-O que você acha? -o Re abriu um sorriso lindo e eu encarei o Thi. Por favor, sem surto!-
-Claro que vocês estão se pegando. Por que eu não desconfiei ontem? -ele riu- Vocês estão muito calmos para serem só amigos.
-Estamos... -o Re fez uma pausa me olhou e eu sorri- Nós demos uma trégua. Não vamos conspirar contra nós mesmo. -ele me deu um beijo no rosto e eu fiquei toda boba.-
-Vocês são dois idiotas. Até que enfim pararam com aquela putaria de: aí eu gosto dele mas ele não me quer. -ele fez voz fina e eu e o Re rimos- Não aguentava mais vocês se lamentando. Credo!
-Obrigada pelo apoio? -eu disse mais como uma pergunta-
-Por nada! -ele sorriu- Agora terei paz! E você Maria Luíza, só deixa um pouco do meu amigo para mim. Porque antes ele não saia porque não tinha você, agora não quero desculpas.
-Vamos estudar. Você é um babaca Thiago. -o Re deu um tapa na cabeça dele e eles riram-
Juntamos nossas coisas e colocamos na pia. Precisávamos de uma empregada urgente. Peguei minhas coisas que eu tinha jogado no sofá quando desci, o Re trancou o apartamento e nós fomos para a faculdade.
O dia foi bem chato e tedioso. Fiz prova, fiz trabalhos, tive aula pratica, almocei com o Re e depois da aula a tarde decidi passar em outro shopping para ver se encontrava uma roupa para eu ir nessa festa. Andei por todas as lojas e nada parecia me agradar. Não sei se eu não estava tão animada com essa festa, se eu não sabia escolher roupas ou se eu não estava no clima pra isso. Saí do shopping, peguei um táxi e decidi ir pra casa. Já estava de saco cheio de andar igual idiota e não achar nada.
Cheguei em casa num mal humor horrível. Dei só um oi para os meninos e subi direto para o meu quarto. Tomei um banho quente e demorado, vesti um pijama, prendi meu cabelo, respondi as mensagens do celular, dei uma olhada nas redes e resolvi deitar. Liguei a tv e nada parecia passar meu estresse.
-Posso entrar? -o Re disse do outro lado da porta-
-Pode sim. -eu disse tentando controlar meu estresse e ele entrou-
-Por que tá com essa carinha? -ele disse me olhando-
-Não sei. Não consigo achar uma roupa pra essa festa e andar no shopping me deixa muito, muito irritada. Minha mãe comprava minhas roupas. -eu disse e ele riu-
-Que tipo de garota não gosta de fazer compras? -ele se sentou ao meu lado-
-Eu gosto. Mas é que com minha mãe as coisas pareciam mais fáceis. -eu disse triste. Só agora eu reparei que meu estresse não era por causa do vestido. Era pela falta da minha mãe. Eu estava com tanta saudade, que nestas difícil controlar-
-Liga pra ela. -ele disse e eu balancei a cabeça negativamente-
-Se eu ligar, vou desabar de tanto chorar. -eu dei um meio sorriso-
-Então vem cá. -ele se deitou na minha cama e bateu a mão ao seu lado- Deita aqui comigo. -eu sorri e me deitei ao seu lado- Amanhã nós vamos encontrar um vestido. Eu e você.
-Você deve tá me achando uma mimada. -eu me deitei em seu peitoral e ele começou a mexer no meu cabelo-
-Não tô. Embora eu não more tão longe dos meu pais, eu sei como é isso. Quando eu me mudei, eu era tão solitário, que minha mãe me ligava toda noite pra ajudar a dormir. Até eu me acostumar. Eu sei que isso é uma coisa que vocês faziam juntas. Mas agora você tem eu. -ele disse calmo mexendo no meu cabelo-
-Obrigada. -eu disse levantando a cabeça e olhando ele- Você tá sendo ótimo pra mim.
-Isso é só o começo Malu. -ele me olhou-
-Ah é? -eu dei um selinho nele-
-É sim! Nós temos uma ligação muito forte. O jeito que a gente se olha, que sorrimos um para o outro. O quanto ficamos mal quando estamos brigados. Não sei qual explicação dar para isso. Mas sentir o que eu sinto por você é ótimo. -ele acariciou meu rosto-
-Meu pai sempre diz, que ninguém entra na vida da gente por acaso. Não sei quem colocou aquele anúncio no caminho da minha mãe. Mas eu agradeço todos os dias. -eu disse com um sorriso e ele me beijou-
Era um beijo calmo e gostoso, não havia malícia alguma ali. Era cheio de carinho e cumplicidade, eu podia sentir isso. Nos beijamos por alguns minutos, terminamos com selinhos e eu voltei a deitar minha cabeça em seu peito.
-Eu tenho que ir pro meu quarto dormir. -ele disse mexendo no meu cabelo-
-Fica aqui. -eu disse manhosa e quase senti ele sorri-
-Se você insiste tanto. -ele disse-
-Vou só pegar minha coberta. -eu disse me lavantando-
Peguei minha coberta, cobri ele, apaguei a luz e me enfiei embaixo da coberta junto com ele.
-Vou ficar mau acostumado dormindo aqui. -ele disse colando nossos corpos-
-É só hoje. Porque tô triste e carente. -eu disse e ele deu risada-
-Então você tá carente? -ele disse mordendo o labio-
-Fica quieto se não te expulso daqui. -eu disse fingindo está séria-
-Ainda temos que terminar o que começamos lá na sala. -ele sussurrou e eu me arrepiei por inteiro- Adoro deixar você arrepiada. -ele deu risada e eu dei um tapa em seu braço-
-Vamos dormir que amanhã a batalha continua. -eu disse me virando de costas pra ele-
-Isso é maldade sabia? Essa bunda empinada pra mim. -ele disse parecendo frustrado e eu ri dessa vez--Vou te colocar pra fora. Tô falando serio. -eu disse sem olhar pra ele. Tava com vergonha-
-Não me coloca pra fora não. -ele disse me abraçando e fazendo a gente ficar de conchinha- Vou tentar controlar me controlar.
-Boa noite. -eu disse sem dar muita ideia-
-Boa noite minha linda. -ele disse e eu adormeci em meio deus carinhos-
Bom, o resto da semana foi uma chatice. Faculdade, casa, casa, faculdade. Eu e o Renan estávamos tão enrolados com a faculdade que acabamos indo comprar meu vestido na sexta. Um dia antes da festa. Ou seja eu não tinha muitas opções. Mas graças a Deus encontramos um legam que me deixou bem bonitinha.
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Teen FictionSinopse: Maria Luíza ou Malu como prefere ser chamada, é uma garota rica, que sempre teve tudo que quis e precisou. Porém, sempre foi muito tímida, conservadora e fechada, o que não a ajudava muito no quesito amizade. Agora, aos 18 anos, ela vê sua...