MEU PROFESSOR

Encontro indesejado

Depois de mais um dia de aula, fui para casa.

O Arthur me chamou para jantar, então tenho que correr para me arrumar.

Deixo minhas coisas em cima da cama e vou para o banheiro.

Quando saio, escovo meus cabelos, faço uma maquiagem leve e resolvo caprichar no batom, porque pelo menos, isso eu sei fazer direito.

Passo meu creme pelo corpo e agora vem a parte mais difícil... Arrumar uma roupa.

Paro em frente ao meu armário e analiso minhas opções.

Acho que preciso fazer umas compras, pois sempre vamos em lugares refinados e todos são impecáveis.

Só há uma diferença, não sou rica como eles.

Um dia, o levarei para comer um hambúrguer e garanto que ficarei à vontade.

De repente, ouço meu celular tocar e vejo que é o próprio.

— Oi, Arthur. - Atendo a chamada.

— Oi, Anne. Sei que te convidei para sair, mas estou com um problema relacionado à empresa. Se importa se já nos encontrarmos no restaurante?

— Não, imagina. É algo grave? - Pergunto.

— Não se preocupe, logo resolverei.

— Está bem, mas se preferir, vamos outro dia. - Sugiro.

— Não. Só esse contratempo que me atrapalhou. Vou mandar um táxi para lhe pegar daqui a 20 minutos. Pode ser?

— Claro.

— Um taxista, amigo meu, já saberá o endereço. Tenho que desligar. Ate depois. Beijos. - Avisa.

—Até. Beijos. - Finalizo a chamada.

Tenho que me arrumar, logo.

Escolho um vestido azul, com alça rendada e calço uma sandália de salto, preta.

Me olho no espelho e até que gosto do resultado.

Passo meu perfume e desço para a sala, encontrando a Kate no sofá, assistindo televisão.

— Você acha que fiquei bem com essa roupa? - Dou uma voltinha.

— Claro, Anne. Está linda.

— Obrigada. - Me sento ao seu lado.

— O Arthur já está vindo para te pegar? - Pergunta.

— Não. Teve um problema na empresa e não vai vir, mas mandará um táxi e vamos nos encontrar direto no restaurante.

— Ah. - Concorda.

Ouço uma buzina lá fora e me levanto.

—Já vou indo. Beijos.

— Beijo e se cuida. - Pisca para mim.

Me despeço e vou para a rua, caminhando em direção ao motorista.

— Boa noite. - O cumprimento.

— Boa noite, Senhorita Anne. O Arthur me mandou para levá-la.

Concordo com a cabeça e ele abre a porta para mim.

Fomos conversando durante o caminho e esse é do tipo que conta toda sua vida.

Graças a isso, descobri que é casado, tem duas filhas adolescentes, que estão o deixando de cabelo em pé.