capítulo 25

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- agora que está pronta vamos para a sala de reuniões. - diz Felipe. - acho que Selso vai dizer alguma coisa e depois você e Calebe irão para o local de encontro.

- vamos então. Seja o que Deus quizer. - digo sorrindo tomando toda a confiança que ainda tenho.

...

- Olá Ana Laurell! - cumprimenta senhor Selso assim que entramos no cômodo. Todos nos sentamos ao redor da mesa.

- hoje começa oficialmente a missão. - começa ele calmamente - faltam apenas quatro horas para o horário da reunião organizada pelos bankers. Calebe você deverá proteger a Ana com muito empenho, ela é nossa ultima chance de receber essa recompensa... - ele dá um longo suspiro - Caso contrário eu desito deste caso. - fala por fim, olhando para cada um de nós. - tenham cuidado e boa sorte. - deseja sorrindo.

- venha comigo Laurell. - pede Calebe levantando-se de sua cadeira. Olho para senhor Selso buscando algum sinal de aprovação de que eu deveria realmente seguir Calebe Jollem. E ele apenas sorri assentindo. Me levanto da cadeira e recebo boa sorte de todos antes de finalmente seguir Calebe sala a fora.

...

Calebe caminha a minha frente até uma parte da empresa que eu ainda não conhecia, aqui existe uma porta larga que indica uma garagem, ele aperta em um botãozinho do controle remoto em suas mãos e a porta começa a se erguer, revelando uma bela e discreta van preta.

- esse será o nosso local de encontro, eu ficarei ai dentro 24hs por dia - fala apontando para o veículo. Se for seguro e você estiver precisando de ajuda e só vir até onde a van estará, provavelmente estacionada um quarteirão distante da sede, e eu a ajudarei no que for preciso.

- tudo bem. - ele abre a porta e eu entro, dá a volta no carro e entra também, liga a van e nós saímos.

- está com medo? - pergunta me olhando rapidamente.

- como não estar. - confesso. Ficamos em silêncio depois disto. Após longas horas de trânsito, finalmente chegamos a uma parte da cidade muito habitada por pessoas ricas. Era uma casa de classe média alta, com um muro mega alto também, aparentemente, queriam esconder o que faziam do outro lado do muro.

- é aqui o ponto de encontro. - fala Calebe, seguindo em frente. - vou estacionar aqui. - fala parando o carro a um quarteirão e meio do local.

- ok... - respiro fundo.

- você sabe dirigir Laurell? - pergunta ele olhando pelo retrovisor já com o carro estacionado.

- sei. - respondo. Assim que respondo um carro estaciona ao nosso lado. - ai meu Deus! São eles, descobriram a gente! - falo apavorada vendo o carro preto com certeza daqueles bem caros lado a lado com a van.

- relaxa Laurell - pede Calebe calmamente e rindo. - esse é o seu carro. Você irá dirigindo até lá.

- e porquê eu não viria nele sozinha até aqui?

- Porque preciso colocar os equipamentos em você. - explica ele. - vem.

- eu posso vir pedir ajuda a qualquer hora? - pergunto enquanto vamos até a parte de trás da van e me surpreendo com a quantidade de telas pelas laterais do veículo.

- sim. - responde começando a colocar aparelhos em mim. - esse broche é uma câmera. - fala colocando um pequeno broche em minha blusa. - isto é um daqueles pontos que eu já te expliquei como funciona - fala encaixando a pequena bolhinha em meu ouvido, microfone que funciona apenas para que eu ouça o que você diz - ele engara uma pequena pirâmide de metal nos meus brincos. - sua arma. - ele me entrega a arma que tanto usei nos treinos com Margo. - É só... - ele pensa por alguns segundos - ah! - fala como que se lembrando de algo. - e tenha cuidado. - pede ele me olhando carinhosamente.

- eu terei. - respondo, tomo as chaves com Felipe que sai do carro.

- vai lá e arrasa Aninha. - incentiva enquanto entra na van e eu no carro.

A partir de agora é pra valer...

Respiro fundo giro a chave... e o motor do carro começa a urrar em resposta, respiro fundo e sigo até a casa imensamente grande e cara um quarteirão a frente. Me aproximo da garagem e logo um homem com expressão de poucos amigos aparece no pequeno espaco do que deve ser o portão "de verificação" dos convidados. Espero que Vitor tenha realmente conseguido me colocar na lista.

- nome? - pergunta arrogantemente.

- Lana Monteiro. - respondo tentando soar o mais verdadeira possível.

- certo. Seu nome está na lista. - ele assente para outro capanga que só agora vejo que está do outro lado do portão, o segundo capanga abre o portão e eu dirijo o carro até a onde suponho ser a garagem já que haviam outros carros parados ali.

- Lana Monteiro? - surge a voz assim que saio do carro.

- sim. - respondo simplesmente tentando soar chata como eles.

- venha comigo. - é apenas o que o homem de terno, em pleno sol quente que faz hoje, diz antes de começar a caminhar. Sigo o cara do terno até uma sala, muito parecida com uma sala de entrevista aos presos, tudo ali parecia forçar você a dizer a verdade, todas as paredes eram brancas, o porcelanato do chão era branco, o forro do teto era branco e a mesa com as cadeiras no centro eram brancas.

Tenho uma pergunta aleatória! O que seria um pontinho preto no meio de uma sala branca? Ana Laurell ou melhor Lana Monteiro, prestes a ser descoberta...

Eu crio situações na minha mente para me distrair dessa tensão toda, já que o cara de terno me deixou aqui sentada e evaporou da sala. Batuco na mesa e depois me repreendo por fazer isso, então começo agir como a Lana... afinal agora eu temporariamente, sou ela. Sendo assim, tiro a arma da cintura e começo a engatilhar e desengatilhar mirando a parede... em menos de segundos outro cara de terno entra na sala.

Mas a algo de diferente nesse cara de terno.

De repente agente duplo (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora