Kiss me hard

The only exception.

O dia amanheceu e eu ainda estava meio que sem acreditar no que tinha acontecido.

Antes de adormecermos eu e Cam vestimos nossas roupas íntimas, acabamos dormindo depois de muitas coisas...

Me levantei da cama e Cam ainda estava dormindo, entrei na casa e fui no banheiro, escovei os dentes com uma escova que ainda estava dentro da embalagem e tomei um banho rápido.

Voltei pra onde estávamos e vesti minha roupa que estava jogada na areia. Fui em direção ao mar e fiquei observando as ondas se desfazerem enquanto tocavam meus pés. Olhei pra trás e vi o Cameron entrando na casa.

Voltei a olhar pro mar e fechei os olhos, pouco tempo depois senti duas mãos envolverem minha cintura.

— Bom dia. – ele disse dando um beijo demorado no meu pescoço, o que fez com que eu me arrepiasse. Virei a cabeça e lhe dei um selinho demorado. Coloquei minhas mãos em cimadas suas que estavam em minha barriga e ele apoiou o queixo em meu ombro.

— Ontem foi maravilhoso. – eu disse olhando pro mar, um sorriso bobo se formou em meu rosto.

— Não poderia ter sido melhor. – ele disse me apertando mais contra seu corpo.

Sorri comigo mesma e Cameron sussurrou em meu ouvido: "Acho melhor voltarmos."

— Aw, Cam, tá tão bom aqui. – eu disse com uma voz manhosa.

— Vão desconfiar, Lau. – ele disse rindo e nesse momento eu arregalei os olhos.

— Meu Deus, nós dormimos fora, praticamente sumimos, e se a Leslie ligar pros seus pais? – disse me afastando dele e indo em direção à moto. – Vamos, corre!

— Não é pra tanto. – Cam disse rindo e entrou na cabana, logo depois voltando com algo.

VAN P.O.V.:

Eu estava na casa do Bart e ele resolveu sair, disse que ia resolver um negócio da Magcon. Deitei no sofá e liguei a TV, estava passando The Big Bang Theory, amo.

Do nada, a campainha tocou e eu fui atender.

— Taylor? – disse surpresa.

Ele entrou em casa e trancou a porta sem tirar seus olhos dos meus.

— O que você tá fazendo aqui? – ele me agarrou pela cintura e tentou me beijar, mas eu o empurrei. – O que você pensa que tá fazendo, Taylor? – ele arqueou as sobrancelhas e parecia confuso.

— O que eu to fazendo? Como assim?

— É... O que você tá fazendo na minha casa? Como sabia que eu estava sozinha?

— Eu esperei o Bart sair.

— Taylor... Eu não quero te iludir.

Na verdade eu não queria ME iludir.

— Me iludir como, Van? Eu sei bem que você é fria, mas também sei que tem algum sentimento entre a gente, não tenta negar isso, não dá pra negar pra si mesma, você pode até negar isso pra mim pelo resto da sua vida, mas você sabe o que está sentindo. Não deixa que o medo de se decepcionar te impeça de amar.

O que ele falou era verdade.

Tudo.

Eu não queria que ele soubesse de nenhum sentimento meu em relação a ele, que ele soubesse que eu era uma fã maluca encubada, que eu passava horas no twitter tentando conseguir o follow dele e nunca havia conseguido, nunca...

Durante o meu intercambio no Brasil, eu fiquei muito longe do meu tio, mal falava com ele.

E quando eu falava dos meninos... Era sempre a mesma coisa: "Não posso leva-los ao Brasil por sua causa.", e quando eu pedia só pra ele dizer o meu user ele já vinha com grosseria.

E na verdade eu não queria que ele desse o meu user e eles me seguissem, eu queria conseguir aquilo por mérito meu e de mais ninguém.

Não consegui o follow de nenhum deles, mas hoje eu estou ficando com o Taylor Caniff, meu choose, acho que isso era melhor que qualquer follow.

— Taylor, você não sabe o que está dizendo. – eu disse rindo e colocando o cabelo atrás da orelha.

— Para de mentir, Van, você tá tremendo. – ele disse rindo.

— É que tá frio. – Quase gaguejei.

Eu não queria, simplesmente não queria ficar tão entregue a ele, não queria que ele soubesse que dentro dessa garota fria existia uma garota gritando por ele.

— Frio? – ele me puxou pela cintura e colocou uma mão em meu rosto.

— É, frio. – me afastei dele e me virei, indo em direção ao sofá.

— Ok, eu vou embora então, já vi que não quer falar comigo. – olhei pra trás e Taylor estava abrindo a porta.

— Não. – corri e fechei a porta antes que ele pudesse dar qualquer passo. – Não vai. – ele se virou e olhou em meus olhos, nós estávamos muito próximos, eu podia sentir sua respiração chocar-se com minha pele.

Levantei a cabeça e olhei em seus olhos, logo depois para seus lábios. Ele mordeu o lábio inferior e tudo o que eu pensei foi "Porra, esse garoto me deixa louca!".

Olhei em seus olhos novamente e coloquei uma mão em seu rosto.

— Por que você quer que eu fique? – ele perguntou dando um sorriso safado.

— Porque... – gngoli em seco. Taylor sorriu e me puxou pela cintura, colando nossos corpos.

Eu tinha medo. Medo de me apaixonar mais ainda por aquele garoto, medo de conseguir sentir o meu coração batendo mais forte a cada vez que olhasse pra ele.

Pedi a Deus que ele não sentisse, pois nossos corpos estavam tão colados que nossosbatimentos cardíacos pareciam um só.

Sim, sou fria, tenho medo de qualquer coisa que envolva sentimentos, tenho medo de acabar que nem a meu pai... Mas isso não vem ao caso.

Eu tenho medo de... Amar. Isso me assusta.

Mas... Quem disse que eu conseguia controlar aquilo? Quem disse que eu queria controlar aquilo?

Ele era, com certeza, a única exceção, a exceção que eu não me arrependeria, eu tinha que fazer aquilo, eu tinha que ficar com ele, ele me completava.

Encostei vagarosamente meus lábios nos seus e senti meu coração disparar.

Sim, mais do que estava.

Sim, eu também não sabia que era possível.

Suas mãos agarraram com força minha cintura e o beijo foi ficando mais... Saboroso. Continuou lento, o que eu amava, fazendo com que eu o imprensasse mais ainda contra a porta.

Nunca tínhamos nos beijado daquele jeito, sempre foi rápido, desesperado, cheio de fogo e vontade de atacar.

Eu sentia como se... Ele estivesse gostando tanto quanto eu. Parei o beijo por falta de ar e encostei minha testa na sua. Ainda de olhos fechados, dei um sorriso e suas mãos subiram para o meu pescoço.

— Ah, Taylor Caniff... – disse num suspiro.

— Eu sei, você me odeia. – ele disse sorrindo.

Afastei um pouco meu rosto do seu e olhei em seus olhos.

— Muito. – disse sorrindo e lhe beijando novamente, agora minhas mãos agarravam com força seu cabelo.

Taylor deu um sorriso entre o beijo, me deixando mais louca ainda. Deslizei minha mão pelo seu braço e paramos de nos beijar.

Nós olhamos nos olhos um do outro e sorrimos.

Ele me abraçou forte e me beijou novamente, dessa vez mais rápido mas não tanto. Demos vários selinhos no final do beijo e eu senti uma coisa... Estranha.

Eu senti... O amor me preenchendo.