Capítulo 134

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Renan Lacerda Narrando...

O resto do dia voou. Ficamos batendo papo na sala e bebendo cerveja com petiscos (isso porque mais tarde íamos para a festa open). Lá pelas 19:00 o Gusta mais a Alice foram embora para se arrumar. Eu e o Thiago ficamos mais um tempo bebendo e conversando.
Conversamos sobre tudo. Sobre Malu, Alice, Luana, Bia, Gusta, sobre meus dias em casa com meus pais e principalmente sobre a festa de hoje que eu provavelmente já chegaria chapado.
Lá pelas 21:00 eu subi, tomei um banho gelado pra melhorar um pouco, vesti minha roupa, passei bastante perfume, calcei meu sapato, arrumei meu cabelo e estava pronto. Hoje a noite é toda minha.
Dei uma checada no espelho e desci. Já estava todo mundo lá embaixo me esperando.

-Demorou hem noiva?! -o Thiago disse e eu mostrei dedo pra ele-

-Você tá vermelho, vocês não pararam de beber quando eu fui embora né?! - a Alice disse cruzando os braços-

-Relaxa Alicinha. -eu passei um dos meus braços em volta do pescoço dela e ela começou a rir-

-Me deixa em paz que eu namoro seu amigo. -ela disse-

-Vem Biazinha. Deixa eles pra lá. -eu disse fazendo o mesmo com a Bia que riu também-

-Você não tá bem né?! -a Bia disse me olhando-

-Só tô feliz. -eu disse e ela balançou a cabeça negativamente-

Conversamos mais algumas bobeiras e depois saímos pra festa. Fomos no carro do Gusta, segundo ele, era o que tinha bebido menos.

Acordei no outro dia com uma dor de cabeça que mal deixava eu abrir os meus olhos. Sem contar a sede que eu estava sentindo. Eu não fazia a menor ideia do que havia acontecido comigo na noite anterior. Não fazia a menor do tanto que eu havia bebido e do que eu havia bebido.

Passei meu braço pela cama e não encontrei meu celular. Precisava saber o que estava acontecendo. Eu não lembrada de nada, absolutamente nada da festa de ontem. Depois que chegamos, que eu cumprimentei o pessoal, eu tive um apagão completo. Mas eu devo ter ficado muito louco. Abri meus olhos devagar e vi meu celular na mesa de cabeceira. Mas perai, aquele não era o meu quarto. Pisquei várias vezes tentando identificar aquele lugar, mas foi em vão.
Peguei meu celular e tinha um monte de ligações da Alice, do Gusta e do Thiago. Fui nas fotos do celular e vi que eu havia tirado várias fotos. Coisa que eu não era acostumado a fazer. Tinha foto com quase todo mundo da facul, inclusive, em cima da mesa. Meu deus, o que foi que eu fiz ontem?
Senti minha boca muito seca e pra minha sorte, tinha um copo com água na mesinha onde tava o meu celular. Tomei toda a água e senti meu estômago revirar. Eu já tinha tido ressaca antes, mas nada se compara ao que eu estava sentindo naquele momento. Só então eu percebi que eu estava só de cueca.

Eu já estava começando a ficar assustado. Porém, minhas dores eram mais fortes que eu. Tentei ligar pro Thiago que não me atendeu (😒), então resolvi descansar mais um pouco pra depois tentar me lembrar do que aconteceu.
Virei pro lado, e apaguei novamente.

Maria Luíza Narrando...

-Você pretende ficar quantos dias na praia? -o Gabriel perguntou enquanto carregava minha mala-

-Não sei. -eu disse pensativa- Talvez eu me mude pra lá. -eu disse rindo-

-Olha só que namorada abusada eu arrumei. -ele disse com um sorriso no rosto-

Chegamos no andar dele e logo entramos em sua casa. Ele colocou minha mala junto com a dele mais a da Duda.

-Ei, olha a mala da Duda, também é grande. -eu disse na defensiva-

-Não sei pra que isso. -ele deu de ombros- Vamos ficar só quinze dias.

-Só quinze dias. -a Duda disse se aproximando de nós- Você acha pouco? Você vai repetir roupa? Porque eu não vou.

-Roupas não são descartáveis. A gente lava, ela seca e usamos novamente. -ele disse irônico e eu ri-

-Mais amor, pra mulher é muito mais difícil. Homem, uma bermuda combina com todas as camisas. Mulher tem que pensar em cada detalhe da roupa. -eu disse-

-Ah, eu concordo completamente. - a Duda disse e nós fizemos um toque-

-Tô adorando vocês duas de complô contra mim. -ele disse e nós rimos- Vou subir pra tomar um banho, você vem Malu?

-A Malu vai depois. - a Duda disse- Preciso falar com ela. Assunto de mulher. -ela disse-

-Isso mesmo. Me troca pela minha namorada. -ele disse fingindo fazer drama enquanto saía de perto de nós-

-Não tô te trocando seu chato. -ela disse-

-E eu ainda sou chato. Lamentável. -ele quase gritou, porque já estava no seu quarto-

-Malu, eu preciso de um conselho. -ela disse se sentando no sofá e eu me sentei de frente pra ela-

-Pode falar Duda.

-Você acha que o Gusta tá sendo sincero comigo? -ela perguntou-

-Olha, eu ainda não tive oportunidade de conversar sobre isso com ele. Mas o Gusta é muito consciente das coisas que faz.

-Porque ele tá indo pra uma festa de república e eu tô com bastante medo do que pode acontecer.

-Eu acho que você tá se preocupando demais. -eu disse séria-

-Por que você tá dizendo isso? -ela perguntou curiosa-

-Eu não sou a melhor pessoa pra falar de relacionamento. Mas eu vou de tar um conselho pela minha pouca experiência.

-Tá, pode falar.

-Vocês se conheceram agora, ficaram apenas uma vez. Mesmo que vocês conversem vinte e quatro horas por dia. Não tenta controlar o Gustavo, ele terminou com a Luana por causa disso. Ele é jovem, você é jovem. Deixa as coisas rolarem.

-Tá. Mas se ele ficar com alguém lá, eu vou me sentir traída.

-Se ele ficar com alguém lá e você se sentir traída. Você sai fora e parte pra outra. Você é linda, vai ter muito homem gato atrás de você. Sem contar que você tá indo pra praia, e se você conhecer alguém?

-Eu não tinha pensado nisso... -ela disse e eu ri-

-Cada um curte a vida, os dois curtem juntos e se for pra ser, vai ser. -eu disse por fim-

-Você é um amor Malu. -ela disse- Se eu fosse falar isso com o Gabriel, ele ia me deixar paranóica.

-Pois é. Quando precisar conversar, pode me chamar. -eu sorri e ela me abraçou-

-Obrigada. -ela sorriu e me soltou-

-Por nada. Agora eu vou lá ver o que o Gabriel tá aprontando. -eu disse-

-Vai lá. -ela deu um sorriso e eu me levantei do sofá-

Fui até o quarto do Gabriel e ele estava conversando no celular. Eu não queria ser inconveniente e quando ia sair do quarto, ele me chamou, só fazendo um "vem cá" com a boca sem som.
Me aproximei dele e me deitei em seu peito, enquanto ele mexia no meu cabelo, eu fazia carinho em sua barriga.

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