46 - Como um mágico

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Os investigadores começaram a procurar pelo professor Green no momento em que ele não pisou no palco do anfiteatro para saudar a plateia, após o término da peça.

Junto ao público, no portão de entrada da MES ele não passou, segundo os homens encarregados desta vigilância. Com esta informação em mãos, eles começaram a vasculhar a escola.

Um dos primeiros locais que procuraram foi no seu quarto, de onde só colheram possíveis provas. Os itens pessoais do professor não se encontravam, como se realmente ele se preparasse para ir embora da MES.

Quando Turner saia deste quarto, ouviu uma gritaria vindo do final de um corredor e correu nesta direção.

Encontrou alguns alunos na porta de outro quarto, pediu licença e entrou. Na cama se encontrava deitado um garoto cabeludo e uma aluna loira o balançava, tentando acordá-lo.

— Levanta logo daí, Anderson. Pare de brincar com isso!

O investigador a afastou do rapaz e tomou seu pulso. Quando não sentiu nada, fez um contato via rádio com os homens da porta, pedindo para o pessoal da emergência subisse até ali, para um atendimento urgente.

Retirou todos do quarto e começou a procurar por pistas, separando todos os recipientes que encontrou, os quais podiam conter algum tipo de veneno, por uma questão de precaução.

Assim que os paramédicos examinaram o aluno, constataram que ele estava morto e os procedimentos de praxe foram tomados.

Thompson e Nanna apareceram alguns minutos depois.

— Alguma novidade sobre o professor? — lhes perguntou Turner.

— Nada! — respondeu seu parceiro demonstrando um visível cansaço — Procuramos por todos os locais, juntos com os nossos infiltrados, mas ele aparentemente desapareceu.

— E alguém voltou para procurar no anfiteatro?

Nanna olhou para Thompson que olhou de volta para Turner. Saíram dali e seguiram para o local, passando por Derick que consolava as amigas de Anderson, que saiu numa maca com a cabeça coberta.

Ele correu e segurou Nanna pelo braço.

— Posso ajudar em algo?

— Estamos procurando o professor Green, parece que ele desapareceu...

— E para onde estão indo?

— Ao anfiteatro!

Derick pensou por alguns segundos.

— Espere! Acho que tenho algo que pode ajudar vocês. Venha comigo!

A puxou pela mão e a conduziu para o seu quarto.

Os investigadores chegaram ao anfiteatro e começaram a vasculhar o local. Antes pediram via rádio que as luzes fossem acessas e que a atenção fosse redobrada, pois o suspeito poderia ainda estar na escola.

Já haviam procurado por tudo, quando Derick e Nanna apareceram. O rapaz trazia um pequeno livro junto com ele.

— Ele não está aqui! — afirmou Turner.

— Pode ser que não esteja, mas deve ter saído por aqui — disse Derick.

— Impossível! — respondeu Thompson — Já olhamos por tudo!

— Encontrei esse diário dias atrás, que pertenceu a Catarina Campbell, num esconderijo oculto numa moldura. Não tive tempo de ler ele inteiro, mas aqui tem uma informação que pode ajudar.

Derick abriu o diário e Thompson percebeu que a página tinha convenientemente um marcador, mas não disse nada.

O que eles viram desenhado no diário era um pequeno esboço muito bem-feito do anfiteatro, indicando o posicionamento do palco, das poltronas e das pequenas portas laterais que levavam para onde os atores ficavam antes de entrar em cena.

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