De salto no asfalto (Concluído).

Cap. 61

Grazi

A semana passou de forma delíciosa, dormir na minha cama, acordar com o cheiro do café da minha mãe, pedir a bênção do meu pai todos os dias, melhor despedida antes de começar a vida nova:

- Filha eu sei que a gente cria os filhos pro mundo, mas vou sentir uma falta de você aqui. Já estou sentindo né, mas toda hora você estava por aqui, agora vai ficar lá longe naquela cidade tão grande.

- Oooo mãezinha, pensa assim não, nao esquece que eu trabalho aqui, estarei sempre por perto.

- Eu sei, mas não é a mesma coisa.
Falando em trabalho que coisa maravilhosa que estamos fazendo naquela fazenda hein. Não vejo a hora de estar tudo pronto, crianças por todos os lados. Sem contar a comida que vai ser da melhor qualidade.

- Tá ficando tudo tão lindo né mãe, olha o bem que vamos fazer, tanta gente que será ajudada.

- Quem me dera ter um lugar assim pra trabalhar quando você era pequena. A família do seu noivo é toda muito boa, você merece minha filha.

Os dias foram seguindo assim, entre prosa e bolo de fubá. Até que na quinta a tarde toca o meu telefone:

- Miga sua loka.

- Oiii sumida. Sdd de vc!

- Encontrei o Roque ontem num show. Que história é essa que segunda vcs estão indo morar juntos? Sem festa? Quero bolo!

- Kkkk Vc é terrível Maraísa, nem pensamos em nada mesmo, a gente até quer casar na igreja e tals, só que mais pra frente.

- Oooo povo desanimado, que isso gente, desencalhar o meu amigo é motivo de comemoração.

- Hahahah doida.

- Bora organizar uma coisa pequena, não igual aquele circo que fizemos no seu noivado, um jantar, pode ser lá no salão de festa do seu Ap mesmo. Vê sabe que domingo de cantor é a segunda né?! Faz o seguinte, tudo por minha conta, vai ser o meu presente de casamento pra vcs?

- Nem sei o que dizer, vc sabe que sou festeira né.

- Só me passa o telefone da sua prima e vê se o salão tá disponível.

- Blz, mas vamos fazer um almoço aqui na segunda então? Churrasco? Assim não preciso deslocar as nossas famílias para São Paulo.

- Melhor ainda, fiquei mesmo de olho no veterinário da Fazenda aquele dia, quem sabe desta vez não dá um caldo hein Kkkk.

- Vc é hilária. Então vamos fazer assim, não comenta nada com o Fê. Deixar ele achando que vem só pra me busca segunda e a gente faz uma surpresa.

- Blz. Passa o telefone da Dri pq eu perdi e só combina com a sua sogra.

- Tá certo. Deixa comigo. Se precisar de ajuda me avisa.

- Fica tranquila. Eu, minha irmã a Marília e a Dri damos um jeito em tudo. Já vou até olhar a previsão do tempo aqui. Bjooo se cuida.

- Nem sei como agradecer. Se cuida também, fica com Deus.

Desliguei o telefone já na maior animação, essas meninas só aprontam. Mãeeee, mãeee. Vem comigo, no caminho te explico. Vamos na fazenda.

Pego minha véinha pelo braço e vôo em direção a casa da sogra.. Kkkk.. mais uma festa daquela e ela proíbe a nossa entrada lá.

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