Capítulo Dezesseis: Heroína.

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 Fiquei sentada esperando que o sinal tocasse, a Aurora já tinha explicado perfeitamente o assunto e tudo que eu queria era que ela saísse como fez outro dia, mas não ficou ali conversando com um grupinho de meninas incluindo a Mari e a Cecília. Eu deveria me enturmar mais com ela, mas não acho que seja correto.

- Vai mesmo para boate com a gente ou foi à maneira que encontrou para fugir do assunto. – Disse o Nogueira me tirando dos meus pensamentos.

- Realmente vou. Acho que vai ser bom relaxar um pouco. – Confessei. Ele sorriu balançando a cabeça.

- Precisamos com tantas atividades e exercícios, é mais que merecido uma folga, principalmente pra você que é a que mais estuda. – Comentou. Não me achava a que mais estudava e sim a que precisava estudar de qualquer forma os pais dos meus amigos tem uma condição mais que favorável, e eu tudo que quis e tive na vida foi através de esforço nada me foi dado de graça.

- Eu preciso estudar e relaxo quando faço isso. – Respondi. Com certeza estudando a biologia do corpo do professor Henrique. O sinal tocou e tentei disfarçar o descontentamento. Seguir para biblioteca para devolver e pegar novos livros. Assim que sair caminhei até perto da saída vendo o carro do Winter estacionado fui até ele , a porta estava destravada, eu realmente queria ter sido recebida com um beijo matador de me fazer gemer e querer pular em cima dele, mas pelo contrario ele estava sério e fechado. Coloquei o cinto de segurança. O silêncio aqui dentro é agonizador e sufocante por palavras não ditas. Seria um longo caminho. 

Chegamos na casa dele e tudo que eu queria era que esse silencio acabasse, ele sabia que eu tinha ido almoçar com o amigo dele e depois do que ele comentou em sala de aula tinha certeza que o silêncio tinha sido por isso eu queria falar algo ou só pular em cima dele mesmo, mas estava tão sem graça que eu não sabia o que fazer esse homem me deixa sem saber como agir e isso é um sinal que eu devia parar agora antes que as coisas começassem a piorar, mas eu não conseguia tomar uma atitude e ao invés de me assustar estava me deixando eufórica eu mal via o momento de estar com ele, e agora que estou aqui eu não consigo produzir uma frase que preste, com certeza eu não estou sendo um exemplo de pessoa racional.

- Eu estou com ciúmes Rodrigues, morrendo na verdade. – Falou me pegando desprevenida. O Henrique estava com ciúmes de mim. Claro que eu sabia que ele sentia ciúmes de mim só que ouvir da boca dele é algo que me surpreendeu. Mas eu não tinha dado motivo, foi apenas um almoço.

- Sabe que não estou interessada no Talles. – Respondi. Embora minha vontade fosse de abraçá-lo e dizer que sentir ciúmes é algo que não me incomodava, por que era ele. Estava sorrindo por dentro, é bom saber que o sentimento de posse não é unicamente meu. 

- Mas ele está em você, até por que não sabe as barbaridades que eu agüentei por mensagem com o Bryan enchendo o meu saco por causa de uma porra de foto. – Mencionou. A selfie que ele tinha tirado na hora do almoço. Mordi o lábio inferior por que eu não sabia que uma imagem inocente poderia render tanto.

- Quando um não quer, dois não beijam. – Disse. Ele ergueu a sobrancelha e o sentia ainda distante.

- Queria proibir você de ver o Ferraço, mas eu sei que não posso eu não tenho esse direito, e isso está me enlouquecendo, por que não sei fazer outra coisa a não ser querer que você seja apenas minha, e eu sei é confuso. – Relatou. Ele tinha razão em dizer que é maluquice até por que eu sentia o mesmo em relação a ele e a todas mulheres que o queriam. Eu era uma delas até começar com essa coisa que a gente tem.

- Concordo com você. – Admiti indo para mais perto dele, embora a diferença de tamanho aqui fosse visível eu parei em sua frente seus olhos azuis estavam escuros me encarando e eu fiquei mais excitada ainda. – Está precisando de uma psicóloga e que sorte que estou me formando nessa área. Deslizei as mãos por seu peito, descendo para sua barriga até a barra do suéter. – Desde que parei na porta da sala e fiquei te comendo com os olhos por mais que o senhor esteja delicioso com esse suéter eu prefiro você sem. – Comentei voltando a olhar para os seus olhos. Ele me ajudou a livrar da peça. 

G.É.L.I.D.O.Onde histórias criam vida. Descubra agora