Cap. 28

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Fernando

Porra, que merda, não pode elogiar que dá ruim. Eu amando a garota pela paz que ela me traz e na primeira situação que foge ao controle, ela sai correndo. Quer saber fode-se, vou cuidar das minhas fãs, estas sim não me abandonam jamais!

Pedi proteção para Nossa Sra e subi no palco. Primeira música ok, segunda também, na terceira o coração já começou a ficar apertado. Pensamentos a mil.. "e se ela for assaltada", "como vou explicar para os pais dela que deixei ela voltar sozinha", "e se ela não me quiser mais"...... assim foi show a dentro.

Todo final de show eu toco umas músicas que não são minhas, toco rock, samba, uns sons que eu gosto e deixo rolar conforme a animação da platéia, mas essa noite não, fiz diferente:

- Quem aqui tem um amor levanta a mão?

99% levantou a mão:

- E quem teve uma briga e não correu atrás por orgulho? Depois quando se arrependeu já era tarde demais?

  99% levantou a mão outraz vez:

- Então eu vou contar uma historia pra vocês. Eu conheci uma garota e me apaixonei por ela, ela estava aqui comigo, mas foi embora, disse que queria ficar sozinha. Passei o show inteiro pensando na pequena. quero saber de vocês, no meu lugar o que vocês fariam?

90% gritou:

- Vai atrás dela!!!!!

Os outros 10% dizia, larga dela e casa comigo kkkk.

- Vou seguir o conselho de vocês então hein, se eu tomar um fora a culpa vai ser de vocês, mas não antes de cantar a saideira.

Fim de show, penso onde ela pode ter ido, chego a quase ligar para a mãe dela, mas é tarde e se a mãe não estiver sabendo de nada, só vais servir para deixá-la preocupada. Então me lembro que tenho o celular da prima dela, que é a pessoa que vai fazer a matéria comigo na fazenda de Ribeirão:

- Boa noite Adriana, me perdoe pelo horário, mas preciso da sua ajuda!

- Boa noite Roque. Eu sei onde ela está, mas não posso te ajudar antes de vc me responder uma pergunta.

- Lógico, pode perguntar.

- Quais são suas reais intenções com a Zéla??

Que enquadrada federal que eu levei ali na lata. Super chance, então vamos lá, agora ou nunca.

- Adriana, sei que é tudo muito recente, mas eu estou apaixonado pela sua prima, sei que a minha fama não é das melhores, mas ela mexeu comigo de uma forma diferente. Por favor, me diz onde ela está.

- Blz, vou te mandar o link com o endereço por mensagem, mas fica esperto, minha prima tem pai, tios, primos e nenhum deles vai se importar em quebrar a tua cara se você zuar ela. Beijos de luz priminho.

Ela diz isso e desliga na minha cara, caralhooo, bom pelo menos passou o endereço. Dispenso os seguranças, quero fazer isso sozinho:

- José a Grazi está um hotel não muito longe, por hoje não vou mais precisar dos seus serviços, mas talvez amanhã se tudo der certo, vou precisar de ajuda pra sair de lá.

- Tranquilo Sr. estarei com o celular ligado.

- Porra, quantas vezes já te pedi pra parar de me chamar de Sr?!

Feito isso entro no meu carro e chego ao local, é um hotel muito simples, apenas uma recepcionista, conto a mesma história que contei para as minhas fãs no show:

- Hoje é o seu dia de sorte, sua garota acabou de pedir um lanche, vou deixar você fazer a entrega, mas se ela não quiser falar com você, me prometa que vai desistir sem barulho, não posso perder este emprego.

Tudo certo, faço uma selfie com a moça e subo. Chagando lá vocês já sabem como fui recepcionado.

De salto no asfalto (Concluído).Onde histórias criam vida. Descubra agora