In the forest?

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GIOVANNA P.O.V.:

Eu não acredito que fizeram com que eu mudasse de faculdade só pra poder cuidar da pirralha. Ok, ela não é tão pirralha, só dois anos mais nova.

Aquela faculdade era linda, cheia de pessoas interessantes e eu estava adorando.

Entrei no dormitório e dei de cara com uma garota ajeitando o quarto. Legal, adoro dividir quarto.

— Qual seu nome? – Ela disse animada enquanto eu colocava a minha mala em cima da cama. Revirei os olhos ainda olhando pra parede e me virei pra ela com um sorriso falso no rosto.

— Giovanna, e o seu?

— Bel. – Ela disse sorrindo e eu sorri.

— Bel?

— É Isabela, mas eu só gosto que me chamem de Bel.

— Ok, Isabela. – Ela fez uma expressão triste e eu ri. – Relaxa, Bel, eu entendo, também não gosto que me chamem de Giovanna, soa muito sério, pode me chamar de Gi ou Gio. – Ela sorriu assentindo a cabeça e voltou a arrumar a mala.

(...)

A Bel disse que ia tomar um ar e eu fiquei no quarto, mas logo depois resolvi sair, estava morrendo de tédio. Abri a porta e dei de cara com um menino... Lindo.

— Oi. – Ele disse meio sem jeito e sorrindo, ele parecia estar prestes a bater na porta. Jesus, que olhos são esses? Eram tão claros e seus dentes tão brancos que fiquei abismada. Ele estava sorrindo e me entregou um panfleto, eu o olhei e arregalei os olhos. – Vai ser hoje à noite na floresta da parte de trás da faculdade.

— Na floresta? – Eu disse rindo.

— É, tem tipo uma cachoeira lá, é reservada para os estudantes e nenhum professor ou diretor tem direito de ir lá, essa regra foi decretada há anos.

— Wow, amei. – Eu disse com um sorriso no rosto e ele olhou pra minha boca.

— Te espero lá. – Ele disse bagunçando o cabelo e se afastando, logo depois piscando um olho e eu sorri. Fechei a porta e me encostei nela, revirando os olhos e mordendo a boca.

— Que garoto... – Sorri comigo mesma e saí do quarto.

LAURA P.O.V.:

— Eu não acredito que estamos no mesmo quarto. – A Vic disse enquanto arrumava as roupas.

— Também né... Fomos os últimos a nos matricular, praticamente ficamos todos juntos.

— Verdade. – Ela disse suspirando e se sentando na cama. — Será que o Bruno já entregou todos os panfletos?

— Não sei, do jeito que ele é lerdo, acho que não.

— Espera... Como que ele vai conseguir entrar no dormitório das meninas?

Eu ri e ela ficou sem entender.

— Vic, os meninos só não podem ir no dormitório das meninas depois de um horário, acho que umas dez da noite.

— Ahhh bom. – Ela disse fazendo uma expressão de alívio e eu ri. Meu celular vibrou no bolso e eu o peguei, lendo a mensagem em voz alta.

— "Finalmente encontramos os meninos e a Lauren, venham aqui pro jardim perto do bloco A." –Nós sorrimos uma pra outra e nos levantamos.

LAUREN P.O.V.:

— Eu não acredito. – Matt disse do meu lado enquanto olhava na mesma direção que eu. Eles se aproximaram mais e estavam todos ali, todas as meninas e meninos.

— E aí? – A Belle disse e eu sorri.

— Eu já entendi, me larga! – Escutei uns gritos e quando olhei pro lado vi a Van e o Bart. Ele parecia estressado e ela estava com os braços cruzados, sua expressão era de raiva.

— Espero que consigam colocar juízo na cabeça dela. – Ele saiu dali e Van revirou os olhos.

— É mais fácil você colocar juízo na nossa cabeça. – Eu disse rindo e ela soltou uma risada, descruzando os braços.

— Só porque eu tava com um garoto ele fez esse escândalo todo. Pode uma coisa dessa?

— Pode. – O Taylor falou baixo mas todos escutamos, começamos a rir, menos ele, que permaneceu sério.

— Então, o que vocês estão fazendo aqui? – Nash perguntou fitando a Thuda.

— Viemos surfar. – Arthur disse revirando os olhos e as meninas riram. Nash ficou com cara de merda e eu ri disso.

O Arthur começou a forçar a vista olhando em uma direção.

— Aquela é a Ro? – Não deu tempo nem de olharmos, ele saiu correndo e sumiu do nosso campo de visão.

— Então... Nosso intercâmbio vai ser aqui, Nash, e pretendemos ficar por um bom tempo. – Thuda disse sorrindo e Nash sorriu pra ela, dizendo "Ainda bem.".

Hm, esses dois...

— Já estão sabendo da festa na floresta? – O Bruno disse, ele tinha acabado de chegar e estava ofegante.

— Sabíamos que ia ter uma festa, mas não que ia ser na floresta. – O Matt disse.

— Meus panfletos acabaram, cara, mas vai ser na floresta na parte de trás da faculdade, só os alunos entram lá.

— Isso não vai prestar... – Cynthia disse baixinho mas todos olharam pra ela rindo.

— To vendo que você não é tão santa assim. – O Matt disse sorrindo e eu percebi que ela estava vermelha de vergonha.

(...)

Eu estava com a Cynthia voltando para o dormitório quando ela avistou um garoto lendo debaixo da árvore.

— Você conhece? – Eu perguntei pois ela estava fitando-o muito.

— Não, não. – Ela deu um sorriso e nós continuamos andando.

(...)

Eram nove da noite e a festa estava marcada pra começar às dez. Nós estávamos quase prontas. Confesso que a Cynthia era linda, ela era baixinha e seu corpo era bastante desenvolvido pra alguém daquela altura. Ela estava usando um shorts jeans e uma blusa branca soltinha.

Eu estava também de short jeans, usava uma blusa de alça e um vans. Qual é, era uma festa na floresta.

Terminamos de nos arrumar e ela parecia indecisa em relação ao cabelo, ela vivia com ele preso.

— Deixo preso mesmo?

— Por que você não solta?

— Odeio meu cabelo. – Ela disse revirando os olhos. – É liso demais.

— Vem cá. – Ela se aproximou de mim e eu peguei um creme pra cabelo na minha bolsa. Soltei seu cabelo e meio que o baguncei com o creme já nas minhas mãos. Havia ficado lindo, estava volumoso, mas ao mesmo tempo, comportado.

— Você conseguiu deixar meu cabelo legal. – Ela disse se olhando no espelho.

— Seu cabelo é lindo, Cyn. – Eu disse rindo.

— Obrigada. – Ela disse com um sorriso no rosto e eu sorri.

(...)

— Isso não é perigoso? – Cynthia disse enquanto nós andávamos por uma trilha pra chegar na tal floresta. – Devíamos ter esperado os meninos.

— Que nada, eles iriam demorar.

Escutei um barulho de música e olhei sorrindo pra Cynthia. Passamos por umas árvores e avistamos, finalmente, a tal festa.

Tinha umas fogueiras acesas e muita, mas muita gente dançando. A música era alta e acho que não vi uma pessoa com a mão vazia. Tinha gente fumando, o que me incomodou, mas preferi tentar ignorar.

Senti alguém segurar forte em minha cintura e me virei com medo.

Aqueles olhos nunca estiveram tão lindos.

Kiss me hardOnde histórias criam vida. Descubra agora