Capítulo 68

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Eu estava jogado na minha cama olhando para o teto depois de chegar da faculdade. Já havia discado no número da mãe da Malu umas quatro vezes. Mas ainda me faltava coragem. Respirei fundo e apertei para chamar antes que eu desistisse. Por sorte (ou azar) a mãe dela me atendeu no segundo toque.

~INÍCIO DA LIGAÇÃO~

-Meu Deus do céu! Aconteceu alguma coisa com a Malu? -ela perguntou preocupada-

-Não não. Tá tudo ótimo com a Malu. -eu disse com um sorriso no rosto- Como a senhora está?

-Que susto Renan. Não esperava uma ligação sua assim do nada. -ela disse e eu ri- Eu estou ótima e você?

-Eu tô ótimo também. Graças a Deus. -eu estava bem nervoso e um silêncio de uns dois segundos se formou entre nós-

-A que devo a honra da sua ligação?- lá disse meio que tentando entender-
-Então... é que...-eu gaguejei- Eu tô apaixonado pela Malu. E eu quero muito pedir ela em namoro agora no dia dos namorados. -eu disse rápido para não pensar muito e desistir e ela deu um grito no telefone-

-Ai meu Deus! Que coisa mais linda!! -ela estava eufórica e eu? Aliviado- Se você queria o meu consentimento você com certeza já tem! -ela disse muito animada-

-Nossa, muito obrigado! Você não sabe o quanto é importante você aceitar esse namoro. -eu disse-

-Você não sabe o quanto eu torci por isso. Na verdade, eu e sua mãe, queríamos vocês juntos. -ela disse rindo- Acho que os planos de Deus são bem parecidos com os nossos.
-Vamos ver se a Malu vai aceitar né?! -eu disse meio nervoso-

-Deixa de ser bobo. Claro que ela vai aceitar. Quando ela esteve aqui, ela estava toda tristinha porque vocês tinham brigado. -ela disse e eu ri- E ah, eu não gosto daquele Luiz.

-Acredita que eu também não? -nós rimos- Então, preciso de uma ajuda. Quero que o pedido seja algo muito especial. Tem como você me dar umas dicas?

-A Malu é muito simples e tímida. Então não tente chamar muita atenção. Um jantar em um lugar especial, flores, pelúcia, uma carta! Uma carta! Ela ia amar. -ela disse empolgada e eu ri-

-Nossa! Você me ajudou demais. Muito obrigado.- eu disse animado-

-Não precisa agradecer. Torço muito por vocês.-eu sorri involuntariamente
- Vou desligar agora. Depois a gente se fala mais. Um beijo meu querido.

-Um beijo pra senhora também.-eu disse e ela desligou-

~FIM DA LIGAÇÃO~

Acho que eu já sabia o que eu ia fazer. E eu esperava mesmo que a Malu gostasse.

Maria Luíza Narrando...

Pra que existe segunda-feira? Ninguém gosta! Levantei no mesmo horário de sempre, me arrumei, tomei café e fui para a faculdade. Assisti às primeiras aulas, almocei com o pessoal mais o Re e voltei para a sala.

Eu juro que pensei que seria fácil a faculdade. Mas estamos entrando em junho e eu já estou exausta. Queria muito saber como a Lu mais a Alice conseguem estudar, ir para baladas e ainda lidar com homens. Precisava da receita delas. Sai da faculdade depois das 20:00 (peguei dois plantões em matérias que eu tinha dificuldade) e fui direto para casa sozinha mesmo. O Thi ia passar na Alice e eu não estava com forças para esperar ele.

Cheguei em casa depois de uns 20 minutos, cumprimentei o porteiro, e subi. Entrei em casa e senti um cheiro maravilhoso vindo da cozinha. Joguei minha mochila no sofá e corri para a cozinha onde o Re tava cozinhando alguma coisa.

-Hummmmmm o que você tá fazendo de gostoso? -eu disse me aproximando das panelas-

-Boa noite Maria Luíza. -ele disse se aproximando de mim- Sem mexer nas panelas. -ele deu um tapinha na minha mão enquanto eu abria uma tampa e eu ri-

-Boa noite Re. -eu dei um selinho nele- É que eu estou morta de fome.-eu disse fazendo cara de pidona-

-Tô fazendo janta amor. -o Re disse me abraçando pela cintura- Sobe lá, toma um banho pra relaxar e quando voltar, vai está tudo pronto. Mas antes, quero meu beijo. -ele disse e eu abri um sorriso-

Iniciamos um beijo calmo e gostoso. Como eu amava o beijo daquele homem. Nossas línguas estavam em perfeita sintonia. Ele acaricia minha cintura de leve enquanto eu fazia o mesmo com seu rosto. Quando nos faltou ar, eu terminei o beijo com vários selinhos.

-Vou subir, antes que você queime alguma coisa por minha culpa. -eu disse e ele deu risada-

Dei mais um selinho demorado nele, peguei minha mochila na sala e subi. Joguei a mesma no chão do meu quarto, e fui direto pro banheiro. Tomei um banho não muito demorado e saí. Vesti roupa íntima e pijama mesmo, calcei chinelo, coloquei meu óculos, prendi meu cabelo e desci.

-Comida tá pronta. -eu cheguei gritando na cozinha e ele riu-

-Tá sim. Só colocar a mesa. -ele disse-

-Eu coloco. -eu disse- Te ajudar pelo menos um pouquinho. -eu disse pegando as coisas no armário e começando a colocar a mesa.-

Ele não tinha feito nada demais de comida. Mas estava tudo muito gostoso. E como sempre, nós comemos até empanturrar. Depois eu arrumei a cozinha enquanto ele foi tomar banho, assistimos um pouco de tv e subimos para o quarto.

-Dorme comigo? -ele disse no meu ouvido me abraçando por trás depois da gente subir-

-Hoje não Re. -eu disse e ele me apertou ainda, mordeu meu pescoço e eu me arrepiei. Droga! Ele sabe o efeito que tem sobre mim-

-Dorme comigo amor. Não gosto mais de dormir sozinho. -ele disse fazendo voz de pidão e meu coração acelerou-

-Você sempre consegue ne?! -eu disse e ele riu- Vou só escovar dente e já venho tá bom? -ele assentiu me dando um beijo no pescoço e foi para o quarto dele-

Eu entrei no meu, fui até o banheiro, fiz minhas higienes, peguei meu celular, travesseiro e carregador e fui para o quarto dele.

-Posso entrar? -eu disse batendo-

-Sem putaria aí hoje porque eu tô muito cansado. -o Thiago disse subindo as escadas e eu dei risada-

-Pode deixar. -eu disse envergonhada-

-Para falar verdade. Podem transar a vontade. Só não façam muito barulho. -ele se aproximou de mim, beijou minha testa e foi para seu quarto- Ah, usem camisinha. Não quero um bebê morando com a gente. Não agora! -ele disse e entrou no seu quarto e eu gargalhei.
De onde o Thiago tira essas coisas?-

Como o Re não tinha respondido, eu decidi entrar assim mesmo. Abri a porta do quarto dele devagar, ainda com receio de que ele estivesse nu e entrei. A Luz tava apagada.

-Não acredito que você já dormiu Re. -eu disse brava-

-Tô te esperando amor. -ele me respondeu ligando a lanterna do celular- Vem logo.

Eu me aproximei da cama dele que me guiava com a lanterna. Coloquei meu travesseiro ao seu lado e me deitei.

-Não puxa minha coberta toda. -ele disse rindo-

-Você que faz isso. -eu disse virando de costas pra ele-

-Vira pra mim. -ele disse e eu ri. Hoje ele estava carente-

-Oi amor. -eu disse me aproximando dele e virando de frente ficando praticamente cara a cara com ele-

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