Já faz alguns dias que não estou falando com o Arthur direito.
E como estou?
Morrendo de vontade de pular em seus braços e dizer o quanto o amo, mas a Kate e a Lisa me incentivaram a lhe dar um gelo, porém ninguém avisou que também me sentiria fria.
Agora, estamos em sala, aguardando mais uma de suas atividades que valerá sabe quanto.
Ele começa a distribuir as folhas uma por uma. O que é estranho, já que sempre estrega a quantidade certa para a primeira pessoa da fila, que vai passando para trás.
Quando passa pela minha mesa, sinto seu perfume e automaticamente fecho os olhos, respirando fundo. Isso é um convite para o meu olfato e para meu corpo também.— Vocês tem até o intervalo para entregar. — Diz e volta ao seu lugar.
Claro. Por que não deixar a aula toda se pode ser mal e fazê-los terminar em tão pouco tempo!?
Normal vindo do Senhor Monteiro.
Começo a ler meu exercício e ao terminar a primeira página, encontro um bilhete na segunda.
Se me perdoar, ficará com 9,5 nessa atividade.
A.MO quê?
Levanto meu rosto para olhá-lo e percebo que já tenho sua atenção.
Um sorriso quase imperceptível surge em seu rosto e não me contenho ao revirar os olhos.
Se você está pensando que fará isso, pode tirar essa ideia da sua linda cabecinha.
É óbvio que só está querendo se aproximar.
Espera aí... Se essa nota surgiu em sua cabeça, será que a atividade valerá dez pontos?
Não pode ser... Tudo isso?
Ah não, Arthur. Como você é linha dura.
Deixo de lado meus pensamentos e guardo o bilhete dentro da mochila para não cair por aí.
(...)
Durante o intervalo, a Lisa e Erick foram comprar o lanche, enquanto ficamos sentados no lugar de sempre.
— O que está acontecendo? Ultimamente, anda tão sorridente. — Comento com o Lucas.
— Ah, não é nada. — Dá de ombros.
Cerro meus olhos e sorrio.
— Somos amigos e percebi sua mudança. Fala logo. — Insisto.
— Está bem. Estou conhecendo uma garota e ando feliz com isso. — Admite.
— É sério!? Que bom Lucas. Ela é daqui? — Pergunto.
— Não. A conheci em uma festa. — Explica. — Tenho uma foto aqui. —Tira o celular do bolso e abre a galeria.
A menina é muito bonita.
— Espero que tudo dê certo. — Sorrio.
— Obrigado, Anne.
Realmente fico feliz que tenha conhecido alguém.
Mesmo que no começo, tenha me irritado com sua insistência em mim, somos amigos e quero seu bem.
(...)
No fim da aula, fui com a Lisa até o ponto e aproveito para lhe contar sobre o bilhete.
— É óbvio que está louco para te ter de volta. A reconciliação vai ser quente. — Sorri, maliciosamente.
— Como sua mente é suja. — Brinco.
— Criativa. — Me corrige.
— Claro. — Reviro os olhos.
Seu ônibus chega primeiro e fico aguardando o meu, distraída.
— Com licença, quando passa o próximo? — Uma voz grossa, fala ao meu lado.
— Que susto, Arthur. — Me viro para olhá-lo. — Sabe que não deve se aproximar assim das pessoas!?
— Desculpe. Não tenho culpa por viver no mundo da lua. — Ironiza.
Claro... A pessoa se aproxima sem fazer um barulho e você é a culpada.
Lhe dou um sorriso falso e reviro os olhos. Só para provocá-lo, obviamente.
— Aceita jantar comigo? — Convida.
Finjo pensar e recebo seu olhar apreensivo.
— Aceito, mas porque estou com fome. — Digo.
Ele apenas concorda e acena para que eu passe em sua frente.
Caminhamos até o carro e gentilmente abre a porta para mim.
Me acomodo no banco do carona e coloco o cinto.
Quando entra, chamo sua atenção:
— Há uma condição. Eu escolho o lugar dessa vez.
— Como quiser, Senhorita Anne. — Concorda.
Passo o endereço do "restaurante" e em alguns minutos, chegamos ao nosso destino.
— Uma hamburgueria!? — Comenta, ao conseguimos uma mesa.
— Exato.
Téo se aproxima para pegar os pedidos e nos cumprimenta.
— Oi. Esse aqui é o Arthur, meu noivo. — Apresento os dois, que trocam apertos de mão.
Já sabem o que vão pedir?
— Para mim, o de sempre. E você, amor? — Pergunto.
— Pode ser o mesmo. — Diz.
Téo anota em um bloquinho e ao sair, começo a rir.
— Qual a graça? — Questiona.
— Nada. Quando chegar, verá.
Achando estranho meu comentário, franze a testa, mas ignora e emenda outro assunto.
Demora alguns minutos, até que nossos lanches estejam à nossa frente.
— Isso é só para uma pessoa? — Faz uma cara hilária, que eu adoraria registrar em uma bela foto.
— Claro. — Olho para o meu x-burguer, com batata frita e refrigerante.
— É uma bomba relógio dentro do estômago. — Comenta.
— Pode até ser, mas... — Mordo um bom pedaço do hambúrguer, dando minha resposta para sua advertência — Não vai comer?— Pergunto, quase rindo. — Você pode trocar o refrigerante, se quiser.
— Como se mudasse alguma coisa.
— Então, deixa que te ajudo. — Puxo o copo para o meu lado.
— Anne... —Me repreende. — Isso lhe fará mal. Sabe a quantidade de gordura que há aqui?
— Ao certo, não sei. Obrigada pela preocupação, mas estou acostumada. Agora come. — Mando. — Depois você faz aqueles exercícios chatos e gasta essas calorias.
— Não são chatos e fazem muito bem a saúde. — Se defende.
— Tá, tá, come. — Digo, impaciente.
Ele finalmente atende ao meu pedido.
Sei que não é muito de seu agrado, mas sempre vamos naqueles restaurantes chiques e quis trazê-lo onde estou acostumada.
— Eu conversei com a Jenny. — Comenta.
— Ah é!? — Limpo minha boca com um guardanapo. — Como foi?
— Fiz ela entender que independente do que pensa, você é a mulher que amo e merece todo o respeito. Minha irmã entendeu e prometeu colaborar. — Espero que não seja mais uma de suas mentiras. De qualquer forma, ficarei esperta. — Sei que já pedi isso, mas quero me desculpar novamente. Não quis demonstrar falta de confiança em você. Foi difícil entrar na minha cabeça que a Jenny tenha feito tudo aquilo.
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MEU PROFESSOR
DragosteComo atrasar cinco minutos para uma aula pode mudar o rumo de sua vida!? É o que descobrirá junto com a Anne. Ela conhece um professor muito sexy e atraente, que se irrita com a falta de pontualidade da moça. De que forma isso terminará? Venha...