Choque pós-viagem

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Acordei com a brisa do mar acariciando meu rosto.

Olho para o lado, mas o Arthur não está, então o chamo, mas não recebo nenhum sinal de vida.

Sento na cama, me espreguiçando e ouço a porta ser destrancada.

— Bom dia, bela adormecida. — Entra e me cumprimenta animado.

Sorrio com sua brincadeira.

— Bom dia. Onde estava? Acordei e não te vi. Pensei que tivesse me deixado e ido embora. — Dramatizo.

— Jamais faria isso. Desci para dar uma volta.

Concordo com a cabeça e espero que complete mais alguma informação, mas como não faz, deixo para lá.

Vou até o banheiro, faço minhas higienes e volto para o quarto, procurando algo para vestir, até que diz:

— Tenho algo para você.

Me viro em sua direção, com as sobrancelhas franzidas.

— O quê? — Pergunto.

Tirando uma caixinha do bolso, me entrega e a abro, tendo uma grande surpresa.

É um colar idêntico ao que me deu pela primeira vez.

— Como ficou triste com a perda do outro, mandei que fizessem novamente. — Explica.

Não sei o que responder, então lhe dou um abraço forte.

— Arthur... Não precisava ter gastado tanto. — Digo.

Ele me afasta para olhar em meus olhos.

— Não se preocupe com isso. — Alguém bate na porta. — É o nosso café. Pedi que trouxessem no quarto. — Vai atender e me aproximo do espelho para colocá-lo em meu pescoço.

O garçom do hotel entra e nos deseja bom dia.

Arthur pede que deixe o café na mesa da sacada e depois do rapaz sair, nos sentamos para comer.

— Obrigada pelo colar. Prometo não perdê-lo de novo. — Agradeço.

— Fica muito bem em você. — Sorri carinhosamente.

— Vamos à praia? — Sugiro.

— Onde quiser. — Pega minha mão e dá um beijo.

(...)

Passamos toda a manhã nos divertindo no mar e bebendo alguns drinques deliciosos, preparados ali mesmo, em um quiosque que fica praticamente dentro da água.

Mais tarde, subimos para o quarto, almoçamos e ficamos um bom tempo na sacada, observando a paisagem e as pessoas lá embaixo.

— Gostaria que voltássemos naquela rua dos comércios. Quero comprar algumas coisas para levar. — Diz.

— Tudo bem.

Saímos do hotel e fomos a uma loja onde parece ter de tudo.

— O que acha que posso levar para a Maria? — Pergunta.

— Hum... — Olho ao redor. — Talvez algum desses enfeites? — Lhe mostro uma prateleira cheia deles.

— É, acho que tem algumas coisas parecidas no quarto. — Escolhe um e coloca na cestinha.

— Tenho que achar alguma coisa para o Miguel, porque aquele folgado sempre espera que eu leve algum presente. Adora música. Alguma ideia? — Pede minha opinião.

— Leve algum CD da banda, ou cantor que mais goste. — Sugiro.

— Tem razão. Vamos procurar. — Pega minha mão e me leva à seção de discos da loja. — Ele é muito fã do Guns N'' Roses, mas não sei... Acho que já tem todos os CDs. — Foca em uma coisa e vai atrás. —Nunca o vi com uma blusa dessas. — Aponta para uma arara, recheada de camisas de diversos artistas.

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