Em público!?

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Cheguei à faculdade mais cedo que o normal.

Por milagre, acordei antes do despertador, então me adiantei bastante.

Há poucas pessoas na sala, por isso vou para o meu lugar e pego o celular para distrair.

Após alguns minutos mexendo nas redes sociais, uma voz me chama atenção.

— Oi.

Olho para cima e vejo o Lucas.

— Oi. Tudo bem? — O cumprimento.

— Tudo. — Confirma, mas sinto um certo desânimo.

— Está assim pelo que contei ontem? — Pergunto, diretamente.

Seus olhos encontram os meus e pensa um pouco, antes de admitir.

— Sinceramente, sim... Nunca foi segredo para ninguém o quanto gosto de você. Sei que não quer nada comigo e que o ama, mas nunca te esqueci. — Respira fundo. — Confesso que, ainda tinha um fundo de esperança, mas agora vejo que não. Tem certeza da sua decisão?

— Lucas, é o que quero para a minha vida. — Afirmo.

— Entendo. Só quero sua felicidade e se for ao lado do Arthur, não importa.

Sinto um grande alívio ao ouvir isso.

— Saiba que te desejo o mesmo. Sei que encontrará alguém que corresponda aos seus sentimentos da mesma forma. — Sorrio.

Somos amigos e não quero vê-lo triste.

(...)

No final da aula, vou embora com o Eduardo.

Durante o intervalo, recebi uma mensagem do Arthur, pedindo que o acompanhasse em um jantar com alguns empresários que chegaram de viagem e querem fazer negócio.

Se me convidou, é porque não faz diferença minha leiguice no assunto.

Tomo um banho rápido e paro em frente ao guarda-roupa, analisando minhas opções.

Escolho um vestido soltinho, discreto e de cor escura. Faço uma maquiagem leve e calço minha sandália preta. Finalizo com alguns acessórios e pronto.

Acho que estou bem para a ocasião.

Ouço uma buzina e coloco tudo o que preciso em uma bolsa pequena e desço correndo.

Como a Kate não está em casa, apago todas as luzes e levo a chave comigo.

O vejo encostado no carro, me olhando e enquanto me aproximo, um sorriso se forma em seu rosto.

— Se vai linda desse jeito, acho que não conseguirei me concentrar na reunião. — Diz e me dá um selinho.

— Sinto muito, mas obrigada. — Rio, com sua brincadeira.

Abrindo a porta para mim, também dá a volta e entra.

No caminho, temos que parar no trânsito, já que a essa hora, as ruas são muito movimentadas.

— Obrigado por me acompanhar. Seria muito chato sem você. — Comenta.

— Essa não é uma reunião de negócios? — Pergunto.

— Sim, mas eles são um tanto quanto... Entediantes. Sempre que nos encontramos, a maior parte do tempo é preenchida por suas histórias pessoais.

Pensei que pessoas desse meio fossem focadas somente no trabalho.

Depois de aproximadamente vinte minutos, chegamos ao nosso destino.

O manobrista abre a porta para mim e me ajuda a descer.

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