Capítulo 24

52 10 1
                                    


- bom dia Ana. Acordou mais cedo hoje filha. - comenta mamãe quando entro na cosinha já arrumada para ir trabalhar como secretária.

É que eu preciso chegar mais cedo na empresa porquê vou participar... na verdade eu vou estar em uma missão investigativa de alto risco de morte por tempo indeterminado.

- e que eu vou aproveitar e falar com o pessoal do apartamento novo no caminho para a empresa. - falo inventando a desculpa que Calebe propôs dias atrás, para minha mãe hoje eu estava me mudando para um apartamento mais próximo da sede principal da empresa que ficava bem longe de nossa casa. Era horrível ter de mentir para ela, mas seria ainda mais horrível sua reação ao saber a verdade. Era por esses infinitos motivos e Ali e Fred estavam avisados e preparados a me ajudar com o fator descrição em relação a dona Judi. Eles me dariam cobertura caso ela ligasse, eles me dariam ideias de desculpa caso ela me procurasse, eles serão meus agentes infiltrados enquanto eu estiver fora.

- está certo. - ela concorda me servindo uma xícara de café fumegante. - Alice ainda nem pensa em se levantar. - comenta mamãe. O que era de se supor pois o horário habitual do dispertar de minha irmã mais nova só é daqui a uma hora e meia. É exatamente por essa razão que mamãe me olha tão surpresa quando vê Ali descendo as escadas e caminhando sonolenta, ainda com os olhos meio fechados, até onde estamos.

- bom dia! - diz sorrindo.

- caiu da cama Alice? - pergunta mamãe confusa.

- não mãe. Que isso?!? - exclama fingindo estar profundamente ofendida. Ali me olha e em seguida olha para mamãe. - apenas queria ver quando Ana fosse sair. Afinal de contas ela não vai mais voltar para casa durante esse mês por conta do trabalho. - completa por fim, relatando perfeitamente a disculpa que arquitetamos tão minuciosamente. - queria me despedir.

- certo. - concorda mamãe satisfeita - eu também sentirei sua falta Ana. Um mês fora! - aponta tristemente.

- fazer o que mãe? - falo tentando consola-la enquanto cuido de terminar meu café para sair logo daqui e não ter de contar mais mentiras.

- mas trabalho é trabalho. - comenta Ali.

- bom, eu já vou indo. - digo me levantando da cadeira. - tchaw mãe - ela vem até mim e nos abraçamos. Sinto um aperto no peito ao ouvi-la dizer tenha cuidado filha.

- tchaw maninha - diz Ali em meio ao abraço para em seguida dizer o mesmo que mamãe tenha cuidado.

A mesma frase mais dita com signifocados compleramtme diferentes, para mamãe o risco que eu corro e de ser asaltada enquanto saio do ônibus ou do trabalho. Já o que minha irmã quer dizer é que eu saiba evitar morrer nessa missão maluca.

Pego minhas pequena mala que já havia deixado na sala próximo a porta, apenas com bens extremamente pessoais e saio. Vejo o carro de Fred já me esperando próximo dali, bem do jeito que combinamos ontem à noite. Me aproximo do carro e entro.

- Olá amigo. - digo afivelando o sinto de segurança

- não sei como você consegue manter essa calma. - fala nervoso. Sua expressão é de puro medo, ele parece uma criança que espera pela chegada dos pais em casa sabendo que quebrou algo que não deveria.

- fica calmo irmãozinho. Vai dar tudo certo. - tento manter a calma para que ele também o fizesse.

- você não é humana - diz simplesmente me fazendo rir.

...

- aqui Lore. - diz Fred me entregando minha bolsa de mão, que eu intitulo ser minha mala, enquanto saio do carro. - cuidado Lore. - pede ele me olhando nos olhos e saindo do carro também.

- eu terei. - ele se coloca ao meu lado e nos abraçamos rapidamente. - não esqueça de me ajudar com mamãe. - lembro ainda em meio ao abraço

- não esquecerei - responde me soltando.

- tenho que ir, e me preparar para a missão. - aviso dando um passo em direção a empresa.

- tchaw. Estou aqui sempre, caso precise de mim. - fala mais uma vez aflito.

- relaxa amigo. E não esquece de ligar pra Sam, quando isso tudo acabar - digo reforçando a palavra tudo - quero que a data de casamento já esteja marcada. - lembro a ele, ouço sua rizada antes de me virar por completo e entrar na empresa.

...

- bom dia Ana. - cumprimenta Margo quando entro na empresa. - estava nesse momento indo verificar se você já havia chegado. - conta ela - Felipe está ansioso para sua preparação. - conclui ela sorrindo.

- então vamos lá. - concordo enquanto seguimos até a área de treinamento.

- e então quem estava naquele carro que deixou você aqui em frente? - pergunta curiosa quando estamos quase em frente a entrada da sala de maquiagem e figurino

- era meu melhor amigo, então para de me olhar com esses olhos sugestivos - explico sorrindo.

- ah. Entendo. - ela concorda sorrindo de volta. - aqui está ela Felipe. - anuncia Margo quando entramos na sala. Ela olha para Felipe com um brilho nos olhos. Sinto que está rolando alguna coisa entre esses dois.  Olho para Margo curiosa e ela dá de ombros timidamente. Eu sorrio

- finalmente! - exclama ele todo sorridente.

- bem vou deixar vocês trabalharem. - diz ela. Eu a olho e ela simplesmente sorri como que dizendo te conto tudo outro dia. No mesmo instante pensei que saber dessa história era mais um motivo para sair viva desta missão.

- vamos lá Ana! Largue está bolsa e vamos te deixar uma barker perfeita. - fala animado. Ele me leva até a cadeira frente ao espelho e começa o processo de maquiagem e preparação do cabelo. Após um bom tempo, já com cabelo e maquiagem prontas passamos para as roupas, Vanessa me entrega o trage que provei em nosso primeiro encontro, e eu vou colocá-lo em um dos provadores adiante em um canto da sala. Fecho a porta e começo a me vestir, é inevitável sentir borboletas, milhares de milhares delas no meu estômago, estou mais nervosa do que nunca... o medo me domina.

Calma Ana! Vai ficar tudo bem. - repito a frase que meu pai sempre me dizia quando eu estava em apuros com coisas simples, como cair de bicibleta ou tirar notas baixas na escola. Nada comparado ao que vou fazer a partir de hoje. É isso que me preucupe.

Respiro fundo mais uma vez e saiu do provador.

- uau! - diz Letícia sorrindo.

- uau, descreve bem. - concorda Vanessa. Felipe apenas sorri e faz um sinal de positivo com as mãos.

Pronta ou não, eu cumprirei essa missão!...

De repente agente duplo (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora