Entre...

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Abri os olhos, assim que o despertador tocou.

Olho para o lado e me lembro que o Arthur esteve aqui ontem.

Seu perfume ainda paira pelo ar e respiro fundo para senti-lo melhor... Como gosto desse cheiro.

Ele foi tão legal comigo.

Não gosto de contar essa parte da minha vida para ninguém, mas me senti à vontade em me abrir. Parece que funcionou muito bem, já que estou mais disposta.

Levanto e vou para o banheiro.

Depois de sair do chuveiro, enquanto me troco, o celular toca.

O pego e vejo o nome da Kate piscar na tela.

Oi, bom dia.- Atendo. — Como está tudo por aí?

Oi Anne, está indo. Ela teve uma melhora significativa e estou confiante. E você?

Que bom. Logo estará recuperada
Quanto a mim, estou bem e me arrumando para sair.

Como foram esses dias para você? Principalmente ontem?

Difícil, mas tive um bom consolo. O Arthur me fez companhia e ficou até que eu conseguisse dormir.

Ah, que bom.... Então, já sabe de toda a história?!

Sim. Acabei desabafando. Me senti à vontade para falar.... E foi muito bom sabe.... Me senti mais leve.

Fico feliz que tenha conseguido falar sobre isso com outra pessoa.

E foi muito atencioso comigo.... Kate, tenho que desligar, ou me atrasarei.

Claro. Vai lá, meu bem. Até depois.

Até. - Desligo o celular e continuo me arrumando.

Pego meus materiais e desço para a cozinha.

Estou com bastante fome, afinal não comi quase nada.

Faço sanduíche e um suco e depois de satisfeita, saio de casa.

No ônibus, vejo que Lisa me mandou uma mensagem.

Oi Anne. Como está?

Não volto hoje, porque minha mãe vai ser liberada e ficarei cuidando dela.

Respondo:

Oi, Lisa.

Que bom que vai ganhar alta. Fico feliz em saber disso.

Não se preocupe comigo. Estou melhor.

Até amanhã, então.

Para finalizar, mando um mojei de coração.

Chego à faculdade e vou para a sala.

Lucas já chegou e assim que me vê, dá um enorme sorriso.

— Oi, Anne. Como está? Parecia um pouco triste ontem. - Comenta.

Sento em meu lugar e o respondo:

— Estive um pouco chateada, mas hoje é um novo dia.

— Que bom. Pode contar comigo para o que precisar. - Passa a mão em meu rosto.

— Obrigada, Lucas.

Nesse exato momento, o Arthur entra na sala e nos olha. Pela sua cara, não gostou nada do Lucas me fazer esse carinho.

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