Cap. 71

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Grazi

- Meninas não reparem a casa é de pobre mas a comida é boa e a mesa farta.

Digo isso e vamos entrando, minha mãe ficou com cara de quem não tava acreditando naquela cena, nem eu ainda me acostumei com a presença de tanta diva reunida, imagina minha mãe:

- Mãe, precisa colocar mais alguma no feijão, trouxe mais gente pra janta.

- Zéla como vc não me avisou, entrem meninas, sejam bem vindas. Não repara a bagunça.

- Brincadeira mãe, a Dri já ficou ali no açougue do Sr João, nós vamos assar uma carne. Pai o Sr pode ir acendendo a churrasqueira. Meninas fiquem a vontade, vou fazer uma farofa pra nós.

- Tem tomate e cebola? Eu faço o vinagrete. (Maiara)

Assim começamos nossa noite, quando eu vi o violão do meu pai já tava na mão da Marília, nisso a tia e o tio já se juntaram a nós.

Começamos a beber, essa mulherada vai ter que dormir aqui hoje. Quando chego no portão para levar comida para os dois seguranças vejo um homem muito alto, muito gostoso, muito cheiroso se aproximando para o meu desespero e para a minha felicidade. Desespero pq ele conseguiu estragar toda surpresa que preparamos para ele e felicidade pq uma semana sem ver ele, imagina o tamanho da minha saudade.

Rapidamente apoio os pratos na mureta, corro em sua direção e pulo no seu colo:

- Que saudade de você meu amor, não acredito que você está aqui. Como que você conseguiu vir antes.

- O show de hoje era de tarde eu queria fazer uma surpresa pra você. Não estava mais aguentando de saudade!

Ele me coloca no chão e vai em direção aos segurança das meninas cumprimentar, afinal todos se conhecem:

- Gra o que eles fazem aqui?

- Faz silêncio e escuta?

- Não acredito que elas tão aí kkkk, por isso que saíram do show e nem me deram tchau.

Entramos pela lateral, ele começa a cantar lá do corredor a cara delas foi a melhor quando viram ele:

- Uéé você não ia chegar só amanhã porra? (Maraísa)

- E eu aguento ficar longe dessa mulher, aliás você tá linda loira hein. Ooo lá em casa.
Boa noite a todos, boa noite minha sogra.

Depois de cumprimentar todos, ele já puxa o violão e começa a cantar "Quem falou, que morreu o jeito simples do interior..."

Não parece ter desconfiado de nada, apesar de ter estranhado a presença das meninas. Não vai ter jeito, vou ter que contar, mas não agora:

- Amor tá com fome?

- Orraaa, põe tudo que você tiver aí, ainda frita dois ovos e coloca em cima.

Enquanto vou fazendo um prato pra ele, minha mãe vai fritando os ovos:

- Meninas, libera os caras lá. Aqui é tranquilo demais. Podem relaxar.

A noite foi maravilhosa, meus pais não são acostumados a dormir tarde, mas parece que nem viram a hora passar. Quando o cansaço bateu de vez eles pediram abrigo na casa da tia. A Dri vai dormir aqui com as meninas e eu vou para um hotel com o cowboy. Tudo resolvido, até meu pai saiu traçando as perninhas hoje:

- Meninas hora de dormir, amanhã ainda temos muita pinga pra beber pela frente.

Digo isso e dou uma picadinha para elas.

De salto no asfalto (Concluído).Onde histórias criam vida. Descubra agora