Onde é que eu estou? Meu Deus do céu! Que escuridão é essa?!
Espera ai... eu ainda estou de olhos fechados... porque meus braços estão esticados acima da minha cabeça? Eles doem bastante a propósito.
Como eu cheguei aqui mesmo? Estou em algo macio, podia ser uma cama, minhas roupas estavam no mesmo lugar e eu esperava que o meu cabelo também estivesse.
Nem precisei de muito mais, as lembranças vão surgindo aos poucos. Dia do assalto, armas, plano, equipe da segurança, fuga, salto, sirenes e LOBO MAL! Minha nossa! O maluco tinha me raptado.
Era só o que me faltava! Ser raptada no meu último dia. Decido ver logo de uma vez onde estou e abro lentamente os olhos, estremecia só de imaginar que ele poderia estar por perto, até mesmo me observando nesse exato momento. Olho ao redor, e percebo que estou em um quarto pequeno, mas não tanto, a cama era limpa e tudo ali também era; devia ser um apartamento pelo tamanho do quarto, mas onde? Como me resgatariam? Eu estava literalmente frita na manteiga. Meu braços estão amarrados a cabeceira da cama, por isso estão doendo tanto.
A quanto tempo eu estou aqui? Horas? Dias?
O que exatamente esse brutamontes quer comigo afinal? Eram tantas perguntas que minha cabeça estava começando a latejar.
- olha quem acordou. - fala a voz se aproximando assim que abre a porta. Era ele. - olá querida. - querida?! Ele se senta na beirada da cama e me observa.
- A quanto tempo dormi? - pergunto cautelosa. É claro que ele não me diria aonde estamos e logicamente uma abordagem incriminatória só me traria desvantagem e risco, eu não sabia do que esse louco era capaz.
- Algumas horas. - diz como se não fosse nada. - você perdeu uma agitação e tanto sabia? - horas?! Está bem, acalme-se Ana, horas é melhor do que dias. Não é?
- a-agitação? - digo com a voz falha, minha garganta estava um pouco seca. Eu estava com sede, mas não pediria, sabe lá o que ele poderia colocar na água, talvez a mesma substância que me fez adormecer antes e tornou possível que ele me trouxesse até aqui.
- Isso. Eles prenderam todo mundo. - comenta sorrindo, ele não estava se importando nem um pouco com a notícia pelo jeito. - sorte eu ter te trazido a força, se não com essas perninhas curtas e delicadas você teria sido pega fácil. - ele ri de um jeito estranho e todo o meu estômago de revira, eu precisava sair dali de um jeito ou de outro.
- eu teria conseguido. - comento apenas para ganhar tempo, percebo só agora que minhas armas não estão mais comigo, ele com certeza as pegou.
- Está certo. - fala se levantando. - Está com fome? - eu nego.
- por que estou presa? - meu tom é casual e nem um pouco acusatório, eu sei que preciso ir com calma.
- como você não queria vir comigo, imaginei que acordaria um pouco agitada e me precavi para que você não fizesse nada que pudesse lhe machucar. Mas vejo que estava errado. - ele sorri. - vou preparar algo para você comer. - ele se vira e sai do quarto, mas dessa vez deixa a porta entreaberta.
Como eu sairia daqui?!
- Ana? - o sussurro é tão baixo que quase não ouço. - sou eu Calebe. - avisa, quando ouço sua voz é como se uma onda de alívio me atingisse. - Ana? Fala comigo meu amor, por favor... - ele sussurra tão baixinho que sua voz quase desaparece. Meu amor?! - onde você está? Se estiver me ouvindo tussa, ou faça algum som, não precisa dizer sim. - esse comentário é dito um pouco mais alto.
- Hum. - resmungo rapidamente para que apenas ele ouça.
- Ana? Graças a Deus! - diz aliviado. - onde você está? Eu ouvi o que ele acabou de dizer para você, mas ainda não sei sua localização. - explica agitado. - Ouça com atenção, eu não posso ver o que está acontecendo ai, seu broche parece ter danificado, só posso te ouvir então você tem que fazer com que ele diga onde vocês estão. E eu vou te tirar daí. Eu vou estar atento a tudo o que vocês conversarem, assim que tiver a informação vamos te resgatar. Apenas faça algum som para que eu saiba que entendeu. - pede suplicante.
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De repente agente duplo (CONCLUÍDO)
RomanceAna Laurell não podia estar mais feliz com seu grande feito, depois de um ano sendo mais uma nas estatísticas, a garota finalmente havia conseguido um emprego em um escritório de investigação da cidade. Ana não queria correr risco de vida, mas o pos...