Minha respiração falha por um momento.
— Cala a boca, Helena! — Ele grita.
Esposa? Não pode ser.
— Isso é verdade, Arthur? — Pergunto, ainda incrédula.
Tirando os olhos da ruiva, se vira para mim, mas não responde nada.
Sinto minha garganta fechar.
— Vai, Arthur. Conta para ela. — O incentiva.
Fico esperando que esclareça a situação, porém só lhe resta abaixar o rosto.
Não acredito.
— Já entendi. — Junto as forças que ainda tenho e saio o mais rápido possível dali.
Meus olhos se enchem de lágrimas, assim que fecho a porta e uma dor terrível invade meu peito.
— Anne, espera. — Diz, vindo atrás de mim.
Aperto sucessivamente o botão do elevador.
Preciso sair daqui.
Que droga. Abre logo.
— Anne. — Insiste.
— Eu não quero falar com você. — Continuo pressionando incansavelmente.
— Me deixa explicar, por favor.
Me viro, irritada.
— Explicar o quê!? Que me escondeu todo esse tempo que era casado? Não acredito que fez isso comigo, Arthur. — Minha visão fica embaçada pelas lágrimas.
— Sei que errei em não ter contado, mas não queria te perder. — Tenta se justificar.
— Ah, claro. — Ironizo. — Então, me fez sua amante todo esse tempo, não é!? Se queria alguém para se divertir, não precisava ter me iludido com suas histórias.
— Não estava me divertindo com você. — Se aproxima, mas dou um passo para trás.
— Prefiro não te ouvir, porque foi fazendo isso que fui enganada. — Cuspo minhas palavras. — Sempre me cobrava para dizer a verdade nas situações que envolviam o Lucas, o Jorge e era você quem mentia para mim o tempo todo.
Não quero desabar em sua frente, mas está sendo difícil segurar.
Cadê essa droga de elevador?
— Não é o que está pensando, ela...
—Chega! — Grito, o interrompendo. — Não precisa se dar ao trabalho de inventar uma desculpa. Não quero ouvir mais nenhuma mentira vinda de você.
— Porra, Anne! — Fica irritado. — Me deixa falar um instante. — Segura meu braço, mas o puxo violentamente.
— Não me toca. Já está me fazendo mal o suficiente. Fica longe de mim. — Me dói muito dizer isso, sendo que há alguns minutos estávamos tão entregues um ao outro.
Parando em seu lugar, abaixa a cabeça, decepcionado.
Um bipe sinalizando que o elevador chegou, corta o silêncio que tomou conta.
Me viro para entrar, mas uma coisa me faz congelar no lugar.
— Eu te amo, Anne.
Sinto uma pontada no coração, que fico paralisada por alguns segundos.
Volto a olhá-lo e percebo que está prestes a chorar.
— Você teve tantas oportunidades para me dizer isso antes, mas diante do que descobri, não me parece... verdadeiro. — Sinto que meu corpo começa a tremer.
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MEU PROFESSOR
RomanceComo atrasar cinco minutos para uma aula pode mudar o rumo de sua vida!? É o que descobrirá junto com a Anne. Ela conhece um professor muito sexy e atraente, que se irrita com a falta de pontualidade da moça. De que forma isso terminará? Venha...