Capítulo Onze: Decifrar.

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Estar aqui exigiu muita força de vontade, fui até o garçom pegando uma taça de champanhe e bebendo. Precisava para começar a enfrentar essa noite. Fui em direção onde o Menezes estava conversando com a Megan e o Bryan. Pela cara que estava aqui obrigado.

- Vai ser leiloado também? – Perguntou ele assim que me aproximei, claro que não a estrela aqui é ele.

- Não, mas vim te prestigiar. – Disse o encarando. Voltei a olhar para o Ricardo que tinha ficado ainda mais possessivo assim que me aproximei. Não acredito que tudo isso é ciúmes.

- Engraçadinho! – Exclamou bebendo também, pra agüentar isso aqui, só a base de muito champanhe, mas diria que por mais que passasse todo o evento bebendo ainda estaria sóbrio.

- Pensei que fosse vim acompanhado Henrique. – Falou o Ricardo e eu não entendi, por que ele pensaria desta forma, até por que não tem ninguém para ocupar esse lugar.

- Acompanhado? – Perguntei confuso.

- Sim, contei a ele sobre a professora gata que também esta aqui e não para de te secar. – Falou. Às vezes tinha certeza que o Bryan é uma mulherzinha.

-Somos colegas de trabalho e isso não é ético. – Esclareci.

- Ética e pensei que estivesse interessado...

- Em ninguém. – O cortei antes que começasse a falar coisa demais. Ele gargalhou. Enquanto o meu irmão me olhava.

- Como ninguém me apresenta eu sou o Henrique Winter amigo do Ricardo. – Falei, me apresentando a mulher ao seu lado. Ela me olhou e sorriu e nos cumprimentamos com aperto de mão, até sentir que os olhos do Ricardo me fuzilando.

- Prazer sou Megan, já ouvi muito de vocês. – Respondeu.

- Espero que bem. – Comentou o Bryan, a olhando de cima a baixo para provocar o Ricardo. Isso iria ficar divertido.

- Posso falar com você? – Perguntou a Bruna parando ao meu lado, insistência é o nome dela. Todos estavam olhando pra mim. Balancei a cabeça me afastando. Seguimos para um lado, mais tranqüilo tudo que eu queria era apenas tranqüilidade essa noite, mas estou vendo que não.

- Como você está? – Perguntei sendo educado. Ela jogou o cabelo para trás, fazendo questão de mostrar o decote escandaloso.

- Estou bem. Estou com saudade. – Disse de uma vez por todas. Segurei o riso por que a mulher a minha frente não desistia mesmo, a mesma conversa o mesmo papinho.

- Você terminou comigo por que queria casar e ter filhos e eu deixei muito claro desde o inicio que eram coisas que eu não queria. E não quero, não mudei minha opinião em relação a isso. – Esclareci.

- Eu sei e me precipitei, mas Henrique estávamos a dois anos juntos, queria que eu não tivesse planos? Pensei que você me amasse! – Exclamou. E de fato não sei de onde ela tinha tirado isso de amor. Nunca passou de afinidade. E agora que estamos separados está ainda mais claro.

- Você melhor que ninguém sabe que eu não acredito no amor. – Retruquei o que ela estava cansada de saber. Sou muito mais adepto a razão que ao sentimento, principalmente quando eu não acredito neles.

- O que a gente tinha era o que? – Perguntou me olhando severa.

- Afinidade. Gostamos da mesma coisa, frequentamos os mesmos lugares. Só isso, nunca disse algo que mostrasse o contrário. – Afirmei. Por que estava aqui, tendo mais uma vez essa conversa com a Soares.

- Como assim, nunca demonstrou o contrario? Praticamente morávamos juntos. – Relatou.

- Você começou deixar as suas coisas por lá. Mas nunca te prometi nada, nunca prometi te dá mais do que tínhamos. – Expliquei o que parecia que ela não queria entender. Ou tinha entendido e estava se fazendo de maluca.

G.É.L.I.D.O.Onde histórias criam vida. Descubra agora