Cap. 62

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Grazi

Chego na casa da Dona Maria Amélia, ela é mais maluca do que eu e se anima:

- Grazi a casa é de vocês? Pode fazer o que quiser. Só vou encomendar uma tenda, mesas e cadeiras, pra não ficar aquela bagunça dentro de casa igual na última vez. Você acha que serão quantas pessoas?

- Vou falar com as meninas, mas pensei numas 30 ou 40 no máximo. Vai ser só um churrasquinho mesmo.

- Tranquilo. Vou encomendar um bolo e champagne. Tô achando ótimo, mesmo que vocês não consigam fazer um casamento agora, pelo menos não passa batido, afinal é o início de uma vida nova.

- Verdade também fiquei animada e o Fernando é tão festeiro, acho que ele vai ficar feliz com a surpresa.

Pego o celular e crio um grupo no whats. Eu, minha prima, o trio parada dura (Maiara, Maraísa e Marília) e a minha sogra.

Então já temos bolo, champagne, mesas e música ao vivo kkkk. O resto fica por conta das meninas. A única coisa que eu peço no grupo é que a gente no máximo, estourando, não passe de 50 pessoas, somando as nossas famílias.. pai, mãe, sobrinhos e amigos. Tá ótimo.

Em meio a toda esta euforia toda o cowboy me liga:

- Oi amor.

- Cowboy a que devo a honra de uma cantor tão famoso me ligar??

- Notícia ruim.

- O que aconteceu??

- Jéssica ressurgiu, acabou de me ligar e disse que quer conversar comigo.

- Mas ela deu algum sinal, vc faz ideia do que ela quer?

- Não, disse que só falaria comigo e pessoalmente.

- Então vai amor, até que se prove o contrário ela é a mãe do seu filho. Passou da hora de vcs entrarem num acordo.

Eu disse isso, conversamos mais um pouco e desligamos. Apesar do desânimo que ele demonstra em encontrar com ela, lógico que eu me sinto um pouco insegura. Apesar de toda inferno que ela fez, ela é uma mulher bem bonita.. enfim..

Fernando

A Jéssica me liga e eu atendo muito a contra gosto, ela diz que quer conversar comigo, eu já prevejo um temporal se aproximando.

Justo agora que a Grazi não está aqui comigo, que porra, ela tava quieta demais para ser verdade. Vamos ver no que vai dar.

Marco para hoje mesmo no final da tarde, estou em São Paulo e ela também, amanhã sigo para Goiânia então quanto antes melhor. Combinamos num restaurante aqui mesmo na região por se tratar de um ponto central.

Chego primeiro, penso em pedir uma bebida alcoólica para relaxar, mas levando em consideração em quem vou encontrar, mudo de ideia e fico num café mesmo.

Dou um gole no meu café e quando levanto a cabeça vejo ela passando ela porta. Pqp, é maluca, mas como é linda essa mulher, a gestação está lhe caindo muito bem, ela já está com a barriga aparente, dentro de um macacão vermelho, cabelos soltos caídos ao longo do corpo, grávida ela fica ainda mais feminina. Se esta criança puxar a beleza e os traços delicados da mãe, vai ser um bebê lindo.

Logo atrás dela noto a presença de um homem. Tenho a impressão de já ter visto ele antes, mas não me recordo onde. Logo eles dão as mãos e caminham em direção a minha mesa.

Lembrei!! Ele é músico na banda de alguém. Acho que é isso:

- Oi Roque.

- Oi Jéssica. Boa tarde!

Dou um beijo nela e aperto a mão do seu acompanhante:

- Vocês tomam alguma coisa?

- 2 cafés, por favor.

Faço o pedido e pergunto:

- Como está a gestação? Você tem passado bem?

- Muito bem, obg. Vou direto ao ponto pra gente não perder mais tempo com este assunto.
-- Este filho não é seu! Não sei se vice se lembra do Roberto, ele é músico do Daniel, eu saia com você e com ele simultaneamente, fizemos um teste de DNA através da placenta e o resultado está aqui.

Ela despeja tudo isso assim sem rodeios, é tira da bolsa o resultado do exame. Caralho eu não sou o pai... na hora tenho vontade de soltar fogos de artifício para comemorar kkkk

- O que levou você a me contar isso, depois de tudo que você fez na mídia?!

- Mais cedo, mais tarde você descobriria mesmo. Eu realmente achava que o filho fosse seu no início. Eu e o Roberto estamos nos acertando, então decidi fazer o correto agora.

- Fico feliz pela sua decisão. Roberto cara, desejo felicidades para vocês. Que esta criança seja cheia de saúde.

Digo isso, já vou me levantando, tiro uma nota da carteira, coloco sob a mesa e vou embora, nem espero eles terminarem o café.

De salto no asfalto (Concluído).Onde histórias criam vida. Descubra agora