Your mouth.

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Voltei pra casa depois de conversar um pouco com as meninas e o Cameron estava deitado no sofá.

— Oi. – eu disse praticamente me jogando em cima dele.

— Você não é leve não, sabia? – fechei a cara e tentei me levantar, mas ele me agarrou pela cintura. – Você não vai a lugar nenhum. – ele disse com um sorriso no rosto, mas eu ainda estava de cara fechada.

— Você disse que eu sou uma obesa mórbida. – ele deu uma risada tão gostosa que deu vontade de escutar aquilo pelo resto do dia.

— Eu não disse nada disso. – ele parou de rir e olhou em meus olhos, sua mão foi parar em meu rosto, fazendo carinho ali. – Estamos sozinhos em casa. – ele falou com um sorriso malicioso.

— Cadê a Leslie?

— Saiu pra fazer compras. – sua mão ficou mais firme em minha cintura e senti meu corpo todo relaxar em cima do seu. Joguei meu cabelo pro lado e observei melhor seus olhos que ousavam em fitar minha boca.

— Vamos fazer greve de bei... – ele não me deixou terminar.

— VOCÊ TÁ LOUCA? Nunca mais, Lauren.

— Você iria perder que nem a outra vez... – eu disse me gabando.

— Iria mesmo e não tenho vergonha de dizer isso. E... Eu perdi da última vez porque você provocou demais.

— Provoquei demais? – acabei rindo. – A gente estava conversando de boa e do nada você me beijou, Cameron.

— Você pode ficar parada e sem falar ou fazer nada... Estará me provocando.

— Você é tão fraco. – eu disse rindo e ele segurou minha mão, entrelaçando nossos dedos.

Nunca tinha feito aquilo com ninguém com o sentimento que prevalecia ali. Olhei pra Cameron e depois olhei para as nossas mãos.

Era bom. Eu senti que tinha alguém comigo, alguém que eu podia confiar, que eu podia gostar sem medo.

— Ai, Cameron... – eu disse num suspiro.

— O que foi? – ele disse e eu olhei em seus olhos. – Você me faz tão bem.

Ele automaticamente sorriu e com a mão que estava vaga, me puxou pelo pescoço, aproximando meu rosto do seu. Não nos beijamos, apenas roçamos nossos lábios e ficamos sentindo a textura um do outro por um tempo, até que eu senti aquele encaixe perfeito como sempre. Era como se a sua boca fosse desenhada por anjos, fosse feita especialmente pra mim, era como se a minha boca fosse feita pra ele, como se nós nos completássemos.

Cameron não tinha noção do que ele estava fazendo com a minha vida. Eu nunca fui de imaginar um príncipe encantado como os dos filmes, mas eu sempre imaginei alguém pra ficar comigo.

Eu não queria um garoto perfeito, com qualidades absurdas e defeitos ocultos, eu tinha o Cameron... Ele não era perfeito visto pela sociedade, pelos amigos ou pelos pais, mas ele era perfeito pra mim.

Sua mão estava tão firme em minhas costas que nossos corpos estavam absurdamente colados. Eu gostava.

Cameron foi se virar pra ficar em cima de mim mas acabamos caindo no chão.

Eu não conseguia parar de rir e Cameron parecia envergonhado.

Até que não doeu, o carpete amorteceu a queda.

— Desculpa. – ele sentou no chão, se encostando no sofá, ele parecia querer rir.

— Tudo bem. – eu disse conseguindo parar de rir. Olhei pro Cameron e vi que ele estava analisando meu corpo. Eu ainda estava deitada no chão de costas pro teto. – Para de olhar! – eu disse me esticando pra pegar uma almofada e acertar nele, mas como sou terrível de mira, errei, fazendo-o rir.

— Qual é... – ele disse colocando a almofada no sofá. – Não tenho culpa se você é melhor que morango no nutella.

Nossa, aquilo me pareceu um elogio dos melhores. Fiquei de joelhos com dificuldade (porque gente sedentária é assim) e fui engatinhando até Cameron. Ele fez uma cara maliciosa que só Jesus poderia perdoá-lo.

Sentei em seu colo com uma perna de um lado e a outro do outro, no mesmo momento Cameron segurou forte em minha cintura e me puxou mais para si.

Esse menino não perde tempo.

Agarrei seu pescoço com força e me estiquei um pouco pra cima, olhando em seus olhos, eu estava mais alta que ele e aquilo só aconteceria naquela ocasião.

Cameron alternava seu olhar de minha boca para meus olhos.

Joguei meu cabelo para o outro lado, enrolando em meus dedos e dei uma mordida forte em seu lado inferior.

— Essa foi boa. – ele disse se esticando pra me beijar, mas eu afastei.

— É tão bom estar no comando. – eu disse passando o meu dedo indicador em seus lábios e ele deu um sorrisinho.

— Aproveita que é por pouco tempo. – Cameron disse descendo sua mão e apertando forte minhas coxas.

— Deixei? – eu disse arqueando uma sobrancelha.

— E tem que deixar? – ele disse com um sorriso malicioso.

— Eu te processo, Cameron Dallas.

— Alegando o que?

— Por me deixar cada vez mais louca por você.

Cameron deu um sorriso que era raro, eu nunca havia visto antes, só quando eu disse... Quando eu disse estar apaixonada por ele.

É, é um tipo de sorriso, ele tem vários: quando ele está tímido, quando está tentando esconder algo, quando está muito feliz com algo, quando fala das fãs, quando é forçado, quando faz algo safado e... Quando olha pra mim.

Eu não quero me achar, mas... Tem um brilho nos seus olhos, algo diferente em seu sorriso quando ele está falando comigo, acho que é o mesmo que acontece comigo.

Não sabia o que Cameron sentia, ele sabia que eu estava completamente louca por ele, mas eu não sabia que era recíproco, só sabia que eu causava algo nele.

É ruim essa parte, é como andar no escuro sem rumo, você não sabe se alguém vai te dar a mão pra te guiar ou se você vai cair em um buraco.

Eu estava disposta a arriscar, estava disposta a jogar tudo pra cima e ver se isso daria certo.

Cameron segurou meu rosto com as duas mãos e puxou em direção ao seu. Senti seus lábios umedecidos tocarem os meus e agarrei seu pescoço com força, fincando minhas unhas em seus ombros.

Seu beijo me deixava cada vez mais louca, mais apaixonada, com vontade de mais. Mais. Eu precisava de mais, aquele garoto estava fazendo com que eu perdesse o pouco de controle que tinha.

Eu tentava sair de cima dele, mas não conseguia, não que ele me puxasse ou algo do tipo, mas EU não conseguia, a minha vontade de estar ali beijando aquela boca que... Ai meu Deus... Era maior do que qualquer movimento consciente que meu corpo deveria ter feito.

Cameron Dallas.

Ah, Cameron Dallas, esse garoto me deixava cada vez pior.

— Cam... – eu disse ofegante quando parei de beijá-lo. Ele não deu importância, seguiu com os beijos em meu pescoço, que fez com que eu jogasse a cabeça pra trás e fechasse os olhos. Minhas mãos estavam agarrando seus braços que estavam abraçando minha cintura.

Não, eu não vou interromper isso, não vou parar o que está me fazendo... Tão, tão, tão... Bem.

Cameron exerceu certa pressão em meu pescoço e... Ai meu Deus, ficaria uma marca roxa maravilhosa. Ah, não me importo, eu estava gostando.

Escutei um barulho de chave e a maçaneta girou.

— Deve ser a Leslie. – eu saí de cima de Cameron e ele se levantou, se sentando no sofá. – Age naturalmente, Lau!

Tarde demais, eu já tinha me jogado no chão.

Kiss me hardOnde histórias criam vida. Descubra agora