7 - Thais

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Tinha acabado.

Yoongi caiu sobre mim, depois de um tempo rolou para o lado deitando de costas, suspirou e levantou da cama. Puxei o lençol da cama e me enrolei nele. A vergonha havia voltado.

Ainda deitada, olhei para o teto tentando definir como estava me sentindo naquele momento. Pensei nos últimos minutos, onde um momento de prazer fenomenal, de repente tudo havia acabado. Faltou alguma coisa...

Frustrada.

Essa era a palavra que definia a minha primeira transa e eu mesma naquele momento. Estava pronta pra dor da penetração, dor que não aconteceu, mas não para aquela frustração. Sentei e olhei para Yoongi em pé na minha frente, porém de costas pra mim. Ele tinha colocado as calças e passava a mão no cabelo repetidas vezes, como se quisesse clarear as idéias.

O silêncio no quarto, assim como toda a situação eram bem constrangedores. Aquela transa havia flopado, como diziam os jovens. Comecei a me questionar se a minha falta de experiência com tudo aquilo tinha alguma culpa na posição em que nos encontrávamos agora, quando ele virou pra mim. Eu ainda estava olhando pra ele:

- Acho que eu vou embora...

- Mas já? - Ele parecia aflito, passando uma das mãos repetidamente na própria nuca, fitando o chão.

Queria dizer pra ele que estava tudo bem, mas uma coisa se antecipou a mim.

Meu estômago roncou altíssimo naquele momento, me lembrando que a última refeição que havia feito fora o café da manhã com as meninas. O nervosismo do convite havia me tirado a fome o dia inteiro e agora meu estômago me cobrava.

- Isso foi seu estômago? - Yoongi me perguntou, já olhando pra mim de novo.

- A única refeição que fiz hoje foi o café da manhã. - Eu disse dando um sorriso constrangido.

Tudo estava se encaminhando para um desfecho bizarro, pelo menos era o que eu achava. A revolta do meu estômago parecia concordar com meu pensamento.

- A gente pode pedir alguma coisa pra comer para o serviço de quarto! - Foi a sugestão de Yoongi, já tirando o telefone do gancho.

Ele parecia inesperadamente animado, após aqueles minutos silenciosos pós sexo.

Estávamos assim, um olhando para o outro, ele com um sorriso persuasivo no rosto, me mostrando o telefone e eu provavelmente com o cenho franzido na tentativa de entender qual era a dele e talvez também pela dor de fome no estômago, quando ouvimos uma batida na porta e alguém chamando do lado de fora:

- Hyung?!

A batida na porta me fez paralisar. Foi como se todo o sangue houvesse fugido do meu corpo e eu me senti gelar...

Don't Leave Me [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora