- recebi a informação de que a reunião será daqui a três semanas. - revela Vitor com olhar sério se ajeitando em sua cadeira com objetivo de ficar mais próximo a mesa onde ele apoia a mãos, enquanto repolsa o queixo sobre as mesmas.
Estamos todos na sala de reuniões agora, e é nítido como todos estão tensos com o que vem a seguir.
- isto é bom, Ana terá um mês para treinar. - comenta Margo me dirigindo um olhar dedicado.
- tem razão, eu ia sugerir de fato isso. - concorda Vitor separando as mãos. - Continuem com os treinos, quanto mais treinamento você receber melhor Ana Laurell. - fala se dirigindo a mim
- estejam prontos, a contagem regressiva de três semanas acaba de começar. - começa senhor Selso - Na sexta feira estaremos reunidos aqui novamente. Ana já deve estar pronta, façam o melhor para deixa-la capaz para completar está missão. Não vamos falhar. - completa senhor Selso. Todos assentem e cada um volta para suas atividades. Margo me lança uma piscadela enquanto sai da sala, e eu sou convocada para uma aula com ela, a sigo para a sala de treinamentos já tão conhecida por mim, e começamos mais três semanas de suor e dedicação. Foi assim que se sucedeu aquelas três semanas, mais 20 dias de treinamento intensivo. Vitor me ensinou muito sobre o que eu deveria fazer quando estivesse infiltrada, ele me explicou todas as tarefas que eu receberia e como eu deveria trabalhar para realiza-las. Consegui depois de uma tarde inteira com Felipe, Letícia e Vanessa uma mala repleta de roupas as quais eu deveria usar como disfarce. Estava tudo preparado, Derick continou com as aulas intensas de defesa pessoal, hoje é o último dia de treino, e será a vez de Calebe me explicar tudo sobre os equipamentos de câmera e vigilância que vou precisar durante a missão.
Meu estômago de revira com a ideia de que essas semanas se passaram tão ligeiras, e a realidade me assusta:
Amanhã tudo começa.
- bom dia. - diz ele sorrindo assim que me vê entrando na sala, ele está diferente, essa é a primeira vez que o vejo depois da reunião a três semanas atrás. Seu rosto está mais iluminado, sua expressão facial mais aberta, os cabelos lhe caem sobre o rosto de um jeito muito fofo, ele parece feliz.
- bom dia. - correspondo ainda indecisa sobre sua mudança mega repentina.
- hoje vou lhe mostrar todos os equipamentos que você vai precisar na missão e vou lhe ensinar como usá-los. - diz ele abrindo uma das quatro salas que eu havia visto no primeiro dia que vim até está parte da empresa.
- certo. - concordo.
...
- pode se sentar aqui. - ele aponta para uma das cadeiras no meio da pequena sala, ela fica ao lado de outra que se encontra em frente a uma bancada com várias maletas pretas.
- vamos começar com as câmeras. - diz se sentando na cadeira ao meu lado e destravando uma das maletas, ela está abarrotada de equipamentos estranhos e pequenos.
- o que são esses negócios? - pergunto em voz alta me arrependo na mesma hora da minha forma abobada de dívida, Calebe sorri e pega uma das coisinhas pequenas dentro da maleta
- são mini câmeras de espionagem, você vai poder esconde-las pela base da quadrilha. - ele coloca um pequeno quadradinho em minhas mãos, e eu sinto dúvidas de que aquele dadinho poderia ser uma câmera de alta resolução. - pode colocar uma delas em vários lugares como: vasos de flores, cantos nas paredes, enfim, qualquer lugar que seja possível. Elas possuem uma trava de silicone por trás então ela adere em qualquer superfície.
- certo. - concordo analisando a minuscula câmera.
- as imagens serão transmitidas o tempo inteiro para os computadores que eu vou monitorar sempre. - avisa ele me olhando atentamente - vou saber se você está em perigo deste modo, aproveite para colocar estes equipamentos nas salas administrativas, assim vou saber se eles planejam algo contra você, se por acaso desconfiam de sua indentitade, essas coisas. - explica sorrindo. Ele procura algo na maleta e me entrega um pequeno ponto eletrônico. - é por meio deste ponto que vamos nos comunicar, ele não pode ser grampeado ou rastreado então é nosso modo mais recorrente de comunicação, mensagens e ligações celulares quase não ocorreram. - com cuidado ele guarda o ponto novamente em uma pequena caixinha e me entrega. - assim que você chegar na empresa amanhã coloque logo este ponto, não se esqueça de tira-lo ao dormir e não molhe.
- ele para de funcionar se for molhado? - pergunto curiosa olhando para a caixinha em minha mão
- não. -ele sorri - mas pode ser que ele lhe cause pequenos choques elétricos, pois é lógico que ele vai entrar em curto.
- credo! - digo assustada. E não consigo evitar sorrir em seguida com a idéia.
Calebe me mostrou mais alguns equipamentos de espionagem como disse ele.
Ele remexe novamente nas maletas e tira dali um telefone celular. - este será seu celular - ande sempre com ele, e o use como seu na frente do bankers, esconda o seu e o ultilize apenas se for extremamente importante e muito longe da vista deles: como se comunicar com a sua família e coisas deste tipo.
- obrigada. - agradeço pegando de suas mãos o celular.
...
Ele me mostrou mais uma infinidade de equipamentos: câmeras noturnas, anéis com cerras para caso precisasse cortar cordas embora eu esperasse não precisar fazer isso, e uma infinidade de outros negócios estranhos, me entregou um canivete que eu sempre deveria ter comigo para emergências, e ele está sorrindo neste exato momento com minha expressão assustada.
- terminamos por hoje. Já lhe mostrei todos os equipamentos - anuncia ele fechando as maletas. - está liberada. - diz ele ainda sorrindo.
- tudo bem. Nos vemos amanhã - falo me levantando da cadeira.
- até parceira de missão - concorda com um dos seus belos sorrisos.
Isso foi no mínimo: surpreendente. Mas como ele ébipolar com certeza vai estar uma pilha amanhã de manhã, e o Calebe Jollem feliz vai ter sumido novamente.
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De repente agente duplo (CONCLUÍDO)
RomansaAna Laurell não podia estar mais feliz com seu grande feito, depois de um ano sendo mais uma nas estatísticas, a garota finalmente havia conseguido um emprego em um escritório de investigação da cidade. Ana não queria correr risco de vida, mas o pos...