Capítulo 51

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  -A última coisa que eu quero agora, é alguém para me magoar ou para eu magoar. -eu o olhei e ele abriu um sorriso-

-O Renan tá namorando Malu. Já está mais que na hora de você começar a seguir em frente também.

-Você quer que eu faça o que? -eu disse baixo-

-Quero que você pare de sofrer. Pare de se fechar pra todo mundo e dê oportunidade para alguém gostar de você. O Gusta me conta que conheci uns 3 caras que são afim de você, mas você nem olha para os lados. -ele levantou da cama-

-Mas...-eu comecei a falar mais ele me interrompeu-
-E nem vamos tão longe assim. -ele se aproximou de mim- Olha pra mim Malu. Eu sou louco por você desde o dia que o Gusta falou que tinha conhecido a menina mais bonita da faculdade. E eu sei que você não é apaixonada por mim. Mas eu não ligo. -ele segurou meu rosto-

-Eu não quero ferir ninguém Luiz. -eu disse tentando controlar minha respiração. Estávamos próximos demais-

-Eu sei que eu tenho algum efeito sobre você. -ele abriu um sorriso- Olha sua mão como tá suando e tá gelada.- ele pegou minha mão e encostou no meu próprio rosto- Não foge de mim mais não.

Dito isso ele colou nossos corpos ainda mais e me puxou para um beijo. Eu nem hesitei em beija-lo. Estava mesmo na hora de deixar algumas coisas para trás e começar a viver.

  Ficamos nos beijando por alguns minutos. O seu beijo era gostoso e calmo. Tinha gosto de baunilha. Ele apertava minha cintura enquanto eu bagunçava seu cabelo que antes estava perfeitamente arrumado.Ele parecia querer aproveitar cada segundo daquele momento. E quer saber? Eu também!

Terminamos o beijo com vários selinhos quando nos faltou ar, e ele ficou me encarando por alguns longos segundo.

-O que foi? -eu perguntei meio sem entender-

-Você é linda. E tem tanto tempo que eu quero isso, que não dá nem para acreditar. -ele disse e eu acabei dando risada-

-Você é incrível. -eu disse com um sorriso no rosto-

-Quero te ver com um sorriso desses sempre. -ele fez uma cara fofa e eu acabei puxando ele para mais um beijo-

Ficamos nos beijando por mais algum tempo até o telefone dele atrapalhar, ele encerrou um beijo meio frustrado o que me fez rir e foi atender seu telefone. Enquanto ele conversava na varanda do seu quarto, eu observada tudo ali. Tinha várias fotografias, vários livros da faculdade e várias câmeras diferentes. Eu estava distraída, vendo as fotos dos porta retratos e nem vi ele voltar.

-O Gusta me ligou. Querem ir pra balada hoje à noite. -ele disse fazendo uma dancinha e eu ri-

-Não tem nada mais calmo nos planos desse povo não? -eu fiz bico-

-Se você quiser. Podemos fazer alguma coisa. Eu e você. -ele disse selando nossos lábios-

-Não! Não quero estragar seus planos de balada.
-Eu já fui em balada suficiente para minha vida inteira. Vamos ficar aqui, eu e você. Eu quero te curtir. -ele disse me abraçando pela cintura e eu dei risada-

-Por mim pode ser então. Vamos ficar por aqui mesmo.

  Luiz Henrique Vilaça Narrando...

Bom, eu gostei da Malu desde a primeira vez que eu vi aqueles olhos verdes e profundos. Ela é linda de todas as formas e eu acabei colocando ela no meio desses trem de coleção da minha mãe para me aproximar dela. No começo não deu certo e ela resistiu, mas, eu sabia que de alguma forma eu tinha algum efeito sobre ela.

Já havia pintado um clima entre nós outras vezes, mas ela sempre fugia de mim. E agora, finalmente ela me aceitou. Eu sei que ela gosta do Renan, não sou idiota de achar que ela tá comigo porque me ama. Mas, estou disposto a tentar fazer ela feliz é ser feliz ao lado dela. E se for para ficarmos juntos, nós ficaremos.

Trouxe ela aqui para minha casa no intuito de fazer ela conhecer minha mãe, que por sinal foi bastante inconveniente com a Malu. Por sorte, ela saiu e nos deixou a sós. E eu finalmente consegui aproveitar a oportunidade. Me sinto radiante só por ter ela próximo a mim.
Depois que o Gusta me ligou chamando pra balada, nós decidimos ficar em casa, aproveitar esse tempinho só nós dois. Em casa.

-Vamos ver um filme? -eu disse olhando ela-

-Vamos!! -ela disse animada- Eu adoro esses programinhas mais caseiros.

-Então escolhe um filme que eu vou fazer pipoca pra gente. -eu disse entregando o controle da tv pra ela e ela assentiu- 

Desci até a cozinha cantarolando e a Maria (empregada) estava por lá. 

-Posso saber o motivo de tanta felicidade? -a Maria perguntou e eu abri um sorriso enorme-
-Maria Luíza é o nome disso. -eu respondi e ela riu- 

-Mais uma Luiz? -ela me repreendeu- Você não cansa não? 

-Mariazinha.. você não tem noção do que é essa garota. -eu disse contente- Ela é diferente. 

-Então não faça ela de boba. -a Maria disse e eu ri- 

-Jamais Maria, jamais. -eu disse pensativo- Faz uma pipoquinha pra gente? Por favor? 

- Ela tá aí? Quero conhecê-la. 

-Tá sim. Vamos fazer assim, você faz aquela pipoca com coca que só você sabe fazer e leva pra gente lá no meu quarto. 

-O que você não me pede com essa carinha que não consegue? -ela disse me dando um tapa e eu dei risada.

A Maria era da família, trabalhava aqui em casa desde que eu me conhecia por gente. Ela praticamente me criou. Então, ela tinha total liberdade na minha vida. Como ela ia fazer a pipoca eu subi para o quarto de uma vez.

A Malu já tinha escolhido o filme. Eu fechei a janela, liguei o ar e peguei uma coberta pra gente.  

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