Capítulo um: Gélido...
Muitas pessoas não entendem exatamente por que quis mudar de cidade e correr atrás de um futuro melhor. Minha mãe é a principal delas já que em seu pensamento o único sonho que uma mulher tinha que ter era em casar, constituir uma família, claro que se ela quisesse trabalhar tudo certo o que estava errado é colocar trabalho em cima de casamento. Nunca conseguiria seguir meus objetivos com esse pensamento. Então sair de casa conseguindo um trabalho graças ao curso que fiz como Técnica de Segurança. E aproveito para estudar a noite já que o meu sonho é ser Psicóloga e sem duvidas vou conseguir. Claro que precisei abrir mão de uma vida social mais ativa, mas valia à pena e não me faz falta. Dividia o apartamento com a minha irmã ela me aceitou aqui, conseguiu um trabalho pra mim como recepcionista que não durou muito tempo graças ao curso profissionalizante que fiz.
Sei que o que estou fazendo é a coisa certa quem não tem sonhos e quer seguir em frente e abandonar o que te impede? O ônibus parou e desci seguindo para a Universidade. Olhei no relógio de pulso e ainda bem que estava na hora. Como trabalhava durante o dia dava todo o resto era estudando, não era fácil e muito cansativo e puxado. Tenho quatro professores que manuseiam muito bem todas as suas questões, a professora Aurora Ribeiro ela é bem jovem tem apenas trinta anos boa forma. Tem a professora Lauren Andrade que já acarreta mais experiência uma senhora de quarenta e cinco anos, sua postura é bem séria, mas não passa apenas de postura. Tem o professor Gregory Freire que é bastante peculiar sua aparência não condiz nada com a de um psicólogo ele parece um hipie e amo esse dane-se a sociedade que vive de aparências. E tem o professor Henrique Winter o homem parece um deus mitológico de tão bonito, mas o que tem de beleza tem de severo. Ninguém o chama pelo o primeiro nome nem seus colegas de trabalho é Winter para todo mundo. A professora gata parece ser bem afim dele o que não é culpa dela. Rola boatos que já tiveram algo, e outros que ele não quer nada com ninguém o que acabou com a ilusão de qualquer aluna de ter algo com o professor, não importa o quão bonita você seja ele vai te ver como uma aluna pirralha que está abaixo do interesse de homem dele. Admito que no inicio fiquei bem intrigada com ele, nunca tinha visto um homem tão lindo assim pessoalmente e sim participei, mesmo que brevemente das que se apaixonaram platonicamente por ele, mas não durou quase nada já que aceitei que ele é o meu professor a quem devo respeito e coloquei em minha lista de homens impossíveis. Juntamente com alguns atores quando tinha dezessete anos.
Entrei na sala encontrando o grupo de amigos que acabei fazendo por conta de um trabalho obrigatório em grupo. Não que eu não quisesse me misturar, mas é a relação do tempo que não funciona. Mal saio com minha irmã que vive mais na casa do namorado que no apartamento.
- Boa noite. – Desejei assim que cheguei e me sentei ao lado da Marina Oliveira. Uma negra linda que chama atenção facilmente. Como ela diz somos irmãs de cor, já que de negra só tem eu e ela e um garoto. Na universidade tem muito mais, só que na nossa sala são só nos três.
- Boa noite Lena. – Respondeu ela sorrindo.
- Preparada para mais uma aula do professor Winter? – Perguntou. Sorrir por que nunca tirei menos que um dez em qualquer matéria com qualquer professor. Como estou aqui por causa de uma prova e por ter tirado uma nota tão alta consegui essa vaga e não posso bobear por que para perder é em dois tempos.
- Sim, eu gosto das aulas dele! – Exclamei pegando os livros de Ética pelo cronograma colocado na plataforma do curso bem que todas as aulas de hoje seria dotada para ela.
- Claro que gosta você é a única que ele não trata mal. – Cutucou.
- Talvez ele não me trate mal por que nunca dei em cima dele. – Respondi a fazendo gargalhar. A Mari está namorando há cinco meses com um cara que ela conheceu quando foi viajar com os pais para aprender mais sobre o negocio da família e esse namorado é um dos amigos do irmão dela que trabalham no mesmo ramo. Pelo que me contou foi amor a primeiro beijo. Mas antes disso ela já tinha jogado algumas indiretas bem diretas para o professor. Nada comparado ao que a Cecília Lima fez que pegou uma de suas provas e colocou o numero do telefone e pediu para ele ligar e ainda o chamou de gostoso. Sua prova foi desconsiderada e ela ficou com zero na matéria.