa que o senhor mais queria.

Fico surpreso com a notícia e abro um enorme sorriso.

— Quando? — Pergunto.

— A localizei ontem a noite. Contei com alguns contatos meus e depois de muito temp...

— Tá, tá... — O interrompo. — Como falo com ela?

— Via Skype. Daqui a 10 minutos.

— Ótimo, Martin. Essa notícia não podia ser melhor. Algo mais? — Questiono.

— Não tão boa quanto as outras. — Abaixa a cabeça.

Estava demorando estragar esse momento de realização.

— Diga logo. — Suspiro, impaciente.

— Bem... — Exita. — A Senhorita Anne notou minha presença, enquanto a observava.

— Como é!? — Me levanto e dou um soco na mesa.

— A segui até um café, quando foi com o Arthur e acabou me vendo em questão de segundos, mas dei um jeito de esconder. — Se explica.

— Quero que mande outras pessoas em seu lugar. Não posso correr riscos. — Ordeno. — Agora saia. — Aceno com a mão.

— Licença. — Diz.

Volto a me sentar e ligo o computador.

Espero que essa falha não me traga problemas, pois tenho que dar andamento em meu plano.

Azar para o Arthur.

Espero a chamada, até que finalmente...


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