- bom dia! - diz margo me cumprimentando enquanto vai em direção a sua sala.
- bom dia! - respondo enquanto ela corre pelo corredor como sempre. Essa Margo é uma figura.
- bom dia Ana! - diz Felipe, enquanto passa por mim.
- bom dia! - respondo enquanto ele também some pelo corredor. Durante essa semana que se passou eu me aproximei muito de Felipe e de Margo. O que era algo bom, eles estavam me ajudando na adaptação e também na missão de ignorar certa pessoa insuportavelmente chata que para minha infelicidade trabalhava na empresa.
Depois de alguns minutos ele chega. Como sempre está atrasado.
- bom dia! - cumprimento ao mesmo como sempre faço. E como sempre ele não dá a mínima pra mim. E passa direto sem dizer uma palavra -que carinha mais arrogante. Porém... Pensando bem, ele é exatamente como eu achei que fosse.
Eu descobri a uma semana que o Sr. Educação, era o Calebe e o Calebe era o cara que eu não conheci no primeiro dia de trabalho.
O calebe é esse cara chatissimo que acabou de desaparecer no corredor e que eu tentava diariamente evitar.- ai como esse cara me irrita. - ele parece sei lá, fazer de propósito. Mas... chega de pensar no Sr. Educação, eu precisava ficar atenta aos telefonemas. Era esse o meu trabalho afinal. O dia correu como sempre, tranquilo e agradável como de costume. Bom... Pelo menos até às exatas 16hs da tarde, quando Calebe decidiu vir me atasanar a paciência.
- muito provavelmente uma senhora com o nome de Amélia ligará daqui a pouco. Dê esse recado a ela. - fala com a voz seca, me entregando o papel. Vira as costas pra mim e vai embora.
- ai, ai. Eu não mereço isso. - resmungo pra mim mesma pegando o papelzinho que ele jogou desleixadamente sobre o balcão.
O telefone realmente tocou pouco tempo depois e era a tal de Amélia. Que estava bem extressadinha pelo que percebo.
- boa tarde! WL investigações, pois não?
- Amélia. - foi a única coisa que ela disse, e depois de alguns segundos de silêncio ela completa. - querida isso é tudo que direi. Você pode por favor me entregar o recado que tem para mim.
- ah sim! claro. - digo revirando os olhos, estico o braço equilibrando o telefone e ao mesmo tempo capturando o papelzinho e começando a ler pra ela. Aquilo parecia estar escrito em códigos, eu não entende bulhufas, mas a tal Amélia pareceu entender tudo e ficou até um pouco satisfeita com o tal do recado, por que depois de um obrigada apressado ela desliga.
" os meninos devem estar quase chegando ao local marcado. As tulipas estão prontas. E o pacote entregue"
- era isso que estava escrito no bilhete. Confuso? Sim. Totalmente confuso. Mas o meu trabalho era somente entregar o recado, não decifrar algo que foi codificado unicamente para que secretárias como eu não entendessem. Por isso deixei a estória do bilhete de lado, e fui me ocupar organizando os arquivos e pastas do balcão.
- esse é o seu trabalho Ana. - lembro a mim mesma. Enquanto me ocupo pelas próximas duas horas. A coisa que eu mais queria era sair dali logo e ir pra casa. Dona Judi combinou que faria lasanha pro jantar, minha comida preferida, se não houvessem pizzas por perto é claro, Fred com certeza apareceria por lá.
***
- Oi gente! - digo a minha mãe e minha irmã, que estão sentadas a mesa conversando enquanto preparam a lasanha.
- oi Ana! - dizem juntas.
- vou só tomar um banho e já venho ajudar vocês.
- não demora muito. - completa Ali, me soprando um beijo.Subo as escadas com um sorriso no rosto. Nada melhor do que uma Ali na vida, pra esquecer o extresse do trabalho. Quando entreguei no quarto larguei a bolsa em cima da cama e fui logo tomar um bom banho. Aquela água refrescante era tudo o que eu precisava. Quando terminei coloquei meu pijama preferido. Que era um conjunto de uma calça estampada com várias nuvensinhas e uma blusa branca, depois calcei minhas pantufas de joaninha e desci.
- e então em que posso ajudar? - pergunto me declinando sobre o balcão.
- nada. - responde Ali. - é que a gente já fez tudo. Só estamos esperando ficar pronta.
- humm - digo decepcionada, eu amo cozinhar. - tudo bem. Voi mandar mensagem para o Fred perguntando se ele vem mesmo.
- ótima ideia! - fala a minha mãe animada. Fred era daquele tipo de pessoa que conquista quem vê pela frente, e minha mãe tinha ele como um filho, assim como eu o tinha como um irmão.
Eu: Oi amigo! ✌
Fred: vish o que você quer com essas intimidades todas???? 🤔
Eu: credo. Você sabe que eu não sou desse jeito.
Fred: eu sei Lore. Só tava tirando onda com sua cara. Kkkkkk
Eu: realmente hilário rarara.
Eu: o que eu queria perguntar é se você vem aqui em casa hoje?
Fred: depende. O que tem pra comer???
Eu: e depois eu é que sou a interesseira. Né Frédéric?
Fred: responde logo Lore. Não me faça sofrer. Kkklk
Eu: lasanha❤
Fred: estou a caminho... ME ESPEREM... kkkkk não se mecham eu tô chegando...
Eu: até logo. 😉
- ele avisou que está vindo. Esfomeado como é já deve estar chegando aí. - digo a elas que me devolvem um grande sorriso. E não é que eu estava certa? Depois de poucos minutos meu amigo apareceu todo alegrinho. Afinal não era só eu que gostava de lasanha. E não gostar da lasanha da dona judi era praticamente impossível.
- cadê a lasanha????? - pergunta desconfiado. - não vai me dizer que fui enganado. Muito esperto da sua parte Lore, me atrair com comida. Sabe que lasanha é meu ponto fraco. - ele diz indignado enquanto aponta o dedo pra mim
- que te enganei o quê! É claro que têm lasanha; tá ali na mesa esperando que pessoas que têm confiança no coração comam ela toda. Mas... vejo que você não se encaixa nesse padrão. Então gostaria de pedir para que você não comesse.
- não comer??? - pergunta cético. - você me avisa que tem lasanha. Sabe que eu amo lasanha. E. Quer me pedir pra não comer a lasanha??? Até parece. Eu posso comer né dona Judi? - pergunta ele à minha mãe.- é claro Fred. - fala a mesma enquanto recebe dele um beijo estalado no rosto.
- agora pronto! Nem minha mãe me apoia... - resmungo.
- aiii. Chega desse lenga, lenga, eu quero comer. - diz a voz de uma irmã esfomiada sentada ao meu lado no sofá.
- concordo! - diz Fred.
- é melhor mesmo. - digo enquanto nos encaminhamos em direção à cosinha.
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De repente agente duplo (CONCLUÍDO)
RomantizmAna Laurell não podia estar mais feliz com seu grande feito, depois de um ano sendo mais uma nas estatísticas, a garota finalmente havia conseguido um emprego em um escritório de investigação da cidade. Ana não queria correr risco de vida, mas o pos...