Kiss me hard

Wazzup, guys?

O caminho parecia ser longo, estávamos em silêncio até o momento em que Cameron ligou o rádio. Estava tocando a minha música favorita: Say Something.

— Ai meu Deus! – eu disse e coloquei minhas mãos na boca, tapando-a.

— O que foi? – Cameron falou sorrindo e olhou pra mim por um instante.

— Essa música! – fechei os olhos e joguei minha cabeça pra trás, apoiando-a no banco. Comecei a cantar baixinho e notei que a música estava chegando ao fim. – Odeio quando não consigo pegar a música do começo na rádio.

— Você canta bem. – Cameron pareceu ignorar o que eu havia falado, olhou pra mim e sorriu, logo depois parando o carro.

— Não canto não, pareço uma galinha engasgada. – ele riu do meu comentário e tirou o cinto. – Aposto que você acabar cantando com o Shawn. – Shawn? Quem é Shawn? – Chegamos. – Ele saiu do carro e nem percebi que eu fiquei parada olhando pra casa, que era enorme. – Madame. – Cameron abriu a porta do carro e fez um gesto de passagem pra mim.

— Obrigada. – fiz cara de esnobe e saí do carro, fazendo-o rir. – Então é aqui a casa do Bart?

— Sim, e acho que estamos atrasados. – Fomos andando e assim que o porteiro viu o Cameron, abriu o portão.

(...)

E se eles me odiarem? Como vai ser ter os amigos do meu primo me odiando? Ai, por que eu tenho que pensar tão negativamente?

Entramos na casa assim que um senhor aparentando ter cinquenta anos abriu a porta. Aquilo parecia uma mansão e a sala estava vazia.

— Acho que eles estão na sala da reunião. – Cameron disse se aproximando da sala.

— Acho melhor eu ficar aqui. – disse me sentando no sofá.

— Por que não vem comigo? – franziu o cenho.

— Eu não quero atrapalhar. – torci a boca.

— Não vai. – ele disse rindo.

— Por favor, deixa eu ficar aqui, sou meio tímida. – juntei as mãos pedindo por favor, enquanto meus olhos imploravam pra que ele não insistisse mais; ele bagunçou o cabelo e disse "Okay", logo depois andando pelo corredor, me deixando mais aliviada.

(...)

Depois de mais ou menos uma hora, escutei umas vozes de garotos conversando e rindo, o barulho ficava cada vez mais alto e eu me levantei do sofá indo atrás daquela voz que parecia vir de uma sala, e eu não havia visto em qual Cameron havia entrado.

Encostei minha cabeça na porta de uma forma que minha orelha ficasse bem próxima dela. De repente escutei o barulho da maçaneta girando e a porta abriu, fazendo com que eu desse um passo pra trás e quase caísse pra frente, mas o garoto que abriu a porta me segurou pela cintura.

Ai meu coração, eu quase morri.

É, sou um pouco exagerada.

Mas... Será que eu morri? Acho que eu estou no paraíso... Que menino é esse? Seus olhos tinham uma cor linda, um castanho meio mel, não muito claro e nem muito escuro, seu nariz era afinadinho e sua boca bem rosada. Seu cabelo parecia ser loiro e penteado pra cima, como um topete, mas o capuz do casaco que ele usava impediu com que eu visse com perfeição.

— Desculpa, desculpem. Eu não estava tentando escutar a conversa de vocês, só queria saber de onde vinha o barulho. – o garoto parecia não parar de olhar pra mim e eu me afastei um pouco dele, me separando de seus braços. – E obrigada por salvar a minha vida. – ele sorriu e eu pude ver seu sorriso... Bem... Digamos... Maravilhoso.