Desde quando nos despedirmos algumas horas atrás eu, simplesmente, não consigo parar de pensar nela, no sei sorriso e no seu olhar de desaprovação quando aquela garçonete nitidamente me secava com o olhar, em uma busca nítida.Ela não era o meu tipo, e nunca seria.
É claro que mesmo sem olhar para ela diretamente, percebi seu desconforto com o que estava acontecendo diante dos seus olhos, por isso, fiz questão de ignorar abertamente a garçonete, e colocar Ana no centro da conversa a todo momento, esperando que a garçonete entendesse o recado e me deixasse em paz, e foi isso que ela relutantemente fez. Fiquei feliz por nossa noite ter sido tão agradável, e apenas em pensar nisso um sorriso já surge.
Estou nesse momento dentro da van, atento as câmeras que ela espalhou pela sede onde está, não há movimentação nenhuma então me recosto na cadeira cansado. Como de costume ela se esqueceu de desligar o microfone que possui, para que eu possa ouvir o que acontece ao seu redor, e eu posso ouvir a sua respiração regular e tranquila, como eu queria poder estar ali com ela para poder ver meu amor dormindo. - Suspiro frustrado passando as mãos pelo cabelo. - Era tão difícil resistir as suas provocações, eu amava vê-la irritada. O que tinha sido muito fácil foi me apaixonar por ela. E eu estou perdido.
Que chances eu tenho com ela?
Acho que mais nenhuma a essa altura, tenho tentado a todo o custo deixar meu passado para trás, a me tornar um homem menos amargurado e idiota que estava sendo nos últimos anos. Ela me fazia simplesmente querer mudar.Por muito tempo, depois de ter perdido a minha noiva, que por um acaso do destino também se chamava Ana, eu me tranquei por completo e me tornei um cara completamente imbecil, mas não ligava muito para isso ou fingia não ligar, eu afastei a todos, principalmente meus parceiros de trabalho, que antes eram bons amigos e agora me observavam apenas com curiosidade e desconfiança, eles não sabem de tudo o que aconteceu, nem mesmo minha irmã sabe. Sam foi a única que eu não consegui afastar, ela era teimosa e não permitiu que eu o fizesse, se ainda estou em juízo perfeito é graças a ela, a necessidade que eu tenho de protegê-la ne fez permanecer na realidade por todos esses anos; perdi as contas de quantas vezes minhas doce e insistente irmã me repreendeu por ter me tornado um completo babaca, mas eu não ouvia nem mesmo ela; eu não ouvia ninguém até ela chegar, quando Ana jogou isso na minha cara eu percebi que do jeito que estava não podia ficar. Ela fala o que pensa sem medo, e essa é a apenas uma das razões para que eu a ame ainda mais, ela não tem capacidade alguma de esconder o que sente e tem um senso de humor extremamente afiado, um sorrido encantador e uma graciosidade tão natural que ela parece nem se dar conta que possui. Ela é linda e charmosa.
Ah! E como é linda!
Não sou nenhum santo, eu devo confessar que já tive algumas namoradas passageiras desde o que me aconteceu no passado. Mas nenhuma conseguiu me fazer querer dar a elas uma chance para ir mais um passo a frente no relacionamento, e nehuma delas se comparava a minha Laurell.
Minha Laurell...
Pensar que provavelmente nunca poderei dizer isso a ela em voz alta me faz sentir uma dor incompreensível no peito, e tudo por minha própria culpa.
Parabéns Calebe. Seu idiota!
Acabei com todas as minhas chances de uma dia tê-la como minha, desde que nos conhecemos eu tenho a tratado mal e com intolerância, a verdade é que tudo isso apenas aconteceu por conta do meu passado. Todas as vezes que chegava a recepção eu evitava a olhar e a responder seus comprimentos, era se assemelhava assustadoramente a minha noiva, que acabei perdendo no passado, até suas vozes eram com tons parecidos, eu não podia olhar-la e me lembrar dela, isso me lembraria do qianto sofri com sua perda e de tudo que passei tentando esquece-la, e ali estava eu, a ignorando para me manter de pé e evitar o passado. Eu só não contava que me apaixonaria por ela, e que me manter longe se tornaria impossível.
Eu esqueceria de tudo, apenas para ficar com minha Laurell, eu pediria perdão a ela todos os dias se ela me desse uma chance. Mas não acho isso muito provável, por conta do meu passado acabei perdendo a oportunidade de ser feliz no futuro.
A respiração dela continua constante, e eu me sinto mais calmo apenas por poder ouvi-la.
Eu não consegui impedir que ela entrasse nessa missão maluca, e ainda tinha o impulso de esganar meu chefe por tê-la colocado em meio a tanto perigo, mas já que estávamos aqui eu iria protegê-la com a minha vida, se assim precisasse. Nada me impedirá de mante-la segura. Eu não conseguir manter minha primeira noiva em segurança, e por anos me culpei por isso. Mas com minha Laurell será diferente, eu nunca deixarei que a machuquem.
E aproveitando que estamos juntos, eu vou tentar me aproximar dela nessas semanas, sei que as chances são quase nulas, ou então inexistentes, mas eu vou agarrar a oportunidade de mostrar a ela que não sou mais aquele idiota que ela conheceu em uma festa.
Eu tenho vontade de dar um soco em mim mesmo só de lembrar de como a tratei naquela noite.
Tentaria mostrar a ela o quanto era importante para mim. E esperava com todo o coração que ao final da missão ela já tenha deixado de me odiar.
Eu faria qualquer coisa por ela.
***
Idiota arrependido galera! Já não era sem tempo.
O que acharam do Calebe? Ele merece uma segunda chance?
(O próximo é a Ana que narra! Vem perigo a espreita!!! Babado fortíssimo)
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De repente agente duplo (CONCLUÍDO)
RomanceAna Laurell não podia estar mais feliz com seu grande feito, depois de um ano sendo mais uma nas estatísticas, a garota finalmente havia conseguido um emprego em um escritório de investigação da cidade. Ana não queria correr risco de vida, mas o pos...