ARTHUR P.O.V.:
A festa estava ótima até o momento em que me perdi da Ro... Ela estava estudando na mesma faculdade que eu, mal conseguia raciocinar isso.
Ela disse que ia buscar uma bebida e... Sumiu. Não sei se foi de propósito ou se ela realmente se perdeu, só sei que fiquei louco procurando por aquela garota.
— Arthur? – Escutei uma voz conhecida e me virei. Franzi o cenho e tentei me lembrar.
— Mel?
— Sim. – Ela disse sorrindo e ajeitando o cabelo atrás da orelha.
— Wow, você está...
— Diferente. – Ela disse sorrindo.
— Linda. – Sorri e percebi que ela corou. – Mas continua baixinha. – Dei um sorriso debochado e ela revirou os olhos, rindo.
— Você tá com alguém aqui?
— Sim, eu estava com uma amiga...
— Amiga? – Ela arqueou as sobrancelhas e eu sorri.
— É, por enquanto. – Eu disse sorrindo e mexendo no cabelo.
— Eu vou indo... – Ela deu um sorriso torto e se virou. Não entendi muito bem mas voltei a procurar a Roberta.
(...)
Eu estava quase desistindo, já estava amanhecendo e eu fui em direção à faculdade pra ver se a encontrava lá.
— Arthur! – Me virei e vi quem eu realmente estava procurando.
— Aonde você estava? – Eu disse me aproximando dela.
— Passei a festa toda te procurando. – Ela disse sorrindo e eu a puxei pela cintura, ela agarrou meu pescoço e sorriu.
— Achei que estivesse fugindo de mim. – Disse com um sorriso no rosto. Ela riu e arqueou apenas uma sobrancelha.
Nesse exato momento um flashback invadiu minha mente.
FLASHBACK ON
— Mãe, eu quero ir embora. – Eu disse enquanto ela me deixava em um lugar que as crianças ficavam no shopping, era a nossa primeira visita à San Diego, eu tinha uns dez anos.
— Prometo que já vamos, só vou comprar mais algumas coisas, se comporte. – Ela deu um beijo em minha cabeça e deu dinheiro pra dona do estabelecimento me deixar entrar.
Tinha vídeo game, cama elástica, tudo que uma criança gosta, mas eu não estava afim, só queria voltar pro hotel.
— Você tá com raiva? – Eu estava sentado de cabeça baixa, a levantei e vi uma garota mais ou menos da minha idade, ela era linda...
— Só quero voltar pra casa. – Falei com meu inglês péssimo e ela riu.
— Você não é daqui, né? – Balancei a cabeça negativamente e ela sorriu. – Vem, é legal aqui. – Ela estendeu a mão e eu a segurei.
Passamos a tarde brincando, minha mãe havia demorado mais que o normal e eu confesso que gostei.
Estávamos na cama elástica e não parávamos de rir, acabei pulando de um jeito estranho que fez com que eu caísse em cima dela.
Ela começou a rir e reclamou, dizendo que eu estava machucando-a, mas eu sabia que não.
Tentei me levantar, mas eu estava cansado. Olhei em seus olhos e lhe dei um selinho rápido, logo depois deitando ao seu lado na cama elástica e com medo de olhar pra ela.
Por que eu fiz isso?
— Desculpa. – Eu disse baixinho, percebi que ela se levantou e saiu da cama elástica, eu saí também e fui atrás dela. – Você tá com raiva de mim? – Eu disse puxando-a pela mão.
— Não. – Ela disse sorrindo sem olhar nos meus olhos, percebi que estava corada.
— Você não gostou?
Tinha sido a primeira vez que eu tinha beijado uma garota e acho que foi sua primeira vez também.
Ela olhou em meus olhos e arqueou apenas uma sobrancelha.
— Como você consegue fazer isso? – Eu disse rindo apontando pra sua sobrancelha. Ela riu e eu sorri.
— Mamãe me disse que é genética, sei lá... — Eu escutei a voz da minha mãe, olhei pro lado e ela estava me chamando.
– Eu tenho que ir. – Eu disse com uma expressão triste. Ela ficou na ponta dos pés e deu um beijo em minha bochecha, logo depois correndo pra algum brinquedo.
Eu? Eu fiquei parado por uns segundos observando-a ir embora.
FLASHBACK OFF
— Você... – Eu disse tentando organizar meus pensamentos. – Como você faz isso?
— Minha mãe disse que é genética. – Ela piscou o olho e eu sorri.
— É... Você?
— Achei que não fosse se lembrar nunca, Arthur. – Ela disse rindo.
— Como que... Como assim?
Eu não conseguia acreditar, era muita coincidência.
— Ah, a culpa não é minha se você voltou pra minha cidade. – Ela disse se afastando um pouco de mim e cruzando os braços, sorrindo.
— Então quer dizer que você é a garotinha hiperativa que eu dei um selinho? – Ela começou a rir e desviou o olhar dos meus olhos.
— Para, thu...
— Thu? – Eu disse me aproximando dela e dando um sorriso mordendo o lábio inferior.
— Saiu sem querer.
— Eu gostei. – A puxei pela cintura e aproximei minha boca de seu ouvido. – Isso fica melhor com você gritando na cama comigo. – Sussurrei e ela deu uma risada, me empurrando e andando em direção à faculdade.
— Até parece. – A alcancei e andei com ela ao seu lado.
— Por que você saiu da cama elástica?
— Se lembra até disso? – Ela disse olhando pra mim e se encostando na parede do prédio de seu dormitório.
— Como você se lembrou de mim? – Eu disse colocando minhas mãos na parede e deixando meu rosto bem próximo do seu. Nossos corpos estavam praticamente colados e eu olhei em seus olhos.
— Acha mesmo que eu esqueceria desses olhos claros e dessa boca... – Ela passou seu dedo indicador no meu lábio inferior e sorriu. – Muito bem desenhada?
— Ah, não sei... – Disse olhando em seus olhos e sorrindo.
— Você não mudou nada, Arthur.
— Só o piercing, né?
Ela começou a rir e eu também ri.
— Um garotinho de dez anos ficaria bizarro com um piercing no lábio inferior.
— Eu sou bizarro agora? – Ela me puxou pelo pescoço e selou nossos lábios vagarosamente.
— Um bizarro gostoso. – Ela deu um sorriso e agarrou meu cabelo com força. Mordi seu lábio inferior, dando início a um beijo, um longo beijo. Minhas mãos desceram pra sua cintura, apertando-a com força. Ela desceu os beijos para o meu pescoço e eu percebi que aquela garota fazia com que eu perdesse o controle.
Paramos de nos beijar por falta de ar e ficamos apenas roçando nossos lábios.
— A minha colega de quarto está viajando... – Ela disse num suspiro e eu dei um sorriso malicioso
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Kiss me hard
FanfictionLauren sempre foi uma garota fechada, privada de tudo que é conhecido nos dias de hoje como diversão. O amor e cuidado que tinha pela sua avó a privou de muitas coisas, mas agora ela está na faculdade e talvez irá querer voltar à vida privada pra nã...