De salto no asfalto (Concluído).

Cap. 53

Grazi

Acordo com uma dorzinha de cabeça incômoda, abro os olhos lentamente para me adaptar a luz. Crio coragem para sair da cama, só de pensar que tenho vômito pra limpar sinto vinda de de fugir. Mal cheguei na casa nova e já começo a vida de doméstica kkkk.  Nunca mais vou no embalo do Fernando, ele tem o dobro do meu tamanho, não consigo acompanhar ele na bebida.

Quando começo a me sentar na cama ele entra pela porta. Cueca box branca, cabelo molhado, pés no chão e uma bandeja na mão. Aquele cheirinho de café fresco invadiu o quarto imediatamente. Na bandeja uma rosa e várias delícias:

- Não sabia que artistas faziam café!!

- Artistas fazem poesia, café e sexo oral como ninguém.

- Nisso eu sou obrigada a concordar.

Digo isso e ganho um selinho.

- Bom dia meu amor.

- Bom dia cowboy. Onde você arranjou toda essa comida?

- Acordei, já malhei, fui no mercado, limpei toda aquela sujeira que vc fez ontem e agora preciso voar pra rápido.

- Meu herói!! É sério que você foi no mercado? Foi tranquilo.

- Opa, suave. Se não fosse pela moça do caixa eu teria passado batido na multidão.

Enquanto vamos conversando ele vai colocando a roupa:

- Fica na cama, descansa mais um pouco. Depois só me avisa em qual shopping você está, vamos tentar almoçar juntos?

- Eu imaginava que vida de madame era boa, só não sabia que tinha até café na cama kkk. Eu te amo muito viu?! Não se esqueça disso.

- Eu amo bem mais, limpei seu vômito.

- kkk besta agora vai ficar jogando na minha cara pra sempre?!

- Lógico, não sabe beber toma leite.

- Hummmm bom também hein.

Acompanho ele até a porta, dou um beijo.

Sozinha em São Paulo, nem acredito!! Dou uma pesquisada rápida na internet e aqui mesmo na Av. Paulista tem o shopping Paulista é nesse mesmo que eu vou. Tomo banho me arrumo e como é aqui mesmo decido ir caminhando. Gente, andei hein.. pensa numa rua comprida, achei que era logo ali, quando eu estava a pinto de desistir e pegar um táxi avistei o shopping.

Tudo lindo, uma loja mais chique que a outra, mas cada casado era equivalente a um mês de trabalho meu lá no site ou mais. O Fernando me deixou com o cartão dele, mas confesso que me sinto um pouco constrangida de gastar. Rodo, rodo e não compro nada. Quando estava saindo do shopping vejo uma camisolinha linda, vermelha, cheia de transparências.. não resisti e comprei.

Voltei pro apartamento, fiz um almocinho pra nós dois lá mesmo, quando estava terminando ele me liga:

- Amor tô liberado aqui já. Você ainda tá no shopping?

- Oi amor. Já estou em casa, fiz almoço pra nós aqui mesmo.

- Melhor ainda, tô mesmo precisando de comida de verdade.

- Então vem logo. Tô te esperando.

Desligo e corro para o chuveiro. Me depilo todinha, visto a camisola que eu havia comprado a pouco, escuto o barulho de chave na porta.