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Capítulo 52

  Maria Luíza Narrando...

Ainda estava de tarde e eu e o Luiz decidimos assistir um filme. Ele todo bonitinho deixou eu escolher e foi fazer pipoca. Depois de alguns minutos ele voltou, sem nada. Eu só o olhei sem entender. Acho que ele esqueceu a pipoca. Ele fechou a janela, ligou o ar e pegou uma coberta. E eu fiquei só observando. 

-Vai ver o filme dai? -ele perguntou divertido. Eu estava sentada na cadeira da sua escrivaninha- 

-Vou! -eu disse rindo-

-Deita aqui comigo. Não vou fazer nada com você. -ele me olhou e eu dei risada-

-Não estou com medo de você. -eu disse me levantando da cadeira- É que é meio estranho isso para mim. 

-Só vamos ver um filme juntos Malu. -ele disse- Os casais fazem isso. -eu dei risada-

-É nós somos um casal? -eu disse olhando pra ele e arqueando uma sobrancelha- 

-É claro que somos um casal. Acabei de definir. -ele disse com um sorriso no rosto. Como esse homem é perfeito- 

Eu tirei meu tênis e me joguei em cima dele. Eu ainda estava envergonhada e queria descontrair um pouco. 

-Você. Uma falsa magra. -ele disse embaixo de mim- 

-Você tá me chamando de gorda? -eu disse fingindo está ofendida-

-Minha gordinha. -ele disse e eu dei uma risada alta e acabei saindo de cima dela- Pensei que nunca mais fosse respirar. 

-Você conseguiu ser mais dramático que eu. -eu disse olhando ele-

-Tenho meus talentos Malu. -ele disse selando nossos lábios- Tá começando a ficar frio. Vem pra cá. -ele disse puxando a coberta e passando ela por cima de nós dois- 

-E a pipoca Luiz? Agora eu quero. -eu disse manhosa- 

-A Maria vai trazer pra nós. A pipoca dela é divina. -ele disse e eu assenti-
Colocamos play no filme e começamos a assistir.  

  Depois de alguns minutos alguém bate na porta e entra. Era uma senhora que aparentava ter mais ou menos uns 54 anos anos e tinha uma cara de ser muito simpática. 

-Me desculpa Luiz, eu não queria atrapalhar nada. -ela disse vendo nos dois no meio das cobertas quase de conchinha- 

-Você não tá atrapalhando nada. Se a gente tivesse fazendo alguma coisa eu tinha trancado a porta. -ele disse rindo- Estamos só vendo um filme. E bom, essa é a Malu. -ele disse pra mim que estava completamente vermelha por ela achar que eu e o Luiz estávamos fazendo outras coisas- 

-Oi. É um prazer conhecer você. -eu disse envergonhada-

-Eu sou a Maria. Quase segunda mãe do Luiz. O prazer é meu em te conhecer. -ela disse me olhando- Coloca um pouquinho de juízo na cabeça do Luiz tá bom? 

-Ah! -eu estava mais envergonhada ainda- Pode deixar. Vou colocar juízo nessa cabecinha. -eu disse e ela riu- 

-Bom, vou deixar vocês a vontade. -ela disse- Ah sua mãe ligou e disse que não vem pro jantar. Então você está livre. E aqui está a pipoca com coca. Ela disse entregando uma vasilha com pipoca e dois copos grandes de coca.-

-Muito obrigada Mariazinha. -o Luiz disse, ela assentiu, mandou um beijo pra gente e saiu do quarto fechando a porta atrás de si. 

-Então eu tenho que colocar juízo nessa cabecinha? -eu disse dando risada-

-Ah qual é?! A Maria tinha que ter vindo fazer meu filme e não me difamar com você. -ele disse emburrado e eu acariciei seu rosto beijando o mesmo em seguida- 

-Gostei bastante dela. -eu disse e ele revirou os olhos- 

-Vão fazer complô contra mim daqui a pouco. -ele fez bico e eu beijei o bico dele- 

-Quem sabe. Acho que eu vou adorar bater papo com Maria. -eu disse dando risada- 

-Vamos assistir o filme. -ele me abraçou apertado de lado-  

  Assistimos o filme em meio à beijos, pipoca, refrigerante, bagunça e muita, muita risada.
O Luiz me fazia esquecer tudo que andava acontecendo. É mesmo que fosse temporário estava sendo maravilhoso pra mim. O filme terminou por volta das 18:00. Eu e o Luiz ainda ficamos deitados, um fazendo companhia para o outro é conversando. Ele tinha um papo legal, uma cabeça boa e a gente se dava super bem. Ele me contou histórias do passado dele e eu contei histórias do meu passado para ele. Era legal saber um pouco mais da vida dele e ele da minha.
Por volta das 20:00 a gente já tinha conversado sobre tudo. E estávamos um pouco... Entediados. Acho que não estávamos acostumados a essa vida de "casal" 

-Vamos pra balada com o pessoal? - eu disse olhando ele-

-Já cansou de mim? -ele disse fazendo bico-

-Claro que não. -eu disse meio sem graça- É só que já tem um tempão que estamos deitados. Tô com energia acumulada. 

-Uai, se você quer ir então vamos. -ele disse me olhando e acariciando minha cintura- 

-Então eu vou pra casa me arrumar e a gente se encontra as 22:00. -eu disse-

-Não! -ele me puxou pra mais perto dele- Tenho uma ideia melhor. -ele mordeu meu lábio de leve e eu me arrepiei- Eu me arrumo aqui, você me espera, e nós vamos pra sua casa pra você se arrumar. 

-Pode ser também. -eu sorri- Então vai se arrumar. -eu disse dando um tapinha nele- 

-Eu vou! -ele me encarava- Mas antes, quero mais um beijo. -ele disse e eu dei risada-

Me aproximei dele segurando seu rosto e o beijei. Ele sem hesitar logo deu passagem para minha língua. Dessa vez o beijo era... Diferente! Tinha fogo de ambas as partes. Nos beijamos por um tempo e quando eu percebi ele já estava por cima de mim. Paramos o beijo por falta de fôlego e ele desceu seus beijos para o meu pescoço e até próximo aos meus seios. Subiu com os beijos novamente e mordeu minha orelha de leve sussurrando algo que no momento eu não entendi. E foi aí que eu recuperei minha consciência. 

-Você tem que se arrumar. -eu disse empurrando ele- 

-Só mais um beijinho. -ele se aproximou nossos lábios mais eu o empurrei dando risada-

-Você é safado. Sai fora. Vai se arrumar. - eu disse rindo- 

-Você me deixa assim. -ele disse saindo de cima de mim e indo até o banheiro do seu quarto.