Permita-se |

Capítulo 9

Thiago Narrando...

Depois que a Malu saiu de perto de mim eu fiquei sem saber o que fazer. O Renan quem tinha falado para eu chegar nela, mais como ela mesmo disse, eu sou estúpido. Ao invés de fazer ela gostar e se aproximar de mim, eu fui grosso, mal educado e só a afastei.

   Saí daquele canto e não a encontrei em lugar nenhum da festa, ele deve ter ido para seu quarto. Peguei uma garrafa de vodka e virei duas doses de uma vez.

-Vai ficar bêbado desse jeito. -o Renan disse rindo se aproximando de mim-

-Não me enche a porra do saco. -eu disse grosso e virei mais duas doses-

-O que aconteceu que você tá todo nervosinho? -ele ainda ria-

-Levei um puta fora da Maria Luísa. -cuspi as palavras e ele me encarou- O que foi?

-Você chegou nela... aqui? -ele me olhou e gargalhou

-Eu não cheguei nela. Eu beijei ela. -eu disse como se fosse óbvio

-Eu não acredito. -ele ria- Se você beijou ela, então como levou fora?

-Eu a beijei meio que a força. -sorri de lado me lembrando do beijo- Ela me puxou, veio reclamando, falando que a gente vai ser expulso, porque tem muita gente nessa social e eu não resisti. Ela fala demais, e tava linda brava. Aí eu a beijei uai.

-Eu não acredito. -ele deu um soco no meu braço- Eu falei pra você como a Malu é.

-Mas eu disse tudo pra ela. Que tô afim, que quero ela. Mais ela falou que não podia. -eu revirei os olhos- Que merda.

-Relaxa aí cara. Ela mora na mesma casa que você. Depois vocês conversam. Vai que tudo se acerta. -eu o encarei, virei mais uma dose e fui curtir minha festa.

Eu estava puto, mesmo que ela tenha sido ''um amor'' comigo, eu nunca tinha levado um fora. Quer dizer, todo mundo já levou um fora, mas eu não sou do tipo que costuma desistir.
Bebi para caralho. Beijei umas cinco e comi uma que nem lembro o nome dela. Por volta das 5:00 o povo ainda tava lá, eu já tava ruim, muito ruim, fui até o quarto da Malu e ela dormia com os fones no ouvido. Fechei a porta do quarto dela, antes que eu entrasse lá e a beijasse novamente, fui para o meu quarto, tomei um banho gelado para passar um pouco do efeito do álcool, vesti só uma cueca e caí na minha cama apagando logo em seguida.

Maria Luíza narrando...

Fui para o meu quarto, tomei um banho sem lavar o cabelo, vesti uma roupa íntima e coloquei um pijama confortável. Eu já não tinha clima para festas antes, agora então?!
Eu estava irritada e confusa, não sabia se tinha feito a coisa certa, não sabia o que estava sentindo e isso estava acabando comigo. Deitei na minha cama, peguei meu celular e liguei meu fone afim de não ouvir nada que estava acontecendo daquela porta pra fora. Fiquei ouvindo música até dormir.
Acordei no outro dia completamente irritada, minha cabeça doía (e eu nem tinha bebido). Levantei, fiz minha higiene e desci de pijama mesmo para comer alguma coisa, mas me arrependi de ter saído do quarto assim que abri a porta do mesmo. A casa estava uma zona. Era copos, bebidas jogadas, tinha até vômito no chão. Respirei fundo e fui até a cozinha, que por sinal estava imunda também. Tomei um remédio para dor de cabeça, tomei apenas um suco e subi de novo. Os meninos estavam mortos, cada um jogado em sua cama. Eu não iria limpar aquela bagunça, não mesmo! Voltei pro meu quarto e resolvi estudar um pouco.
  
Estudei por mais ou menos uma hora e meia até ouvir alguém bater na minha porta.

-Morri! -eu disse irritada

-Ah qual é Maluzinha! Abre a porta pra mim vai.. - o Renan disse do lado de fora com uma voz fofa e eu não resisti-

-O que você quer?- eu disse abrindo a porta pra ele que me olhou dos pés a cabeça e eu fiquei sem graça-

-Por qual motivo você não ficou na social ontem? -ele se jogou na minha cama

-Social -eu dei uma alta gargalhada irônica- Não tava afim, você sabe que eu não gosto muito de festas.

-Você é muito careta. Tem dezoito anos com espírito de sessenta. -ele disse debochado e eu dei um tapa em seu braço-

-Se veio me insultar, pode ir embora. -eu falei irritada de novo e ele levantou da cama e se aproximou de mim

-Não fica assim Maluzinha, você sabe que eu tava brincando. -ele se aproximou mais e beijou meu rosto. Meu coração acelerou no mesmo instante. QUE SACO-

-Sai de perto de mim. Seu idiota. -eu empurrei ele e ele gargalhou

-Você me ama que eu sei. -ele mostrou língua e eu revirei os olhos-

-Eu te aturo é diferente. -eu disse como se fosse óbvio- Já limpou aquela zona lá em baixo?

-Ainda não! O Thiago tá pós porre, então vim pedir ajuda para a garota mais bonita dessa casa. -ele me olhou sorrindo-

-Ei, mas eu sou a única garota aqui.- eu ri. Era incrível como ele conseguia melhorar meu humor-