Capítulo 21

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Pensamentos Calebe.

Eu estou completamemte apaixonado por Ana Laurell.

E isso está me deixando maluco visto que eu sei o quanto ela me odeia, e com motivo, afinal de contas eu tenho agido de um modo péssimo e rude com ela desde que a conheci. O ponto, é que a única coisa que eu não gosto, é de me sentir desprotegido, e foi isso que eu senti quando a vi pela primeira vez naquela festa, noite em que ela estava linda! Assim que a vi senti algo diferente em meu coração, um sentimento que a tempos eu não semtia, Os seus longos cabelos estavam soltos, e seus olhos verdes penetrantes me observaram quando a ofendi parecendo enraivecido, quando na verdade estava tremendamente assustado, a sensação que tomou conta de mim foi de completa surpresa, foi como voltar no tempo. E como doeu voltar ao passado, foi dolorido me lembrar dela. Tudo por que fui a essa festa, festa a qual a propósito eu nem deveria ter ido.

Tudo começou quando minha irmã mais nova, Samantha Jollem, chegou de viagem depois de muitos meses em outro estado a trabalho, e como sempre acontece quando ela volta para casa, ela recebeu um convite de um do seus muitos amigos que eu não conheço, para participar de uma festa, minha irmã foi convidada, eu não. No entanto mesmo tendo que entrar de penetra e tudo mais, Sam não me deixou livre de sua vontade e apenas por conta da insistência de minha irmã mais nova, que alegou sem espaços para argumentos, que:

  "eu não seria um bom irmão se não a acompanhasse a um evento como aquele, principalmente tendo ela chegado de viagem naquele dia".

devido também a longas horas de ligações telefônicas e mensagens dizendo que eu seria um péssimo irmão se não acompanhasse, e várias outras ameaças que só uma irmã mais nova consegue criar, eu resolvi acompanha-la, não me arrependo no entanto, e se pudesse eu agradeceria a Sam pela insistência naquela noite, afinal, se não tivesse ido eu não teria sentido esse sentimento tão puro que chamam de amor outra vez. A verdade é que acabei me apaixonando por Ana logo no começo, quando vi que ela não se deixou intimidar por mim, mesmo que eu tivesse sido grosso e ignorante em resposta ao atropelamento que ela me fez, percebi a grande mulher que ela é. Eu me sinto constrangido e indefeso quando estou perto dela, é como se já a conhecesse, como se já a amasse, tenho de me convencer que Ana não é ela, e isso me assusta, principalmente, por que elas se parecem imensamente uma com a outra.

Mas, elas não são a mesma pessoa... e eu tenho que aceitar isso. Tenho que me conformar com a ausência dela.

E mesmo sabendo que eu não tenho a menor chance de conquistar o coração de Ana, por que ela já parece ter o cara que veio busca-la outro dia na empresa como um forte pretendente, decidi que eu vou mudar, e passar a trata-la como toda mulher merece, vou tentar não ser o Calebe imbecil que meu orgulho idiota me tornou ao longo dos anos, o Calebe que me tornei quando viajei em busca de esquecer meu passado e o Calebe que voltou para sua terra natal ainda ferido, vou abandonar este Calebe e vou me esforçar para ser o Calebe que eu sempre fui... antes daquele dia, antes... de perde-la.

O que o amor pode fazer conosco é realmente louvável, nunca pensei que conseguiria sentir tudo isso novamente... amo ainda mais Ana Laurell por ter feito isso por mim.

Hoje a tarde, conversei com ela sobre a missão, e sobre o fato de ela ter de dar uma desculpa para sair de casa por conta dos perigos de represália. Eu vi o medo nos olhos dela, eu vi o amor e o desejo de proteger sua família, quando encontrei esses sentimentos em seu olhar tudo que consegui foi ama-la ainda mais... e o ímpeto para protegê-la nessa missão só cresceu. Eu não me importo se é o tal cara do carro que vai ganhar o coração dela no fim da história, só o que me importa é a segurança dela, e eu vou fazer de tudo para que ela saia ilesa dessa missão.

A missão...

Ela nem deveria ter aceitado essa missão para início de conversa, eu fiz de tudo para que ela recusasse aquela oferta completamente sem noção do meu chefe, aonde Selso estava com a cabeça quando fez aquela proposta? Está bem que ele viu o potencial que ela tem, porém isso me deixou com uma preocupação a mais, a última coisa que eu quero é que ela se machuque, por esse motivo tentei faze-la desitir, mas como ela já me odiava desde já, tudo que eu falei para a desistência dela, só fez com que ela aceitasse a oferta, simplesmente, por que uma das razões é a de esfregar na minha cara que ela é sim, capaz. Eu vi isso nos olhos dela quando ela deu um sim final aceitando participar da missão. Se ela ao menos soubesse o quanto eu acredito nela, e o quanto sei da capacidade que ela tem... o problema é que tudo que eu digo ela toma como insulto ou provocação, isso me entristece, mas o que eu queria? A culpa disso é minha afinal. Eu a evitei, eu a provoquei, eu a enraiveci. Agora tenho de lidar com as consequências, me meti nessa enrascada procurando proteger os restos que sobraram do meu coração desde a morte dela, tentei não me envolver, tentei ignora-la e agora eu estou completamente perdido, por que amo alguém que me odeia. Esta dor está sendo mais profunda do que ter perdido ela.

E eu tenho que lidar com as consequências, irei ajuda-la na missão, depois irei deixa-la ir... mesmo que me doa vê-la partir.

De repente agente duplo (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora