Oh, God.

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​— Bart. – ele chamou o Bart pra fora do quarto pra conversarem, mas antes me deu um abraço e me cumprimentou. Percebi que ele estava bastante nervoso, se enrolou nas palavras na hora de me cumprimentar.

— O que aconteceu? – Cameron me perguntou sussurrando em meu ouvido.

— Não faço a mínima ideia.

— GUERRA DE TRAVESSEIRO! – escutei um grito e me virei, quando eu vi, Matt já estava me pegando no colo e me jogando na cama, logo depois eu vi todos os meninos com travesseiros vindo pra cima de mim. Comecei a correr pelo quarto e eu não achava um travesseiro.

— CAMEROOOON! – eu disse gritando, enquanto pedia por socorro, ele só sabia rir. – Você me paga! – eu disse olhando pra ele, até ser acertada com um travesseiro na bunda. Olhei pra trás e vi o Matthew rindo. – Corre. – eu avisei pra ele.

Matt arregalou os olhos e saiu correndo, mas eu subi em suas costas e ele acabou caindo na cama por cima de mim.

— Você é gordo, sai! – ele estava com seu rosto muito próximo do meu e percebi que seus olhos fitavam minha boca.

— É... Então, né... Sai daí, Matthew Lee. – Cameron disse tirando Matthew de cima de mim.

— Qual é, cara, tá tudo bem. – Matt disse tentando acalmar Cameron, que parecia estressado.

— Não, não tá tudo bem. – ele disse se aproximando mais de Matthew. Puxei-o pelo braço, repreendendo-o.

— Cameron... – falei baixinho. – Tá tudo bem.

Matt parecia assustado, pude ver as veias de Cameron saltadas em seu braço enquanto ele fechava a mão em um punho.

Se essa situação não fosse tão desagradável, aquilo seria tão enlouquecedor.

— Eu não fiz nada com a sua prima, Cameron, relaxa. – Matt disse e Cameron pareceu despertar de um transe de raiva. Ele deu um sorriso forçado e deu um tapa leve no ombro de Matt.

Os meninos estavam distraídos, uns gravavam vines enquanto os outros tiravam fotos.

Ainda bem, aquela cena não havia sido nada legal.

Depois de um tempo, o Bart e o pai do Cameron voltaram e falaram como iria ser.

Eles explicaram rapidamente mas deu pra entender. Os meninos teriam o evento da Magcon dois dias depois da nossa chegada, iria ser no sábado e o outro no domingo. Só iríamos passar pelo Rio de Janeiro, isso fez com que os ingressos se esgotassem mais rápido, em questão de poucos minutos. Nossa, aquilo estaria lotado.

Na manhã seguinte nós iríamos conhecer a cidade, e depois dos eventos ainda ficaríamos alguns dias pra curtir, mas o pai do Cameron não gostou muito daquilo.

Eu estava confusa, não sabia qual era o problema do Brasil.

(...)

— Tá filmando? – Cameron perguntou pro Carter enquanto faziam um vine, estávamos na praia e ainda não tinham fãs ali. Os meninos estavam de bermuda e blusa, eu estava com um shorts e uma blusa furadinha.

Estava bastante calor e... Cameron... Tirou... A... Blusa...

DEUS EXISTE!

Expliquem essa, ateus.

Aquele garoto era real?

Eu já havia sentido sua máquina de lavar (porque tanquinho é pouco pra aquilo), mas não sabia que era tão... Oh, Deus.

Me peguei mordendo o lábio inferior e olhando pra aquela paisagem que era mais bonita do que o mar do Rio.

Cameron percebeu que eu estava olhando e sorriu maliciosamente pra mim.

Não basta ter o sorriso mais lindo do mundo, não basta ter aquele corpo, tem que foder tudo com um sorriso malicioso.

Se eu pensar merda eu vou pro inferno? Já to sentindo meus pés queimarem.

Eu hein, Deus me livre... Mas que aquele garoto despertava coisas em mim que nem eu sabia explicar, isso era verdade...

Olhei pra Cameron com uma cara meio que "Vem cá." e na hora me lembrei que Bart estava na praia conosco, além dos meninos.

Cameron sorriu bagunçando o cabelo e chegou perto de mim.

— Tá tudo bem?

E essa voz? Parece que fica mais atraente a cada segundo.

— Tudo ótimo. – disse num sussurro que mais pareceu um pedido de socorro. Ele aproximou sua boca da minha orelha e roçou seus lábios perto do meu pescoço.

— Eu quero te beijar. – ele disse com aquela voz rouca que fez com que meu corpo todo arrepiasse e eu fechasse os olhos.

— Não faz isso comigo. – Abri os olhos e fitei os seus.

Tudo o que eu via ali era desejo, acho que era recíproco porque quase nos beijamos, ele segurou forte minha cintura e me abraçou.

Ah, abraços... Amo abraços, são tão fofos, normalmente me tranquilizam mas ali piorou tudo.

Minhas mãos foram para suas costas e eu finquei minhas unhas ali, não muito forte, mas a minha vontade era de arranhar toda sua extremidade. Meus lábios estavam encostados em seu ombro e eu estava de olhos fechados. Uma de suas mãos estava firme na minha cintura enquanto a outra passeava pelas minhas costas, ele passava seu dedo por ela só de maldade.

— Isso não se faz. – eu disse sussurrando no canto de sua orelha. Ele riu e eu decidi provocar também.

Eu estava na vantagem, minha cabeça estava do lado que não tinha nenhum dos meninos, não tinha quase ninguém na praia, não sabia qual era e estranhei uma praia do Rio ter pouca gente.

Comecei a roçar meus lábios em seu pescoço, espalhando beijos por ali. Ele deu uma risadinha e eu olhei em seus olhos.

— O que foi? Tá achando ruim?

— Horrível. – ele disse rindo e olhou para meus lábios.

Minha boca voltou ao seu pescoço e dessa vez eu dei uma leve mordida no lóbulo de sua orelha.

— Aí é sacanagem. – ele disse sorrindo e me apertando mais contra seu corpo. Estávamos tão colados que parecíamos ser um só. Dava pra sentir cada parte de seu abdômen, cada parte de seu corpo. – Lauren... – ele disse enquanto eu beijava seu pescoço.

— Oi? – olhei pra ele e fiz cara de desentendida, o que fez com que ele risse.

— Você pode fingir não estar louca.

— Louca? Como assim?

— A gente não tem como esconder. – ele disse e se afastou de mim, bagunçando o cabelo. – Estamos muito perto um do outro, nenhum primo fica agarrada assim com a prima. – ele disse se virando e rindo. Eu sorri e tentei me recompor.

Deus, que homem é esse?

Confesso que eu estava completamente sedenta pelo seu beijo, eu estava com saudade de sentir seus lábios nos meus, era algo que eu necessitava.

Os meninos estavam jogando futebol americano e eu estava rindo, pareciam uns franguinhos correndo, tinham um porte físico bem diferente dos atletas desse esporte.

O Matthew correndo parecia uma gazela, e quando ele caía parecia uma foca rindo, eu não conseguia parar de rir.

Olhei pro lado distraída e vi que tinha um homem me olhando, ele estava todo de preto e falando em algum aparelho que estava em sua mão, não era um celular. Quando ele viu que eu olhei, rapidamente entrou em uma van preta e o automóvel arrancou.

Confesso que quando eu vi aquilo me deu um arrepio, um medo, por que ele estava olhando pra mim? Seria por causa dos meninos? Ou... Eu não sei.

Kiss me hardOnde histórias criam vida. Descubra agora