-Eu não sou tudo isso. -eu disse tímida-
-Você podia ser modelo se quisesse. -ele pensou um pouco e abriu um sorriso- Inclusive, meu amigo ficaria maluco se te conhecesse. Ia querer você na campanha dele.
-Sem chances. -eu disse rápido- Está fora de cogitação. Quero me dedicar inteiramente a medicina. -eu sorri de lado-
-De qualquer forma, te apresento ele hoje na festa. -ele abriu um sorriso e eu revirei os olhos-
-Que festa? Quem disse que eu vou a alguma festa hoje? -eu disse como se fosse óbvio-
-Você é muito desinformada Maria. -ele me olhou-
-Maria? Ninguém me chama de Maria. -eu o encarei-
-Ótimo. Agora eu vou chamar. -ele disse e eu ri. Esse Gustavo...- A Calourada é hoje. Você é caloura, tem que ir.
-Ouvi os meninos falando disso ontem mesmo. Pensei que fosse depois do feriado.
-Não. É hoje. A Alice disse que compraria seu ingresso. Não desaponte minha maninha. -ele riu-
-Mas eu nem sabia. -eu disse- E se eu tiver algum compromisso? -eu arqueei uma sobrancelha-
-Nenhum estudante da faculdade tem compromisso no dia da calourada. É clássico. -eu revirei os olhos-
-Vou pensar. -eu disse por fim- Agora eu tenho que ir embora. Já enrolei demais com você aqui.
-Vamos almoçar. -ele disse manhoso-
-Tenho que ir pra casa. Tomar um banho, tirar essa roupa de ontem. E como eu disse, os meninos devem está preocupados.
-Então vamos fazer assim -ele me encarou- vamos almoçar e depois eu te deixo em casa. Assim ninguém sai perdendo. -ele disse e eu o encarei por um tempo- Vamos lá Maria. É só um almoço.-ele deu risada-
-Tudo bem. Não ia saber chegar em casa também. -eu dei de ombros e ele gargalhou-
-Vou só vestir uma camisa. -ele disse por fim e subiu as escadas correndo.
Ele não demorou nada e logo voltou para a sala. Desligou a tv, e saímos, com ele trancando a porta logo em seguida. Fomos até a garagem e entramos no carro.
-Onde você quer almoçar. -ele disse me olhando-
-Não sei. Como qualquer coisa menos japa.
-Toca aí. Também não como japa. -ele disse fazendo uma cara de nojo e eu toquei na mão dele-
-Aquele trem cru é nojento. -ele disse e eu ri do seu sotaque-
-Acho hilário o jeito que vocês conversam aqui. -eu disse mudando de assunto ao ouvir ele falar trem e ele me olhou-
-Por que hilário? -ele me encarou sério e eu ri-
-Vocês falam ''tujunto'', e tudo é trem -eu fiz aspas com as mãos dando risada-
-Nós facilitamos o português. -ele disse dando de ombros-
-Ah claro. -eu disse irônica- Mas é extremamente sexy. -eu disse séria e ele deu risada agora-
-Tá falando que eu sou sexy? -ele disse parando o carro e dando uma piscada. Eu fiquei vermelha na hora.--Não. Estou falando que o sotaque mineiro é sexy. -eu disse tentando dar volta por cima-
-Nossa. Acabei de levar um puta fora. -ele riu- Pensei que me achasse sexy. -ele me encarou novamente--Deixa de ser bobo Gusta. -eu disse dando um tapa leve no braço dele e tentando tirar aquele clima- Você tem seu charme. -eu disse rindo e ele acabou rindo junto comigo-
Ele acelerou o carro novamente e fomos conversando bobeira até o restaurante. Que por sinal, era uma churrascaria.
-Eu amo churrasco. -eu disse e ele deu risada-
-Eu imaginei. Por isso te trouxe pra cá. -ele sorriu e nós entramos no restaurante-
Pegamos uma mesa em um canto mais reservado pra gente poder conversar mais a vontade e logo o garçom veio nos atender. Fizemos nossos pedidos que não demorou muito para chegar (bastante churrasco, amo!). Comemos muito, depois ainda pedimos sobremesa.
-Tô muito cheia. -eu disse terminando de comer minha sobremesa e o Gustavo deu uma risada alta-
-Nem me fale. Não cabe mais nenhum grão de arroz dentro de mim. -nós rimos-
-Comemos demais Gusta. -eu passei a mão na barriga-
-Você é magra de ruim. -ele sorriu- Mais é ótimo sair com garotas que não têm frescura pra comer.
-Ah qual é?! Não tem nada melhor que se entupir de comida e tirar um cochilo depois. -ele arregalou os olhos- Sério. Fazia isso direto em casa.
-E como não engorda? -ele me encarou triste- Se eu fizer isso, daqui a pouco peso 200 kg.
-Genética. -eu ri- Meu pai é personal.
- Ah! Tá explicado. -ele riu- Agora pede ele pra me montar um treino cabuloso pra perder tudo que eu comi.
-Ah sem frescuras por favor. -eu revirei os olhos- Você tá ótimo assim. -eu sorri- O papo tá ótimo, mas eu tenho mesmo que ir embora.
Ele revirou os olhos e eu ri. Levantamos juntos e pesados, tivemos uma breve discussão porque ele não me deixou pagar a conta e fomos pro carro pra ele me deixar em casa. Expliquei ele e o caminho e rapidinho chegamos, ele conhecia bem a cidade.
-Obrigada por tudo. -disse sorrindo quando ele parou o carro- Vocês são ótimos.
-Eu quem agradeço. Foi ótimo esse tempo que passamos juntos. -ele sorriu e eu dei um beijo em seu rosto-
-Manda um beijo pra Alice. -eu disse saindo do carro-
-Pode deixar. Não esquece da calourada.
-Eu acho que não vou. -eu disse pensativa-
-Te pego as 22:00. -ele disse sorrindo e arrancou o carro.

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Permita-se |
Fiksyen RemajaSinopse: Maria Luíza ou Malu como prefere ser chamada, é uma garota rica, que sempre teve tudo que quis e precisou. Porém, sempre foi muito tímida, conservadora e fechada, o que não a ajudava muito no quesito amizade. Agora, aos 18 anos, ela vê sua...