Eu saí do colo do Re e nós fomos até a cozinha almoçar. O Thi tinha feito lasanha. Nos sentamos e nos servimos. E começamos a comer em meio a conversas.
-Então o super herói foi salvar a vida da donzela? -o Thi disse com um sorrisinho debochado-
-Você é um idiota. Só fui acertar as coisas. -o Re disse me olhando--Da próxima vez que ele fizer isso fica lá fora. -eu disse e ele me deu um selinho-
-Vocês são um casal muito chato e meloso. -o Thi disse-
-Isso é porque você não tem alguém pra ficar do mesmo jeito que nós. -o Re disse- Ai fica nessa inveja toda.
-Eu tenho a Alice tá bom?! -o Thi disse-
-Você acha que tem a Alice. -eu disse- Se continuar saindo todo dia e cada dia ficando com uma a Alice você não vai ter mesmo.
-A Alice tem outro? -ele disse assustado e eu ri-
-Não é a questão. Ou você soma, ou você some. -eu disse e o Re concordou comigo-
O Thi mudou de assunto (kkk) e nós terminamos de almoçar. Depois, eu e o Re arrumamos a cozinha e decidimos ir ao cinema. Eu subi, vesti uma roupa mais arrumadinha, calcei uma sapatilha, arrumei meu cabelo, passei perfume e desci.
Ele estava me esperando lindo e maravilhoso na sala. Todo perfumado. Eu ficava boba só dele sorrir para mim.
-Onde vocês vão? -o Thi perguntou nos vendo arrumados-
-Cinema. -Renan respondeu-Bora?
-Pra segurar vela? Não mesmo. -ele disse deitando no sofá- E isso nem é hora de ir ao cinema.
-Não tem hora de ir ao cinema Thi. -eu disse com um sorriso- Vamos Re
-Vamos Malu. -ele respondeu-
Descemos tirando foto no espelho do elevador e rindo muito das gracinhas que o Renan fazia. Quando chegamos na garagem o Re me puxou para um beijo. Ah, aquele beijo! Só que dessa vez, não era um beijo comum, era um beijo cheio de desejo. Suas mãos percorriam firme pela lateral do meu corpo, chegando na beirada da minha blusa. As minhas mãos percorriam suas costas e arranhava de leve. O Re desceu suas mãos um pouquinho mais e chegou na minha bunda, apertando-a em seguida. Eu estava arrepiada, e com desejo dele. Mas ali, não!
-Re... Para. -eu disse entre o beijo tentando tomar fôlego-
-Tô te vendo arrepiada. -ele disse baixo no meu ouvido descendo seus beijos até o meu pescoço-
-Re.-eu disse mais como um gemido- Aqui não. -minha respiração tava ofegante-
-Vamos subir então. -ele mordeu minha orelha-
-Vamos pro cinema. -eu disse tentando me controlar-
-Vamos subir amor. A gente inventa alguma coisa pro Thiago.
-Vamos pro cinema. -eu me afastei dele e respirei fundo-
-Tudo bem então. -ele disse abrindo a porta do carro pra mim e eu entrei ainda tentando respirar-
Ele entrou, e nós fomos rumo ao shopping em silêncio.
-Você tá com raiva? -eu disse descendo do carro-
-Não amor. -ele disse- Desculpa se pareceu que eu estava tentando forçar alguma coisa. -ele segurou minha cintura-
-Você não tava forçando nada Re. -eu sorri e dei um selinho demorado nele- Eu só.. -eu pensei um pouco- Não sei se eu estou pronta pra isso ainda. E eu sei que eu tenho dezoito anos, mas é complicado.. -eu disse de uma vez-
-Oh amor. -ele abriu um sorriso lindo- Sua idade não tem nada a ver. Você pode ter 30 anos, se você não quiser eu vou esperar seu tempo. -eu sorri- Agora vamos ver o filme.
-Vamos sim amor. -ele me abraçou de lado e nós subimos pro shopping-
Compramos as entradas do filme e um monte de coisas para beluga junto com pipoca e refrigerante.
Passamos o filme inteiro rindo, comendo e conversando. A gente parecia duas crianças no cinema. Algumas pessoas até olharam feio pra gente na hora da saída. Mas, fazer o que né?! O Thi devia ter vindo com a gente. Nos divertimos tanto, que nem estávamos parecendo um casal.
Saímos da sala por último com medo de alguém bater em nós e já estava escuro e meio frio. Passamos em algumas lojas e o Re não resistiu e comprou um tênis pra ele. E eu também. Minha mãe vai me matar.Depois, passamos no Mc para comer mais e fomos embora pra casa juntos e felizes.
Eu nunca tinha me sentido tão bem com uma pessoa, como estava me sentindo agora com o Re.Renan Lacerda Narrando...
O dia dos namorados está chegando e eu estou bem ansioso. Sim! Eu não namoro! Ainda! Estou pensando seriamente em pedir a Malu em namoro. Chega dessa frescura de ficar sério, isso nunca dá certo. Eu quero ter ela por perto para eu poder chamar ela de minha. Para eu poder abraçar e beijar ela quando eu quiser e para andar de mãos dadas na rua e esfregar na cara de todo mundo que aquela mulher maravilhosa é a minha Malu.
Eu sei que às vezes eu posso soar meio meloso e chato. Mas eu sou assim. Fui criado assim. Sou intenso demais. Eu sei que a maioria das mulheres que são assim, mas não sei sentir pouco.
Bom, a Malu não será a minha primeira namorada (isso se ela aceitar namorar comigo), eu já namorei a Gabriella, uma garota que mora na mesma rua que eu na minha cidade. E mesmo ela tendo me magoado bastante, eu a amei muito. Ah e eu também namorei a Clara. Acho que durou duas semanas. Mas namorei.
Bom, o que interessa é que eu vou pedir a Malu em namoro e eu vou precisar da ajuda de quem conhece ela melhor que ninguém: a mãe dela. Sim, eu quero fazer as coisas direito. Sem mentiras, sem coisas escondidas.

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Permita-se |
Teen FictionSinopse: Maria Luíza ou Malu como prefere ser chamada, é uma garota rica, que sempre teve tudo que quis e precisou. Porém, sempre foi muito tímida, conservadora e fechada, o que não a ajudava muito no quesito amizade. Agora, aos 18 anos, ela vê sua...