Capítulo 157

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Eu já estava arrumado a quase uma hora. A gente realmente ia para a casa do Gusta, menos Malu e Gabriel (pelo menos por agora). As coisas precisavam dar certo. Nem eu estava entendendo o porque dessa fissura toda em fazer os dois ficarem juntos, afinal de contas, eu ainda gosto da Malu, ela ainda faz meu coração parar.

Uma vez, li em um livro uma frase que andava mexendo muito comigo. Ela dizia: ''A gente aceita o amor que acha que merece.'' Essa frase nunca saiu da minha cabeça, e ela nunca se encaixou tão bem na minha vida quanto se encaixa agora. Eu aceito o amor ''amigo'' que a Malu sente por mim, e isso basta. Não sei se esse é o verdadeiro sentido da frase, mas pra mim, nunca significou tanto.
Quando deu mais ou menos 20:50 eu fui buscar a Malu. Antes de qualquer coisa, eu precisava conversar com ela, a sós. Peguei um pouco de trânsito até o apartamento dela, por isso demorei quase vinte minutos. Quando cheguei, mandei mensagem avisando que havia chegado e ela desceu.Toda linda, como sempre. Ela se aproximou de mim com um sorriso e depositou um beijo em meu rosto.

-Oi Re. -ela disse e eu sorri-

- Oi Malu. -eu retribui o beijo- Vamos?

-Vamos sim. Obrigada pela carona, de novo. -ela disse dando risada-

-Não foi nada. -eu disse abrindo a porta pra ela e depois dando a volta pra entrar-

-Por que o Thi não veio? -ela pergutou-

-Porque eu preciso falar com você. -eu disse e ela me encarou-

-Por favor, já chorei demais hoje. -ela disse com uma carinha triste e eu dei risada-

-Não vou te dar sermão Malu. -eu disse- Só quero conversar, e te contar uma coisa.

-Então tá bom. Pode falar. -ela disse me olhando-

-Você sabe que mesmo com tudo que aconteceu na nossa vida nesse período, você ainda é uma das melhores pessoas que eu conheci aqui. Você me mudou, você mudou a Bia, você mudou um pouquinho de cada um de nós e
você também mudou. Pra melhor é claro. -eu disse e ela riu-

-Re.. não faz isso. -ela disse-

-E eu sei que você não vai embora definitivo, mas eu queria consertar algumas coisas.

-Você se arrependeu, me pediu desculpas e eu te perdoei. É o suficiente. -ela disse me encarando-

-Tá. Mas eu não podia deixar você ir embora brigada com o Gabriel. -eu disse ela me olhou sem entender-

-Como assim? -ela perguntou assustada-

-Tô te levando para encontrar com ele. Espero que vocês se acertem.

-Ele não deve tá querendo olhar na minha cara. -ela disse e eu ri-

-Eu pensava que eu gostava de você, até ter noção da proporção que essa história de vocês tomou. -eu parei o carro- Vai lá. Conversem e pelo amor de Deus, não me dá esse trabalho todo atoa não. -eu disse e nós dois rimos-

-Obrigada por tudo. -a Malu disse me olhando com lágrimas nos olhos-

-Não. Sem chorar! -eu disse rindo- Menina, haja lágrimas.

-Acho que tô te TPM. -ela disse-

-Eu tô tendo quase certeza. -eu disse e nós dois rimos-

Ela se aproximou de mim e me abraçou apertado. Eu estava feliz por ela. O Gabriel era uma boa pessoa e cuidou muito bem dela quando eu fui um babaca. Eu estava realmente feliz.
Nos abraçamos por alguns longos segundos, ela se despediu de mim e saiu do carro com um sorriso no rosto.

Assim que ela entrou no restaurante eu dei partida e fui para a casa da Gabriella. Era hora de recomeçar a minha vida também. E mesmo que eu estivesse bem, muito bem sozinho. Eu queria sentir o gostinho da conquista.

Maria Luíza Narrando...

Eu e o Renan fomos o caminho inteiro conversando. Ele me disse coisas bonitas e eu quase chorei. Só aí ele me contou o ''plano''. Eu não sabia como reconhecer e agradecer tudo que ele estava fazendo por mim. E eu nem se quer entendia o motivo. Acho que sou uma completa idiota!
Ele me deixou na porta de um restaurante (muito fino por sinal). Eu respirei fundo umas cinquenta vezes e entrei. O Gabriel estava lá, todo lindo, com aquele sorriso que eu amava. Me aproximei dele e ele se levantou assim que me viu me aproximar dele. Meu coração estava disparado. Acho que eu nunca havia me sentido dessa forma, exceto talvez, na nossa primeira noite juntos.

-Eu pensei que você não fosse vir. -ele disse quase num sussurro e eu segurei seu rosto-

-Eu não seria louca. -eu disse e ele beijou meu rosto. Oi?-

Nos sentamos e começamos a conversar. Eu estava me sentindo no meu primeiro encontro. Nós dois estávamos nervosos.  

-Tenho que te contar uma coisa. –eu disse tomando um gole da minha bebida-

-Espero que seja coisa boa. –ele disse divertido- Não estou preparado emocionalmente para mais notícias ruins hoje.

-É sim. –eu disse com um sorriso-

-Então sou todo ouvidos. –ele disse que e eu ri-

-Não vou embora mais. –eu disse e ele me encarou por alguns minutos-

-Como assim? –ele perguntou-

-Meu pai vai vir morar comigo. Mas, pra isso, eu preciso ir pra casa ajudar ele a resolver as coisas do divórcio e das academias.

-Então quer dizer que... –ele disse. Seus olhos brilhavam-

-Sim! Isso quer dizer não preciso ficar longe de você. –eu disse com um sorriso e ele retribuiu com um sorriso lindo e largo. Queria abraçar e beijar ele alí mesmo.-

Ele aproximou seu rosto do meu, e me deu um selinho demorado. Meu coração quase parou. Jantamos enquanto conversávamos. Agora o clima estava gostoso e leve. Depois ele pagou a conta (não me deixou pagar nada) e nós fomos embora.

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