capítulo 4

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- Fred por favor... - imploro a meu amigo que apressado me empurra pra dentro de outra loja, recebendo é claro apoio de minha irmã.
- já rodamos esse Shopping inteiro, a essa altura compramos com certeza roupas suficientes e eu estou exausta -reclamo.

Depois do almoço eu comentei que  não sabia o que vestiria no dia seguinte. Depois de condenarem todas as peças do meu guarda roupa tentando me ajudar com esse problema eles decidiram que não deixariam de jeito nenhum que sua irmã -palavra dita por Ali. - e sua melhor amiga -segundo palavra de Fred - fosse trabalhar vestida segundo os dois: com roupas que não valorizavam a profissional que eu era.

E isso bastou para que esses dois enlouquecessem. Como resultado aqui estou a beira do esgotamento corporal por ter provado praticamente todas as roupas do lugar. Tudo por fazer um comentário. Eu e minha boca grande.

- Ai Ana! deixa de reclamar agora que demos uma olhada básica - repreende meu amigo. - você devia estar era nos agradecendo por te ajudar a chegar arrasando na WL amanhã, a primeira impressão é a que fica. Você nunca ouviu esse ditado popular não?
- Realmente Ana. Vamos, pegue. Essa blusa tá um arraso e tenho certeza que vai ficar ótima em você. -diz Alice me entregando uma blusa verde que de fato era bem bonita. É tudo bem, lá vamos nós de novo.
- circulando mulher. - completa a mesma com voz autoritária.
- Eu mereço. -giro sob os calcanhares e sigo em direção ao provador.
- também de amamos. - diz Fred rindo.
- muito. -completa Ali rindo junto.

- E então o que acham? - abro a porta do provador.
-Uau! Você tem bom gosto Alice.
- Eu sei disso. Vamos levar essa. Tome esse vestido vinho. tá maravilhoso!
- apanho o vestido e dou uma olhada, pra minha sorte Alice tinha praticamente o mesmo gosto pra roupa que eu...

- Minha nossa! - diz ela assim que me vê. É eu também tinha amado aquele vestido. Valorizava as minha curvas mas, sem exagero. Além de passar um ar profissional. Em uma palavra foi amor a primeira vestida.
- Arrasou! -diz Fred logo depois.
- obrigada! - digo envergonhada.
- você tá ficando vermelha como um tomate Ana. - diz ele rindo.
- Eu não tenho culpa, e você sabe que não tenho controle sobre isso. - digo ficando ainda mais envergonhada e como consequência mais vermelha.

Eu tinha esse problema, desde muito pequena. Quando criança praticamente todas as vezes em que ficava envergonhada meu rosto ficava vermelho hoje em dia já não era tão imtenso, e quase nunca acontecia, mas, o fenômeno nada discreto ainda aparecia vez ou outra sempre nas horas mais indevidas.
- vamos garota! Ainda temos muitas lojas pra visitar. - me apressa Ali.
- já tô indo sargento Ali.
- piadista. Diz a mesma fechando a porta do provador na minha cara. Dando risinhos satisfeitos.

- E a isso se resumiu o resto da minha tarde. Blusas e mais blusas, vestidos e mais vestidos, calças e mais calças...  quanto ao pagamento metade foi eu quem paguei, a outra metade foi Ali e Fred. Amigos são pra essas emergências. Foi o que ele disse ao entregar o cartão de crédito mais uma vez a atendente da... Trigésima loja? Eu já havia perdido as contas.
- pronto diz ele me entregando outra sacola com roupas.
- pra onde vamos agora? - pergunto tentando segurar todas as sacolas de compras sem deixar cair nenhuma. O que não era tarefa fácil.
- Você conseguiu nos convencer. Já está na hora de voltar pra casa. Vamos.
- Ai isso é um momento pra se entrar na história. Eu conseguindo convencer vocês dois de alguma coisa. O dia foi surpreendente. - comento rindo.
- Aqui Ana, deixa eu pegar algumas dessas sacolas. - diz Ali tentando me ajudar. - Fred não fica aí parado vem ajudar. - fala minha irmã com olhar de reprovação voltado na direção de Fred.
- Desculpe Alice, me distraí com as vitrines daquela loja ali. - minha irmã lhe entrega várias sacolas também, Ali fica animada de novo.
- nossa está tudo muito lindo mesmo... - diz ela admirada. Começo a ficar preocupada meus pés estavam me matando e o único lugar que eu estava disposta a andar era pra casa. Então antes que fosse tarde demais cortei logo a onda dos dois.
-- negativo gente. Tô passando dos limites físicos aqui se eu ver mais uma causa jeans ou uma blusa de gola rolê na minha frente eu desmaio - eu falei dramatizando. Mas no final deu certo. Acho que os meses de teatro que fiz no ensino fundamental me serviram de alguma coisa. E finalmente fomos pra casa.

De repente agente duplo (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora