Cap. 8

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Fernando (Roque)

A moça recusou meu convite para jantar e fiquei surpreso, até tinha dado um jeito de me livrar da Jéssica, mas como ela disse que a mãe ficaria preocupada, achei melhor não insistir. Na correria acabei esquecendo de perguntar a idade dela, mas como o pai deu o carro, já deve ter seus 18 anos.

O José levou ela pra casa e me disse uma coisa que não saiu da minha cabeça, "moça encantadora", engraçado porquê foi exatamente o que minha mãe também disse dela. Enfim, hora de ir comemorar, hoje a família está completa e apesar de muito cansado, é hora do tio babão entrar em ação. Meu irmão tem dois filho um menino e uma menina, ela parece uma bonequinha, carinhosa, linda..meu xodó e ele meu companheiro de futebol e cavalgada, dele inclusive sou padrinho, moleque esperto, puxou o tio. kkkk

Jantar rolando, todo mundo animado e feliz e a moça não me sai da cabeça, quando minha mãe que parece bruxa se aproxima e dia:

- Que pena que a Grazi não pode vir conosco né meu filho.

Só olho pra ela como quem diz "onde a sra está querendo chegar". Então ela continua:

- Pensei que talvez amanhã ela pudesse almoçar conosco na fazenda, durante o dia, assim a mãe dela não se preocupa.

Ela diz isso e no mesmo instante meu celular toca, o José me mandando o endereço completo, inclusive uma foto com a faixada da casa da menina. Esses dois parecem que estão mancomunados, mas conseguiram colocar minha cabeça para funcionar.

- Mãe, tô cansado por hoje. Vamos embora e amanhã a gente vê o que faz.

- Tá certo. Pede a conta e vamos.

Com ou sem show, na fazenda a gente acaba acordando com as galinhas:

- Dia mãe, dia pai, sua benção.

- Bom dia meu filho. Caiu da cama cedo hoje.

- Quero aproveitar o dia, e o galo parece que estava cantando debaixo da minha janela.

Tomamos café, as crianças ainda dormiam, fiquei ali falando com meu pai sobre o umas questões que precisavam ser acertadas na fazendo, meu velho trabalha demais, mas sinto que seu eu aposentar ele, ele até adoece. Terminamos de conversar pego o violão e deito numa rede na varanda.

Minha mãe se senta perto com seu crochê.

- Mãe, a sra acha mesmo que eu deveria convidar a moça para almoçar aqui com a gente?

- Acho sim, ela é uma boa menina, parece gente simples como a gente.

- Mãe a sra precisa para de querer me casar a todo custo. kkkkk

- Que mal tem uma mãe desejar ver o filho feliz. Eu vi como você olhava para ela ontem, acho que até a Jessica também viu.

- A prenda é muito bonita mesmo. Quer saber, pode ser divertido. Vamos lá buscar ela comigo?

- Como assim? Você vai?

- Vou sim, não quero que a mãe dela fique preocupada, ela precisa saber com quem a filha anda.

- Vou só colocar um sapato e vamos.




De salto no asfalto (Concluído).Onde histórias criam vida. Descubra agora