capítulo 13

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- abro a porta e vejo uma cena incomum.

O dia tá que tá hoje.

- entro em casa e quase morro de susto com os gritos eufóricos que preenchem a sala.

- surpresaaaa!!!!! - a luz da sala se acende de repente e todo mundo: minha mãe, irmã, Fred, Caio, e mais algumas pessoas que eu ainda não consegui identificar por causa da visão que ainda se recupera do susto. Começam a cantar parabéns pra mim...

Estava tão distraída esses dias com o trabalho e tudo mais que me esqueci do meu aniversário...

- quando o parabéns termina sou envolvida por muitos abraços.
-feliz aniverssario Lorezinha, que você continue sendo essa amiga teimosa e chata... e muito especial que você é. - diz Fred em meu ouvido enquanto estamos abraçados.
- te amo amigo. - e como eu sou chorona as lágrimas já estão molhando meu rosto.
- também te amo irmãzinha. - ele diz e me abraça mais forte.
- tô sendo sufocada socorrooo - sussurro no ouvido dele. Que dá uma rizadinha e me solta. Fico livre por menos de meio segundo antes de ser capturada por minha mãe e minha irmã. Quando elas me liberam ouço um oi animado atrás de mim.

- ooi! - eu reconheceria essa voz em qualquer lugar.
- oi Sam. - digo enquanto dou a ela um abraço.
- parabéns! Muitas felicidades amiga.
- obrigada.
- sabe - ela diz me olhando nos olhos. - a gente podia combinar de sair essa semana. Antes que eu vá embora. Eu, você, o Fred e a Ali. O que você acha?
- é só marcar.
- beleza. Agora vou deixar você cumprimentar os outros convidados.
- a gente se vê depois.
- até. - ela me dá um beijo estalado no rosto e se afasta. Eu ainda me pergunto como um chato como o Calebe pode ser irmão da Sam, que é um amor de pessoa. Eles são muito diferentes.

- depois de dar oi a todos os presentes eu me sento em um banco perto da bancada da cosinha. Até que Fred aparece e me chama pra conversar em um canto afastado da sala.

- o que foi? - pergunto curiosa, ele está com um sorriso que tá quase partindo o rosto ao meio de tão grande.
- nosso plano deu certo. - ele diz animado. - foi o Caio e a Ali que organizaram a festa dá pra acreditar? Eu só fiquei sabendo de tudo ontem quando fui convidado.
- nossa! Viu eu falei que a gente estava com sorte. Mas... espera aí você não participou de nada mesmo?
- não... sério quando eu perguntei o por quê da exclusão eles falaram que é por que eu tenho a língua solta e ia te contar.
- eles estão certos - concordo e começo a dar risada. Meu amigo podia ter suas inúmeras qualidades mais guardar segredo  não era uma delas.
- é.
- mas e aí como foi ser excluído?
- normal. - ele para a fala ao meio enquanto corta um pedaço do bolo que está em cima do balcão atrás de nós. - eu suportei por eles terem feito tudo isso juntos quer dizer que se deram bem.
- é você tem razão.
- eu sempre tenho.
- quanta modéstia.
- sempre.
- mais e aí como foi o dia no trabalho hoje?

Vixe. Com certeza eu não podia contar sobre a missão... mas meu amigo me conhecia tão bem que nesse momento já está me olhando estranho e a curiosidade brilha nos seus olhinhos.

- por que essa cara? Não me diz que o Sr. Educação fez alguma coisa com você? Por que se ele...
- não Fred. Ele não fez nada...
- então o que tá rolando?

Tudo bem.  Já que eu não podia esconder isso de todo mundo. E precisava escolher duas pessoas pelo menos pra contar e me dá cobertura quando eu precisasse, o melhor era contar pra ele. E depois eu contaria a mais alguém...

- Lore! O que está te preocupando?
- é sobre o trabalho.
- o que tem o seu trabalho?
- eu vou te contar.  Só não pode ser aqui. Alguém pode ouvir.
- você está me deixando preocupado criatura de Deus.
- relaxa Fred. Não é nada grave, eu só não posso contar pra mais ninguém além de você. Se a mamãe souber ela me mata viva.
- ok. Mais depois da festa eu ligo por chamada de vídeo e vou querer saber tintim por tintim viu mocinha.
- ok.
- ah! Que tal eu, você, Alice, e Caio em uma rodada de filminhos amanhã???
- vai ser ótimo. Agora seria mais ótimo ainda se meu melhor amigo pegasse mais um pedaço de bolo pra mim.
- nem um pouco fominha.
- nunca. - ele vai até o balcão de novo e trás um pedaço daquele bolo pra mim.
- eu não entendo como você pode comer tanto e não engordar uma grama. E eu tenho que me matar na academia três vezes por semana.
- o mundo não é justo.
- realmente.
- mais veja você tem esses musculos de bomba atômica e eu não. Estamos equiparados.
- equiparados? Uau finalmente uma palavra culta vinda de você. Deve ser a idade né. A velhice de fato faz isso com as pessoas.
- Ok senhor chatinho. Obrigada por me ofender. E saiba que eu estou plena com os meus 25 aninhos
- tô apenas brincando e você sabe... E meu Deus do céu come mais devagar criatura.
- é que esse bolo tá tipo "Uau" esse bolo tá realmente uma delícia... - digo lambendo os dedos.
- sua mãe que fez é claro.
- minha diva cozinheira.
- nossa diva cozinheira.
- sempre.
- bom... agora vamos procurar os tais novos amigos?
- vamos antes que eu fique com vontade de comer outro pedaço desse bolo.
- vamos logo então, muita gente ainda tem que pelo menos ter a chance de provar do bolo.
- exagerado... - vamos atrás da Ali e do Caio. Não foi tão difícil achar os dois, afinal minha irmã era uma matraca ambulante e nesse momento contava algo tremendamente engraçado pro seu mais novo amigo.
- oiii Ana! - grita assim que põe os olhos em mim.
- oi maninha, oi Caio.
- oi Ana! Feliz aniversário velhinha. - ele diz se levantando pra me dar um abraço.
- rarara muito engracadinho você.
- eu sei. - ele diz todo orgulhoso.
- nada convencido né? - diz Ali fingindo estar indignada...

Ficamos conversando por um longo tempo, e de alguns em alguns minutos alguém vinha até onde a gente estava se despedir e dar boa noite... quando olho em volta depois de um tempo percebo que na casa agora só tem a gente mesmo.
- bom Aninha já está tarde. Tô indo viu? - diz Sam, que tinha se juntado a nós na conversa a um bom tempo.
- tudo bem. Obrigada por vir amiga.
- quê isso. - ele me abraça e depois de se despedir de todo mundo vai embora.
- me liga pra gente marcar de sair.
- claro. Boa noite meus amorecos.
- boa noite!

-É acho que eu tô indo também Lorezinha.
-ahhh. - lamento e ele sorri e me abraça.
- se liga, vou já te ligar.
- você não esqueceu isso? - resmungo desapontada.
- nunca.
- tchaw chato.
- tchaw chata.
- boa noite Ana! - Caio me abraça. - boa noite Ali. - ele abraça minha irmã, eles parecem amigos de anos.
- boa! - ela responde.
- vamo Caio. Tchaw dona Judi.
- tchaw meninos.

E eles vão embora...

depois de lavar a louça com a ajuda de Alice. Cada um vai pro seu quarto.
- boa noite mãe! - digo e dou um beijo em seu rosto.
- bons sonhos filha!
- boa noite maninha!
- boa noite Ana!

Entro no quarto e me preparo pro meteoro de perguntas que ia receber do Fred.
- tomo um banho, coloco meu pijama e minhas pantufas e me jogo na cama.  O celular vibra em cima da cama.

- o Fred não perde tempo mesmo. - penso comigo mesma, pegando o celular e abrindo a mensagem...

Mas, não era mensagem do Frédéric.

De repente agente duplo (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora