Capítulo 37

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Precisava avisar a Calebe sobre todo o plano que estava sendo organizado, não podia deixar nada passar. Ainda eram 17hs, todos estavam empenhados em treinar e os que não estavam faziam sabe se lá Deus quais das loucuras habituais, então resolvo ir logo até ele para lhe repassar tudo e depois voltar sem levantar suspeitas.

Me apresso em tomar um banho e me arrumar, isso incluía tentar deixar o cabelo falso um pouco mais natural e trocar de botas, preferencialmente uma menos barulhenta. Pego meu celular, minha arma e por precaução uma faca,  que coloco em um dos bolsos discretos na perna da calça, antes de sair dali.

Sempre que faço isso o único medo que tenho e de ser abordada por alguém no caminho até o portão, e que esse alguém me faça alguma pergunta que eu não saiba responder, mas hoje eu estava com uma sensação a mais. Parecia uma sensação de que estava sendo observada, mas sempre que olhava ao redor discretamente, não via ninguém, imaginei que  devia ser a tensão por estar tão perto do fim da missão e não poder dar nenhum passo em falso, mas mesmo quando tentava me convencer com essa explicação, uma parte de mim ainda desacreditava.

Eu estava sendo seguida?

Sigo pelos corredores até a saída e caminho até portão, agora eu estava na calçada. A van de Calebe não ficava muito longe daqui, mas como medida de precaução eu havia pedido há alguns dias que ele ficasse um pouco mais distante. Já estava andando havia alguns minutos e a sensação insistente e incômoda continuava, agora não era mais uma suspeita, eu tinha certeza de que alguém em algum lugar estava me observando, mas eu não hesito, continuo andando sem demonstrar medo ou insegurança.

Em certo momento eu posso ver que a van de Calebe já está há poucos metros no outro lado da rua, mas eu não vou até lá. Continuo andando sem parar, agora eu havia passado do veículo, sinto a presença se aproximando, ele ou ela estava perto.

Estava tão perto que com o canto dos olhos porsso ver sua sombra no chão, parecia ser de uma homem, a pessoa se aproxima cada vez mais e eu sinto quando está atrás de mim, continuo andando mais a tal pessoa segura meu pulso ne fazendo parar, o que eu faço é apenas um reflexo do que aprendi, tiro a faca do bolso da calça e agradeço aos céus por ter colocado ela ali. Giro os braços ao redor da tal pessoa e posiciono a faca em seu pescoço.

Uau! Deu certo... espera ai, era ele?

Eu não podia acreditar, o que aquele cara estava pensando?

- o que pensa que está fazendo? - pergunto irritada vendo a cara do imbecil na minha frente, o lobo mal estava passando dos limites.

- uau! Você é rápida! - ele dá uma risada maléfica, provando que eu estava certa.

- Ah! E o que você acharia se eu pressiona-se essa faca um pouco mais fundo? - digo com ironia ainda com a arma em posição, não seria má ideia assustar aquele maluco, pelo menos um pouco, eu precisava dar um jeito para que ele me deixasse em paz. Vejo que o que eu digo o deixa impressionado pelo menos por alguns segundos antes que ele disfarce com um dos seus sorrisos insanos.

- Tão irritada. - ele estava mesmo me provocando? E ainda por cima gargalhando? Ele tenta me tocar com uma das mãos, mas eu o impesso de fazer isso apertando ainda mais a faca em sua garganta.

- o que está acontecendo aqui? - Mais essa agora.

Era ele mesmo? Sim era ele.

Um carro preto blindado para no meio da rua em nossa direção e o vidro está abaixado. Quem está no volante e nada mais, nada menos que o apavorante chefe da quadrilha.

- me respondam! O que está fazendo com essa faca Lana? - pergunta irritado.

- Pergunte a esse ai. - digo ainda mais irritada que ele abaixando a arma bruscamente e me afastando um passo do lobo mal.

De repente agente duplo (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora