capítulo 19

64 10 0
                                    


Eu não conseguia me acalmar. Hoje como combinado seria a vez de Isabel me dar aulas, ela está nesse momento me mostrando como um Banker se comporta. É... eu posso dizer que tudo e no mínimo: largado e ao mesmo tempo rígido demais...

Eu estou completamente frita na mateiga com bastante cebolinha.

- pegou o andar Ana? - pergunta a doce Isabel me olhando com um sorriso enquanto anda alguns passos adiante para me mostrar como deveria ser o meu andar.

- eu tenho realmente que me comportar como eles? - pergunto preocupada.

- Não! Claro que não! - diz ela calmamente como se isso fosse óbvio. - Você não tem que imitar e sim saber que não deve se comportar como você mesma.

Ahhhhh... Graças a Deus.

- eles não querem imitadores. Isso é a última coisa que os bankers presam. Você tem que ser única do jeito que ele admitem.

- entendi.

- nada de cabelos curtos, para os bankers todas as garotas tem que ter cabelos longos. Nada de andar rápido, eles presam o andar lento para uma melhor observação de tudo ao redor. Nem pensar aparecer na sede, que é onde você vai morar, com alguém que não seja um banker e entre outras que você vai aprender na reunião se como esperado eles te aceitarem. Que é o esperado. - reforça confiante.

- certo!

- ser uma bankers não é tão difícil quanto parece, quando você estiver convivendo com eles vai ver que se misturar e fácil.

- assim espero Isabel. - digo sorrindo.

- mas vamos! Sem comversa mole! - diz ela brincalhona - quero ver como você vai andar - ela tira dois saltos enormes de dentro de uma caixa no chão perto dela - detalhe sobre os bankers: mulheres usam salto alto sempre. Eles presam a beleza exterior - ela me entrega os dois saltos que  de tão altos mais se parecem com pernas de pau circense. - calce e dê uma volta pela sala. - pede ela.

- alguém tem que dizer a esse pessoal que uma sapatilha bem escolhida também pode deixar uma mulher bonita - aponto, olhando para os saltos altos aparentemente desconfortáveis.

- eu sei que você não aprecia saltos. - comenta ela. O que é verdade, os saltos e eu não tínhamos boas histórias para contar. - mas, terá de usá-los.

- então tá. - digo desanimada, calçando os sapatos - e lá vamos nós. - digo já começando a desfilando pela sala...

...

- oi mãe! - digo entrando em casa, ela responde um rápido oi enquanto desvia a atenção apenas por um segundo do livro que está lendo. Mamãe sendo mamãe.

Tomo um banho rápido, e desço para a cozinha a fim de colocar meus pés, mega doloridos por andar de salto alto de um lado para o outro na aula de Isabel, em um enorme balde cheio de água morna. Depois de encher um balde com água me sento em uma das cadeiras da mesa da cozinha mesmo e cuido logo colocar com enorme lentidão meus pés dentro do recipiente. Após alguns minutos em que estou aqui Alice aparece.

- oi maninha! - diz ela com a animação contagiante de sempre pegando uma maçã da geladeira e se sentando junto comigo a mesa. - como foi o trabalho?

- ótimo! - só que nem tanto assim.

- que bom que esta dando tudo certo para você. - diz ela gentilmente

Mamãe esta muito ocupada na sala, essa é a oportunidade perfeita para contar tudo a Alice.

- Ali precisamos conversar. - começo calmamente.

De repente agente duplo (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora