Brasil.

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Nos olhamos por alguns segundos, Cameron alisou meu rosto e tocou em meus lábios, fazendo com que eu fechasse os olhos e segurasse seu cabelo com pouca força. Senti seus lábios encostando em meu pescoço e senti algo meio que novo pra mim. Era uma sensação louca, seus beijos foram descendo até meu ombro e depois ele voltou a me beijar, mas dessa vez um beijo lento, com calma, mas ao mesmo tempo com desejo. Ele parou novamente de me beijar e olhou em meus olhos. Ele sorriu e eu sorri automaticamente.

É, ele tem esse efeito sobre mim, esse efeito de me fazer sorrir, de me deixar louca, feliz, bem. Esse garoto entrou na minha vida pra mudá-la, e mudá-la pra melhor.

Minhas mãos deslizaram pelas costas de Cameron até a altura de sua cintura, ele puxou meu lábio inferior numa mordida e eu sorri. Abri os olhos e ele estava me olhando sorrindo.

— Mas nós somos primos. – ele disse irônico.

— Eu não to nem aí. – disse voltando a beijá-lo. Percebi que aquilo já estava ficando fora do normal, a minha vontade de tê-lo não estava sendo saciada com uns beijos.

Parei de beijá-lo e tentei sair debaixo dele, mas ele não deixou. Me deu um selinho demorado e saiu de cima de mim.

Ficamos deitados na cama olhando pro teto e eu virei meu rosto em sua direção. Peguei em sua mão e entrelaçamos nossos dedos. Ele olhou pra mim e deu um sorriso.

— Você faz eu me sentir como nunca havia me sentido antes. – ele disse olhando nos meus olhos, seus olhos pareciam brilhar mais do que qualquer estrela no céu, eles tinham um brilho único, um brilho que me fazia bem.

— É, eu sei, eu sou especial. – Cameron riu e se levantou da cama, me puxando pela mão logo em seguida. Ele me agarrou pela cintura e selou nossos lábios.

— Muito especial. – ele disse no intervalo do beijo, logo depois me abraçando forte. Meus braços envolveram seu pescoço e minha boca tocava seu ombro. Era bom ficar assim com ele, eu me sentia protegida.

(...)

Faltava uma semana para irmos ao Brasil e eu estava muito ansiosa, seria bom voltar ao meu país de origem, mesmo que eu não me lembrasse de absolutamente nada de lá.

Eu estava bem com o Cameron, era ótimo tê-lo novamente comigo, me fazia feliz. Estávamos indo visitar a minha avó quase todos os dias, ela ficava muito feliz quando o Cameron ia.

— Vó, como a senhora tá se sentindo esses dias?

— Eu estou muito bem, minha filha, graças a Deus.

— Que bom. – eu disse alisando seu cabelo e ela sorriu. – Em uma semana eu vou viajar com os meninos, vou passar um tempinho fora, mas vou te ligar sempre.

— Viajar? Viajar pra onde? – ela disse parecendo confusa.

— Pro Brasil. – Cameron disse sorrindo e eu afirmei com a cabeça.

— Brasil? O que vocês vão fazer no Brasil? Não! Você não pode ir pro Brasil!

— O que? Como assim, vovó? – ela parecia muito alterada, mas mais preocupada do que nervosa. – Por que eu não devo ir?

— É perigoso, minha filha, não vá.

— Perigoso? Qual é, vovó, é só um voo de algumas horas.

— É perigoso... Lá...

— O Brasil? Relaxa, eu vou me cuidar. – ela ficava negando com a cabeça e parecia preocupada. – Ei, vó. – eu disse e segurei sua mão. – Vai ficar tudo bem, não vai acontecer nada comigo. – ela sorriu meio decepcionada e segurou a mão do Cameron.

Kiss me hardOnde histórias criam vida. Descubra agora